Segregação socioespacial e saúde materno-infantil de mães adolescentes no município de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mariana de Melo Santos
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/43411
Resumo: Introdução: Viver em um contexto de desvantagem socioeconômica está associado ao maior risco de gravidez na adolescência. Entretanto, há controvérsia na literatura se piores desfechos para nascidos vivos de mães adolescentes, como prematuridade e baixo peso ao nascer, podem não ser apenas consequência de imaturidade biológica da mãe, sendo também associados a fatores socioeconômicos e contextuais. A segregação socioespacial por renda vem sendo associada a disparidades em saúde materno-infantil. Objetivos: Avaliar a associação de desfechos neonatais de nascidos vivos de mães adolescentes comparadas com os de mães adultas, nos diferentes contextos de segregação socioespacial, medida pelo Índice de Concentração de Extremos (ICE), no município de Belo Horizonte no ano de 2012. Métodos: Trata-se de estudo transversal cuja amostra foi de 16.562 nascidos vivos de mães entre 12 e 29 anos do ano de 2012. As variáveis dependentes foram baixo peso ao nascer e prematuridade. A variável independente foi a idade materna categorizada em quatro faixas etárias: 12 a 15 anos, 16 a 19 anos, 20 a 24 anos e 25 a 29 anos, sendo esta última utilizada como referência. Foram feitas análises bivariadas e de regressão logística ajustando-se por raça/cor de pele da mãe, presença de companheiro, escolaridade materna adequada para idade, número de gestações anteriores, assistência pré-natal e tipo de parto. As análises foram estratificadas por tercis de ICE calculado a partir da renda obtida pelo Censo de 2010. Resultados: Após todos os ajustes, nas áreas com maior concentração de privação socioeconômica (1° tercil do ICE), filhos de mães adolescentes de 12 a 15 anos apresentaram maiores chances de prematuridade (OR 2.37 [1.50 – 3.75]) e baixo peso ao nascer (OR 1.82 [1.10 – 3.01]), em relação aos de mães adultas. No 2° tercil do ICE, a associação permaneceu estatisticamente significativa no modelo final somente para baixo peso ao nascer, com filhos de mães adolescentes de 12 a 15 anos tendo maiores chances desse desfecho em comparação aos de mães adultas. Já no grupo de maior concentração de privilégio socioeconômico (3° tercil do ICE) foi observada maior chance de prematuridade (OR 2.1 [1.16 – 3.79]) na faixa etária de 12 a 15 anos. Conclusão: As diferenças de desfechos neonatais em filhos de mães adolescentes quando comparados aos de mães adultas jovens podem ser influenciadas por fatores que vão além da imaturidade biológica. Para análise dessas diferenças, devem ser levados em conta os diferentes contextos socioeconômicos em que vivem as mães.
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Objetivos: Avaliar a associação de desfechos neonatais de nascidos vivos de mães adolescentes comparadas com os de mães adultas, nos diferentes contextos de segregação socioespacial, medida pelo Índice de Concentração de Extremos (ICE), no município de Belo Horizonte no ano de 2012. Métodos: Trata-se de estudo transversal cuja amostra foi de 16.562 nascidos vivos de mães entre 12 e 29 anos do ano de 2012. As variáveis dependentes foram baixo peso ao nascer e prematuridade. A variável independente foi a idade materna categorizada em quatro faixas etárias: 12 a 15 anos, 16 a 19 anos, 20 a 24 anos e 25 a 29 anos, sendo esta última utilizada como referência. Foram feitas análises bivariadas e de regressão logística ajustando-se por raça/cor de pele da mãe, presença de companheiro, escolaridade materna adequada para idade, número de gestações anteriores, assistência pré-natal e tipo de parto. As análises foram estratificadas por tercis de ICE calculado a partir da renda obtida pelo Censo de 2010. Resultados: Após todos os ajustes, nas áreas com maior concentração de privação socioeconômica (1° tercil do ICE), filhos de mães adolescentes de 12 a 15 anos apresentaram maiores chances de prematuridade (OR 2.37 [1.50 – 3.75]) e baixo peso ao nascer (OR 1.82 [1.10 – 3.01]), em relação aos de mães adultas. No 2° tercil do ICE, a associação permaneceu estatisticamente significativa no modelo final somente para baixo peso ao nascer, com filhos de mães adolescentes de 12 a 15 anos tendo maiores chances desse desfecho em comparação aos de mães adultas. Já no