Avaliação da educação em grupo de diabetes mellitus tipo 2: ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maisa Mara Lopes Macêdo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/ANDO-AN5K4D
Resumo: A prática educativa sistematizada em grupo, pautada na dialógica, na troca de experiências e na escuta qualificada é considerada um ambiente no qual o usuário pode expressar dúvidas, sentimentos e queixas, adquirindo confiança e autonomia para tomar decisões de forma consciente, visando a manutenção do autocuidado. Este estudo objetivou avaliar a efetividade da educação em grupo de diabetes Mellitus tipo 2 visando a adesão e empoderamento do usuário para as práticas de autocuidado e melhora do controle glicêmico. Trata-se de um ensaio clínico randomizado por cluster, realizado em oito Unidades de Estratégia de Saúde da Família do município de Divinópolis - Minas Gerais/Brasil. Cada unidade de saúde foi considerada um cluster e foi alocada a um dos grupos: controle (GC) ou intervenção (GI). Fizeram parte deste estudo 200 usuários, sendo 78 das três unidades do grupo intervenção e 122 das cinco unidades do grupo controle. Para coleta de dados, os instrumentos ESM, DES-SF e HbA1c foram aplicados antes do início do ciclo 1 e ao final do último ciclo (ciclo 3), por meio de contato telefônico. O presente estudo compreendeu os tempos T0, T3 e T6, denominados Ciclos 1, 2 e 3, quando os usuários participaram da intervenção desenvolvida por meio de grupo. Toda a prática educativa foi pautada na abordagem do empoderamento baseada no Protocolo Mudança de Comportamento. Ao final dos encontros, os usuários foram incentivados a elaborar metas que considerassem importantes para a modificação do seu comportamento. O grupo controle participou das práticas educativas desenvolvidas na rotina das respectivas unidades de saúde. Em relação à amostra, observou-se média de idade de 58,6 anos ± 9,2 desvios padrão (DP). A maioria dos usuários era do sexo feminino (64,5%) e declarou ter a condição do diabetes por mais de cinco anos (n=134). Quanto ao estado civil, 140 (76,5%) viviam com companheiro, enquanto 72,2% do GI e 65,8% do GC possuíam ensino fundamental incompleto. Sobre a ocupação, 44,8% declararam-se inativos. No que diz respeito a HbA1c, o GI apresentou diferença estatisticamente significativa (p<0,001) antes e após intervenção, enquanto o GC permaneceu o mesmo. Em relação à adesão às práticas de autocuidado (ESM), obteve-se resultados estatisticamente significativos na comparação dos períodos pré e pós-educação no grupo intervenção e em comparação ao grupo controle. No que tange à escala de empoderamento (DES-SF), houve um aumento estatisticamente significativo do escore mediano após a intervenção tanto no GI quanto no GC (p<0.05). Conclui-se que a prática educativa desenvolvida foi capaz de colaborar com a adesão às práticas de autocuidado e empoderamento dos usuários participantes, bem como melhora do controle glicêmico, evidenciado pela redução da HbA1c.
