Caracterização, patogenicidade e ação do Citral e do Mirceno sobre Colletotrichum gloeosporioides

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nicoletta Stefania Dias da Silva Flávio
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/NCAP-9BMN8S
Resumo: A antracnose do maracujá-amarelo é causada pelo fungo Colletotrichum gloeosporioides, doença esta que causa grandes perdas inclusive na pós-colheita, devido ao fato de ser uma infecção quiescente. O objetivo deste trabalho foi classificar e selecionar isolados deste fungo, de acordo com a agressividade para posterior avaliação de controle desta doença in vitro e em frutos de maracujazeiro amarelo. Para tanto foi realizados experimentos em que foram avaliados 07 (sete) isolados de C. gloeosporioides, sendo utilizados os parâmetros de índice de velocidade de crescimento micelial, produção de conídios, tamanho de conídios, coloração da colônia e patogenicidade por meio do tamanho da lesão em discos da casca dos frutos e a produção de celulase. Os dados foram analisados no programa Saeg utilizando o teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Os isolados podem ser divididos em dois grupos: o primeiro, com os isolados mais agressivos, é composto pelos isolados C94, C95 e ISO1 e o segundo grupo, com os isolados C96, ISO3, ISO2 e ISO6. Todos os isolados avaliados causaram lesão nos frutos de maracujá. Para o teste de degradação da celulose utilizou-se os isolados C95 e ISO2, sendo um mais agressivo e o outro menos agressivo, respectivamente. Sendo apenas que o isolado C95 consegue degradar a celulose, comprovando assim a diferença na agressividade dos isolados trabalhados. Para os testes buscando um controle desta doença foram utilizados dois isolados, o C95 e ISO2, pelos motivos mencionados anteriormente. Utilizou-se para os experimentos os testes do índice de velocidade de crescimento micelial, produção de esporos e patogenicidade pelo método dos discos da casca dos frutos, sendo avaliados o citral, o mirceno e o citral mais mirceno em 5 concentrações para os testes in vitro e para a patogenicidade apenas o mirceno em 5 concentrações diferentes e uma testemunha com fungicida Folicur na dosagem recomendada. Os dados foram analisados pelo programa Saeg pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Para a avaliação in vitro o composto químico mirceno apresentou uma diminuição no índice de velocidade de crescimento micelial, mas não houve diferença estatística entre as concentrações avaliadas para o isolado mais agressivo, e para o menos agressivo a partir da concentração de 50% foi observada uma redução do crescimento. Na produção e esporos do isolado C95, o mais agressivo foi observado uma redução do número de esporos a partir da concentração de 25%. Mas o fungicida testado foi o melhor tratamento, tendo inibindo o crescimento micelial. Nos testes para controle da doença nos frutos, o fungicida não foi eficiente, e o mirceno nas concentrações de 75 e 100% reduziu o tamanho da lesão para os frutos inoculados com o isolado menos agressivo. Quando utilizou-se o isolado mais agressivo não houve diferença estatística entre os tratamentos. Conclui-se com este trabalho que o Mirceno apresentou uma redução do tamanho da lesão nos frutos de maracujá e in vitro no crescimento micelial, mas quando se utilizou um isolado menos agressivo.
