Representações da seca no imaginário dos sujeitos rurais da Inhaúma-MG

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Virginia de Lima Palhares
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MPBB-8DUFRP
Resumo: O terna deste trabalho é o estudo da seca como representação social no imaginário dos agricultores. Esse estudo se realiza à luz de algumas correntes teóricas que se complementam, dialogando entre si com a geografia, a antropologia, a sociologia e a psicologia. O viés analítico escolhido para nortear o trabalho consistiu da abordagem cultural na geografia. O trabalho foi articulado em três eixos relativos a reflexões teórico- metodológicas, fundamentais para o desenvolvimento do universo empírico. O primeiro correspondeu ao aprofundamento da noção de representação, para fundamentar o entendimento da seca enquanto representação social. O aprofundamento do conhecimento relativo á memória, tomada como segundo eixo estruturante do trabalho foi determinante para articular a representação á linguagem oral e visual no contexto da subjetividade. A categoria paisagem constituiu-se no terceiro eixo articulador uma vez que é a base material na qual ocorre a interação daquilo que é visível e a representação do sujeito que a decodifica. Desenvolve-se ai a análise empirica a partir da qual se verifica a seca como elemento de construção da realidade social. O que se discute é que os signos na paisagem rural podem revelar a permanência do agricultor em seu espaço de vivência, ainda que se perceba uma acentuada ampliação da seca ao longo dos anos. Esperava-se com os objetivos, buscar responder como os sujeitos constroem sua identidade com a seca a partir da perspectiva sociocultural. Assim, pretendeu-se refletir sobre as representações da seca no imaginário dos agricultores da comunidade rural da lnhaúma-MG. Outros objetivos estabelecidos para o desenvolvimento da pesquisa consistiram em compreender como os sentidos da seca se incorporaram nas lembranças dos agricultores, bem como analisar a permanência da seca no universo do imaginário dos sujeitos rurais através do seu cotidiano. Optou-se por um encaminhamento metodológico de natureza qualitativa tomando a paisagem como base imagética espacial, uma vez que nela é possível olhar e ler as representações da seca presentes no imaginário dos agricultores e os modos de entender o mundo. A adoção de técnicas participativas permitiu a utilização da linguagem oral e visual para complementar a escrita da história cultural coletiva dos sujeitos rurais em análise. Foram consideradas a fotografia e entrevistas temáticas como instrumentos de reprodução do passado no tempo presente. Como resultado, houve a identificação de marcos simbólicos construídos ao longo do tempo e registrados na paisagem rural. Isso só foi possível quando se deu voz à simbologia da seca mantida no imaginário dos agricultores. Foram constatadas heranças de realidades socioculturais preservadas na paisagem, considerando notadamente a religiosidade, materializada pelos cruzeiros resgatados durante a realização da travessia enquanto ferramenta participativa.
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