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Cada unidade de saúde foi considerada um cluster e foi alocada a um dos grupos: controle (GC) ou intervenção (GI). Fizeram parte deste estudo 200 usuários, sendo 78 das três unidades do grupo intervenção e 122 das cinco unidades do grupo controle. Para coleta de dados, os instrumentos ESM, DES-SF e HbA1c foram aplicados antes do início do ciclo 1 e ao final do último ciclo (ciclo 3), por meio de contato telefônico. O presente estudo compreendeu os tempos T0, T3 e T6, denominados Ciclos 1, 2 e 3, quando os usuários participaram da intervenção desenvolvida por meio de grupo. Toda a prática educativa foi pautada na abordagem do empoderamento baseada no Protocolo Mudança de Comportamento. Ao final dos encontros, os usuários foram incentivados a elaborar metas que considerassem importantes para a modificação do seu comportamento. O grupo controle participou das práticas educativas desenvolvidas na rotina das respectivas unidades de saúde. Em relação à amostra, observou-se média de idade de 58,6 anos ± 9,2 desvios padrão (DP). A maioria dos usuários era do sexo feminino (64,5%) e declarou ter a condição do diabetes por mais de cinco anos (n=134). Quanto ao estado civil, 140 (76,5%) viviam com companheiro, enquanto 72,2% do GI e 65,8% do GC possuíam ensino fundamental incompleto. Sobre a ocupação, 44,8% declararam-se inativos. No que diz respeito a HbA1c, o GI apresentou diferença estatisticamente significativa (p<0,001) antes e após intervenção, enquanto o GC permaneceu o mesmo. Em relação à adesão às práticas de autocuidado (ESM), obteve-se resultados estatisticamente significativos na comparação dos períodos pré e pós-educação no grupo intervenção e em comparação ao grupo controle. No que tange à escala de empoderamento (DES-SF), houve um aumento estatisticamente significativo do escore mediano após a intervenção tanto no GI quanto no GC (p<0.05). Conclui-se que a prática educativa desenvolvida foi capaz de colaborar com a adesão às práticas de autocuidado e empoderamento dos usuários participantes, bem como melhora do controle glicêmico, evidenciado pela redução da HbA1c.The systematized educational practice in a group, based on the dialogic, exchange of experiences and qualified listening is considered an environment in which the user can express doubts, feelings and complaints, acquiring the confidence and autonomy to consciously make decisions, aiming at the maintenance of the Self-care. This study aimed to evaluate the effectiveness of group education of type 2 diabetes mellitus aimed at adherence and user empowerment for self care practices and improvement of glycemic control. This is a cluster-randomized clinical trial conducted in eight Family Health Strategy Units in the city of Divinópolis - Minas Gerais / Brazil. Each health unit was considered a cluster and was allocated to one of the groups: control (CG) or intervention (GI). This study included 200 users, 78 of the three units of the intervention group and 122 of the five units of the control group. For data collection, the ESM, DES-SF and HbA1c instruments were applied before the beginning of cycle 1 and at the end of the last cycle (cycle 3), by means of telephone contact. The present study comprised the T0, T3 and T6 times, called Cycles 1, 2 and 3, when the users participated in the intervention developed through a group. All educational practice was based on the approach to empowerment based on the Behavior Change Protocol. At the end of the meetings, users were encouraged to develop goals that they considered important for modifying their behavior. The control group participated in the educational practices developed in the routine of the respective health units. In relation to the sample, the mean age was 58.6 years ± 9.2 standard deviations (SD). The majority of users were female (64.5%) and declared to have diabetes for more than five years (n = 134). Regarding marital status, 140 (76.5%) lived with a partner, while 72.2% of the GI and 65.8% of the CG had incomplete elementary education. About the occupation, 44.8% declared themselves inactive. With respect to HbA1c, GI presented a statistically significant difference (p <0.001) before and after intervention, while CG remained the same. Regarding adherence to self-care practices (ESM), we obtained statistically significant results in the comparison of pre and post-education periods in the intervention group and in comparison to the control group. Regarding the empowerment scale (DES-SF), there was a statistically significant increase in the median score after the intervention in both IG and CG (p <0.05). It is concluded that the educational practice developed was able to collaborate with adherence to the self-care practices and empowerment of the participating users, as well as improved glycemic control, evidenced by the reduction of HbA1c.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGFatores SocioeconômicosEnfermagemQuestionáriosCooperação do PacienteEducação de Pacientes como AssuntoAutocuidadoDiabetes Mellitus Tipo 2Automonitorização da GlicemiaParticipação do PacienteEducação em SaúdeDiabetes MellitusAutocuidadoAvaliação da educação em grupo de diabetes mellitus tipo 2: ensaio clínico randomizadoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_ma_sa_mara_lopes_macedo.pdfapplication/pdf2968499https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-AN5K4D/1/disserta__o_ma_sa_mara_lopes_macedo.pdf6034be7d77488917864b0a8a3754977fMD51TEXTdisserta__o_ma_sa_mara_lopes_macedo.pdf.txtdisserta__o_ma_sa_mara_lopes_macedo.pdf.txtExtracted texttext/plain196114https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/ANDO-AN5K4D/2/disserta__o_ma_sa_mara_lopes_macedo.pdf.txt919012f6d4b90bcbef173258b96c7af8MD521843/ANDO-AN5K4D2019-11-14 04:09:20.196oai:repositorio.ufmg.br:1843/ANDO-AN5K4DRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T07:09:20Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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