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Para tanto foi realizados experimentos em que foram avaliados 07 (sete) isolados de C. gloeosporioides, sendo utilizados os parâmetros de índice de velocidade de crescimento micelial, produção de conídios, tamanho de conídios, coloração da colônia e patogenicidade por meio do tamanho da lesão em discos da casca dos frutos e a produção de celulase. Os dados foram analisados no programa Saeg utilizando o teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Os isolados podem ser divididos em dois grupos: o primeiro, com os isolados mais agressivos, é composto pelos isolados C94, C95 e ISO1 e o segundo grupo, com os isolados C96, ISO3, ISO2 e ISO6. Todos os isolados avaliados causaram lesão nos frutos de maracujá. Para o teste de degradação da celulose utilizou-se os isolados C95 e ISO2, sendo um mais agressivo e o outro menos agressivo, respectivamente. Sendo apenas que o isolado C95 consegue degradar a celulose, comprovando assim a diferença na agressividade dos isolados trabalhados. Para os testes buscando um controle desta doença foram utilizados dois isolados, o C95 e ISO2, pelos motivos mencionados anteriormente. Utilizou-se para os experimentos os testes do índice de velocidade de crescimento micelial, produção de esporos e patogenicidade pelo método dos discos da casca dos frutos, sendo avaliados o citral, o mirceno e o citral mais mirceno em 5 concentrações para os testes in vitro e para a patogenicidade apenas o mirceno em 5 concentrações diferentes e uma testemunha com fungicida Folicur na dosagem recomendada. Os dados foram analisados pelo programa Saeg pelo teste de Scott Knott a 5% de probabilidade. Para a avaliação in vitro o composto químico mirceno apresentou uma diminuição no índice de velocidade de crescimento micelial, mas não houve diferença estatística entre as concentrações avaliadas para o isolado mais agressivo, e para o menos agressivo a partir da concentração de 50% foi observada uma redução do crescimento. Na produção e esporos do isolado C95, o mais agressivo foi observado uma redução do número de esporos a partir da concentração de 25%. Mas o fungicida testado foi o melhor tratamento, tendo inibindo o crescimento micelial. Nos testes para controle da doença nos frutos, o fungicida não foi eficiente, e o mirceno nas concentrações de 75 e 100% reduziu o tamanho da lesão para os frutos inoculados com o isolado menos agressivo. Quando utilizou-se o isolado mais agressivo não houve diferença estatística entre os tratamentos. Conclui-se com este trabalho que o Mirceno apresentou uma redução do tamanho da lesão nos frutos de maracujá e in vitro no crescimento micelial, mas quando se utilizou um isolado menos agressivo.The anthracnose of yellow passion fruit is caused by the Colletotrichum gloeosporioides fungus, disease which causes great losses including in the post-harvest, due to the fact of being a quiescent infection. The aim of this study was to classify and select strains of this fungus, according to the aggressiveness for further evaluation of control of this disease in vitro and in yellow passion fruits. For both was performed experiments in which were evaluated 07 (seven) isolates of C. gloeosporioides, being used speed rate parameters of mycelia growth, production of conidia, conidia size, coloring of the colony and pathogenic by means of lesion size on disks of fruits peel and production of cellulose. The data were analyzed in the program SAEG using Scott Knott test at 5% of probability. The isolates can be divided into two groups: the first, with the most aggressive isolates is composed by C94, C95 and ISO1 isolated and the second group, with C96, ISO3, ISO2 and ISO6 isolated. All the tested isolates caused injury to passion fruit. For the test of degradation of cellulose was used C95 and ISO2 isolated, being one more aggressive and less aggressive the other, respectively. Being only that the C95 isolated can degrade cellulose, thus proving the difference in the aggressiveness among isolates worked. For testing to control this disease were utilized two isolated, the C95 and ISO2, for the reasons mentioned above. It was used for the experiments testing the speed rate parameters of mycelia growth, spore production and pathogenicity by the method of disks in the skin of fruit being evaluated the citral, the myrcene and the citral more myrcene in 5 concentrations for the tests in vitro and for the pathogenicity only the myrcene in 5 different concentrations and a control with Folicur fungicide at the recommended dosage. The data were analyzed by the SAEG program by Scott Knott test at 5% of probability. For the evaluation in vitro the myrcene chemical compound showed a decrease in the rate of speed of mycelia growth, but there was not statistical difference between the concentrations measured for the isolated more aggressive and to the least aggressive from the concentration of 50% was observed growth reduction. In the production and spores of the C95 isolate, the most aggressive was observed a reduction in the number of spores from the concentration of 25%. But the fungicide tested was the best treatment, it was inhibiting the mycelial growth. In the tests for disease control in the fruits, the fungicide was not efficient, and the myrcene in concentrations of 75 and 100% reduced lesion size for the fruits inoculated with the isolate less aggressive. When it was used the more aggressive isolate there was not statistical difference between treatments. The conclusion of this study was that the myrcene showed a reduction in lesion size in passion fruits and in vitro on the mycelial growth, but when it used a less aggressive isolated.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMaracuja Doenças e pragasColletotrichum gloeosporioidesAntracnoseTratamento de frutosPós-colheitaCaracterização, patogenicidade e ação do Citral e do Mirceno sobre Colletotrichum gloeosporioidesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALnicoletta.pdfapplication/pdf645941https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-9BMN8S/1/nicoletta.pdfa3ce8d8148ebc4088490f839462aee7dMD51TEXTnicoletta.pdf.txtnicoletta.pdf.txtExtracted texttext/plain100342https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/NCAP-9BMN8S/2/nicoletta.pdf.txt70ad3359aa447ee5d41b2ec94d1c49d6MD521843/NCAP-9BMN8S2019-11-14 06:35:27.021oai:repositorio.ufmg.br:1843/NCAP-9BMN8SRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:35:27Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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