grupo de maior concentração de privilégio socioeconômico (3° tercil do ICE) foi observada maior chance de prematuridade (OR 2.1 [1.16 – 3.79]) na faixa etária de 12 a 15 anos. Conclusão: As diferenças de desfechos neonatais em filhos de mães adolescentes quando comparados aos de mães adultas jovens podem ser influenciadas por fatores que vão além da imaturidade biológica. Para análise dessas diferenças, devem ser levados em conta os diferentes contextos socioeconômicos em que vivem as mães.Introduction: Living in a context of socioeconomic disadvantage is associated with a higher risk of pregnancy in adolescence. However, there is controversy in the literature if worse outcomes for live births of adolescent mothers, such as preterm birth. and low birth weight, may not only be a consequence of the mother's biological immaturity, but also associated with socioeconomic and contextual factors. Socio-spatial segregation by income has been associated with disparities in maternal and child health. Objectives: To evaluate the association of neonatal outcomes of live births of adolescent mothers compared to those of adult mothers in the different contexts of socio-spatial segregation as measured by the Extreme Concentration Index (ICE) in the city of Belo Horizonte in 2012. Methods: This is a cross-sectional study with a sample of 16.562 live births of mothers between 12 and 29 years of age in 2012. The dependent variables were low birth weight and preterm birth. The independent variable was maternal age categorized into four age groups: 12 to 15 years, 16 to 19 years, 20 to 24 years, and 25 to 29 anos, the latter being used as a reference. Bivariate and logistic regression analyzes were performed, adjusted for the mother's race / color of skin, marital status, maternal education (apropriate for age), parity, prenatal care and type of delivery. Results: After all adjustments, in the areas with the highest concentration of socioeconomic deprivation (1st tertile of ICE), newborns of adolescent mothers aged 12 to 15 years presented higher odds of preterm birth (OR 2.37 [1.50 – 3.75]) and low birth weight, in relation to those of adult mothers (OR 1.82 [1.10 – 3.01]). In the 2nd tertile of ICE, the association remained statistically significant in the final model only for low birth weight, with children of adolescent mothers aged 12 to 15 years, who were more likely to have this outcome compared to adult mothers. In the areas with the highest concentration of socioeconomic privilege (3rd tertile of ICE), a greater odds of preterm birth was observed (OR 2.1 [1.16 – 3.79]) in the mothers of 12 to 15 years. Conclusion: Differences in neonatal outcomes in newborns of adolescent mothers, when compared to those of young adult mothers, may be influenced by factors that go beyond biological immaturity. In order to analyze these differences, the different socioeconomic contexts in which the mothers live must be taken into account.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Saúde PúblicaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAGravidez na AdolescênciaRecém-Nascido PrematuroRecém-Nascido de Baixo PesoSegregação SocialEstudos TransversaisGravidez na adolescênciaPrematuridadeBaixo peso ao nascerSegregação socioespacialSegregação socioespacial e saúde materno-infantil de mães adolescentes no município de Belo HorizonteSocial-spatial segregation and maternal and child health of adolescent mothers in the city of Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação_Segregação socioespacial e saúde materno infantil de mães adolescentes no município de Belo Horizonte.pdfDissertação_Segregação socioespacial e saúde materno infantil de mães adolescentes no município de Belo Horizonte.pdfapplication/pdf945643https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43411/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Segrega%c3%a7%c3%a3o%20socioespacial%20e%20sa%c3%bade%20materno%20infantil%20de%20m%c3%a3es%20adolescentes%20no%20munic%c3%adpio%20de%20Belo%20Horizonte.pdf69b9d265d68cb8208aa8d8aabbdc4ecdMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43411/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/434112022-07-19 09:03:57.803oai:repositorio.ufmg.br:1843/43411TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-19T12:03:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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