A variação do complemento [de+infinitivo]~[o+infinitivo] na história do português

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Auxiliadora da Fonseca Leal
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ALDR-6LDGD3
Resumo: Trabalho de natureza sincrônica e diacrônica que tem por objetivo descrever e caracterizar a variação do complemento [de+infinitivo]~[o+infinitivo] em cinco períodos da língua portuguesa, a saber, português arcaico, português clássico, português setecentista, português oitocentista e português moderno contemporâneo. Através da análise dos dados coletados desses cinco períodos foi possível identificar os fatores internos da adjacência/não-adjacência, classe de verbos, tempo verbal, modo verbal e pessoa gramatical que estão imbricados na relação da complementação infínitiva em português. Para realizar tal tarefa partiu-se do presente para o passado, retornando depois ao presente à maneira de Labov (1972c) e utilizando para análise quantitativa dos dados o Programa "WordSmith Tools". Descreveu-se o comportamento infinitivo variável e seus fatores condicionantes em cada uma das sincronias analisadas. Verificou-se que o fenômeno ocorre em todas as fases da língua portuguesa, sendo mais recorrente na fase arcaica. Uma das razões aventadas para essa alta ocorrência é o elevado índice de elementos ruptores que aí se apresentam. Diacronicamente verificou-se que [de+infinitivo]~[o+infinitivo] é estável, e ao longo da história do português está condicionado por um contexto estrutural específico, adjacência/não-adjacência, bem como por uma determinada classe de verbos, aqui rotulados de verbos transtivos-modais. Observou-se, também, que o número de verbos regentes, assim como as estruturas infinitivas preposicionadas decrescem com o passar do tempo, mas não desaparecem.
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