Hemostatic evaluation of rabbits envenomed with Bothrops alternatus treated with anti-bothropic serum, desmopressin and tranexamin acid
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | https://doi.org/10.1590/1678-5150-PVB-6639 http://hdl.handle.net/1843/55445 |
Resumo: | No Brasil, as serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por milhares de acidentes, e seus venenos são compostos principalmente de enzimas proteolíticas. Embora o soro antiofídico produzido pelos institutos brasileiros seja notavelmente eficiente, mais estudos são necessários, especialmente na medicina veterinária. O veneno contem enzimas e proteínas não-enzimáticas que interferem com a hemostasia levando a hemorragias ou trombose. A associação de outros tratamentos ao soro antibotrópico foi a razão para o desenvolvimento do presente estudo. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações da hemostasia causadas pelo veneno de Bothrops alternatus em coelhos, após tratamento com soro antibotrópico, ácido tranexâmico e desmopressina. Vinte coelhos da Nova Zelândia foram distribuídos em cinco grupos (n = 4) que foram submetidos a experimentos com 150mcg/kg de veneno de B. alternatus por injeção intramuscular. O Grupo 1 (G1) foi o controle positivo e recebeu veneno e PBS / BSA, enquanto o Grupo 2 (G2) foi tratado com ácido tranexâmico, o Grupo 3 (G3) com desmopressina, o Grupo 4 (G4) com ácido tranexâmico e soro antibotrópico, e o Grupo 5 (G5) com soro antibotrópico e desmopressina. As amostras de sangue foram coletadas antes da administração do veneno, e uma, quatro, oito e 12 horas após os tratamentos para realização de tempo de tromboplastina parcial ativada parcial (TTPa), tempo de protrombina (TP), tempo de trombina (TT) e mensuração de fibrinogênio. Para o ensaio de geração de trombina (TG) foi realizado com um pool de amostras nos tempos finais (8 e 12h). Ao final das 12h, todos os animais foram sacrificados e a necropsia foi realizada. Amostras de tecido muscular, coração, pulmões e rins foram analisadas. Os testes TTPa, TP, TT e fibrinogênio não mostraram diferenças significativas entre os grupos e os tempos. No entanto, o TG indicou que o veneno causa um estado de hipocoagulabilidade, que não foi revertido pelos tratamentos propostos. Na histologia, foram observadas inflamação muscular, hemorragia e necrose, além de hemorragia em outros tecidos, sem diferenças entre os grupos. O envenenamento por B. alternatus causa hipocoagulabilidade detectada mais precocemente pelo teste de geração de trombina. O uso de ácido tranexâmico e desmopressina para estabilização da hemostasia após a inoculação do veneno não mostrou vantagem na restauração da coagulação. |
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Hemostatic evaluation of rabbits envenomed with Bothrops alternatus treated with anti-bothropic serum, desmopressin and tranexamin acidAvaliação hemostática de coelhos envenenados com Bothrops alternatus e tratados com soro antibotrópico, desmopressina e ácido tranexâmicoHemostasisRabbitsBothrops alternatusAnti-bothropic serumDesmopressinTranexamin acidCoagulationViperidae envenomationThrombin generationHemostasiaCoelhosBothropsDesamino arginina vasopressinaÁcido tranexâmicoCoagulação sanguíneaMordeduras de serpentesViperidaeTrombinaNo Brasil, as serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por milhares de acidentes, e seus venenos são compostos principalmente de enzimas proteolíticas. Embora o soro antiofídico produzido pelos institutos brasileiros seja notavelmente eficiente, mais estudos são necessários, especialmente na medicina veterinária. O veneno contem enzimas e proteínas não-enzimáticas que interferem com a hemostasia levando a hemorragias ou trombose. A associação de outros tratamentos ao soro antibotrópico foi a razão para o desenvolvimento do presente estudo. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações da hemostasia causadas pelo veneno de Bothrops alternatus em coelhos, após tratamento com soro antibotrópico, ácido tranexâmico e desmopressina. Vinte coelhos da Nova Zelândia foram distribuídos em cinco grupos (n = 4) que foram submetidos a experimentos com 150mcg/kg de veneno de B. alternatus por injeção intramuscular. O Grupo 1 (G1) foi o controle positivo e recebeu veneno e PBS / BSA, enquanto o Grupo 2 (G2) foi tratado com ácido tranexâmico, o Grupo 3 (G3) com desmopressina, o Grupo 4 (G4) com ácido tranexâmico e soro antibotrópico, e o Grupo 5 (G5) com soro antibotrópico e desmopressina. As amostras de sangue foram coletadas antes da administração do veneno, e uma, quatro, oito e 12 horas após os tratamentos para realização de tempo de tromboplastina parcial ativada parcial (TTPa), tempo de protrombina (TP), tempo de trombina (TT) e mensuração de fibrinogênio. Para o ensaio de geração de trombina (TG) foi realizado com um pool de amostras nos tempos finais (8 e 12h). Ao final das 12h, todos os animais foram sacrificados e a necropsia foi realizada. Amostras de tecido muscular, coração, pulmões e rins foram analisadas. Os testes TTPa, TP, TT e fibrinogênio não mostraram diferenças significativas entre os grupos e os tempos. No entanto, o TG indicou que o veneno causa um estado de hipocoagulabilidade, que não foi revertido pelos tratamentos propostos. Na histologia, foram observadas inflamação muscular, hemorragia e necrose, além de hemorragia em outros tecidos, sem diferenças entre os grupos. O envenenamento por B. alternatus causa hipocoagulabilidade detectada mais precocemente pelo teste de geração de trombina. O uso de ácido tranexâmico e desmopressina para estabilização da hemostasia após a inoculação do veneno não mostrou vantagem na restauração da coagulação.In Brazil, snakes from the Bothrops genus are responsible for thousands of accidents, and their venoms are mainly composed of proteolytic enzymes. Although the antibothropic serum produced by the Brazilian Institutes is remarkably efficient, more studies are necessary, especially in veterinary medicine. The venom contain enzymes and non-enzymatic proteins that interfere with hemostasis leading to hemorrhage or even thrombosis. Possible treatment associations with known bothropic antivenom were the reason for the development of the present study. The aim of this study was to evaluate hemostasis alterations caused by Bothrops alternatus venom in rabbits followed by treatments with anti-bothropic serum, tranexamic acid and desmopressin. Twenty New Zealand rabbits were distributed into five groups (n=4) that were experimentally envenomed with 150mcg/kg of B. alternatus venom via intramuscular injection and treated as follow: Group 1 (G1) was the positive control and received venom and PBS/BSA; Group 2 (G2) was treated with tranexamic acid; Group 3 (G3) with desmopressin; Group 4 (G4) with tranexamic acid and anti-bothropic serum; and Group 5 (G5) with anti-bothropic serum and desmopressin. Blood samples were collected before venom administration, and one, four, eight and 12 hours after, for Partial activated partial thromboplastin time, Prothrombin Time, Thrombin Time and fibrinogen evaluation. Thrombin generation (TG) test was carried out with a pool of samples from final times (8 and 12h). At the end of 12h, all animals were euthanized and necropsy was conducted. Samples from muscle tissue, heart, lungs and kidney were analyzed. Classic coagulation tests showed no significant differences amongst groups and times. However, TG indicated that the venom causes a hypocoagulability state, which was not reversed by proposed treatments. Histology showed muscle inflammation, hemorrhage and necrosis, as well as hemorrhage in other tissues with no differences amongst groups. B. alternatus envenomation causes hypocoagulability detected by TG assay, but not through classical coagulation tests. The use of tranexamic acid and desmopressin for hemostasis stabilization after inoculation of the venom did not show advantage in coagulation restoration.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoUniversidade Federal de Minas GeraisBrasilFAR - DEPARTAMENTO DE ANÁLISES CLÍNICAS E TOXICOLÓGICASUFMG2023-06-27T23:08:37Z2023-06-27T23:08:37Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlepdfapplication/pdfhttps://doi.org/10.1590/1678-5150-PVB-66391678-5150http://hdl.handle.net/1843/55445engPesquisa Veterinária BrasileiraWarley Gomes dos SantosRita Carolina Figueiredo DuarteClaudio Roberto Scabelo MattosoGabriella Matoso Lima DiamantinoAna Flávia Machado BotelhoMaria das Graças CarvalhoMarília Martins Meloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMG2023-07-12T20:39:39Zoai:repositorio.ufmg.br:1843/55445Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oairepositorio@ufmg.bropendoar:2023-07-12T20:39:39Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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No Brasil, as serpentes do gênero Bothrops são responsáveis por milhares de acidentes, e seus venenos são compostos principalmente de enzimas proteolíticas. Embora o soro antiofídico produzido pelos institutos brasileiros seja notavelmente eficiente, mais estudos são necessários, especialmente na medicina veterinária. O veneno contem enzimas e proteínas não-enzimáticas que interferem com a hemostasia levando a hemorragias ou trombose. A associação de outros tratamentos ao soro antibotrópico foi a razão para o desenvolvimento do presente estudo. O objetivo deste estudo foi avaliar as alterações da hemostasia causadas pelo veneno de Bothrops alternatus em coelhos, após tratamento com soro antibotrópico, ácido tranexâmico e desmopressina. Vinte coelhos da Nova Zelândia foram distribuídos em cinco grupos (n = 4) que foram submetidos a experimentos com 150mcg/kg de veneno de B. alternatus por injeção intramuscular. O Grupo 1 (G1) foi o controle positivo e recebeu veneno e PBS / BSA, enquanto o Grupo 2 (G2) foi tratado com ácido tranexâmico, o Grupo 3 (G3) com desmopressina, o Grupo 4 (G4) com ácido tranexâmico e soro antibotrópico, e o Grupo 5 (G5) com soro antibotrópico e desmopressina. As amostras de sangue foram coletadas antes da administração do veneno, e uma, quatro, oito e 12 horas após os tratamentos para realização de tempo de tromboplastina parcial ativada parcial (TTPa), tempo de protrombina (TP), tempo de trombina (TT) e mensuração de fibrinogênio. Para o ensaio de geração de trombina (TG) foi realizado com um pool de amostras nos tempos finais (8 e 12h). Ao final das 12h, todos os animais foram sacrificados e a necropsia foi realizada. Amostras de tecido muscular, coração, pulmões e rins foram analisadas. Os testes TTPa, TP, TT e fibrinogênio não mostraram diferenças significativas entre os grupos e os tempos. No entanto, o TG indicou que o veneno causa um estado de hipocoagulabilidade, que não foi revertido pelos tratamentos propostos. Na histologia, foram observadas inflamação muscular, hemorragia e necrose, além de hemorragia em outros tecidos, sem diferenças entre os grupos. O envenenamento por B. alternatus causa hipocoagulabilidade detectada mais precocemente pelo teste de geração de trombina. O uso de ácido tranexâmico e desmopressina para estabilização da hemostasia após a inoculação do veneno não mostrou vantagem na restauração da coagulação. |
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