Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/35440 |
Resumo: | Sabe-se que a estrutura da metacomunidade de plâncton responde a fatores locais (i.e., biótico e abiótico) e à conectividade dos ambientes. Muitos estudos buscam quantificar a influência de fatores locais e regionais na determinação da abundância de populações coexistentes por meio da adequação de modelos de metacomunidade, como species-sorting e neutral a dados reais. A maioria dos estudos testou hipóteses nesse sentido a partir de uma perspectiva espacial, na qual foram avaliadas estruturas comunitárias em áreas vizinhas, bem como variáveis ambientais importantes, e a importância da proximidade e similaridade ambiental dos fragmentos na previsão da estrutura da comunidade é quantificada pela aplicação de métodos de partição de variância. No entanto, como os ambientes aquáticos não são estáveis ao longo do tempo, o trade-off entre as dinâmicas species-sorting e neutral também pode ser testado a partir de uma perspectiva temporal. Portanto, este estudo teve como objetivo quantificar a influência das limitações ambientais e estocásticas da população fitoplanctônica em um conjunto de lagos naturais não conectados, onde a comunidade foi amostrada mensalmente por oito anos. Nossa hipótese é que, apesar de sua alta taxa de rotatividade, as populações fitoplanctônicas têm uma autocorrelação temporal expressiva, que pode ser interpretada como dinâmica neutra. Essa interpretação vem do fato de que uma população pode persistir no ambiente, mesmo que esse ambiente não seja adequado às necessidades da espécie. Assim, espera-se que a autocorrelação seja tão importante quanto, ou ainda mais importante, que o efeito ambiental para explicar a estrutura da comunidade. Para testar nossa hipótese, realizamos a partição de variância total separadamente para cada uma das 21 espécies de fitoplâncton mais abundantes, avaliando a importância das dimensões temporal (i.e., abundância no último mês), espacial (i.e., lagos vizinhos) e ambientais. Nossa hipótese foi corroborada, com a dimensão temporal tendo maior importância sobre todas as outras dimensões. Sugerimos que esses organismos estejam "dispersando temporalmente", com fortes relações fonte-sumidouro ao longo do tempo, superando os filtros ambientais. |
id |
UFMG_e519b0c8194cc1cb974084b687c6b6f8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/35440 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Paulina Maria Maia Barbosahttp://lattes.cnpq.br/0516263904806475Diego Guimarães Florencio PujoniRicardo Ribeiro de Castro SolarDiego Marcel Parreira de Castrohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8088209Z7Gabriel Estevão Nogueira Aguila2021-03-26T14:03:48Z2021-03-26T14:03:48Z2020-02-21http://hdl.handle.net/1843/35440Sabe-se que a estrutura da metacomunidade de plâncton responde a fatores locais (i.e., biótico e abiótico) e à conectividade dos ambientes. Muitos estudos buscam quantificar a influência de fatores locais e regionais na determinação da abundância de populações coexistentes por meio da adequação de modelos de metacomunidade, como species-sorting e neutral a dados reais. A maioria dos estudos testou hipóteses nesse sentido a partir de uma perspectiva espacial, na qual foram avaliadas estruturas comunitárias em áreas vizinhas, bem como variáveis ambientais importantes, e a importância da proximidade e similaridade ambiental dos fragmentos na previsão da estrutura da comunidade é quantificada pela aplicação de métodos de partição de variância. No entanto, como os ambientes aquáticos não são estáveis ao longo do tempo, o trade-off entre as dinâmicas species-sorting e neutral também pode ser testado a partir de uma perspectiva temporal. Portanto, este estudo teve como objetivo quantificar a influência das limitações ambientais e estocásticas da população fitoplanctônica em um conjunto de lagos naturais não conectados, onde a comunidade foi amostrada mensalmente por oito anos. Nossa hipótese é que, apesar de sua alta taxa de rotatividade, as populações fitoplanctônicas têm uma autocorrelação temporal expressiva, que pode ser interpretada como dinâmica neutra. Essa interpretação vem do fato de que uma população pode persistir no ambiente, mesmo que esse ambiente não seja adequado às necessidades da espécie. Assim, espera-se que a autocorrelação seja tão importante quanto, ou ainda mais importante, que o efeito ambiental para explicar a estrutura da comunidade. Para testar nossa hipótese, realizamos a partição de variância total separadamente para cada uma das 21 espécies de fitoplâncton mais abundantes, avaliando a importância das dimensões temporal (i.e., abundância no último mês), espacial (i.e., lagos vizinhos) e ambientais. Nossa hipótese foi corroborada, com a dimensão temporal tendo maior importância sobre todas as outras dimensões. Sugerimos que esses organismos estejam "dispersando temporalmente", com fortes relações fonte-sumidouro ao longo do tempo, superando os filtros ambientais.Plankton metacommunity structure is known to respond to both local factors (i.e., biotic and abiotic) and patch connectivity. Many studies are seeking to quantify the influence of local and regional factors in determining the abundance of coexisting populations through the adequacy of metacommunity models such as species-sorting and neutral to real data. Most studies tested hypotheses in this regard from a spatial perspective, where community structures in neighboring patches were evaluated, as well as important environmental variables, and the importance of patches proximity and environmental similarity in predicting community structure is quantified by applying variance partition methods. However, as aquatic environments are not stable over time, the trade-off between species-sorting and neutral dynamics can also be tested from a temporal perspective. Therefore, this study aimed to quantify the influence of environmental and stochastic limitations of the phytoplankton population on a set of unconnected natural lakes, where the community was sampled monthly for eight years. Our hypothesis is that although its high turnover rate, phytoplankton populations have an expressive temporal autocorrelation, that may be interpreted as neutral dynamics. This interpretation comes from the fact that a population can persist in the environment, even if this environment may not be suitable for the species needs. Thus, it is expected that the autocorrelation can be as important as, or even more important than the environmental effect to explain community structure. To test our hypothesis, we performed the total variance partition separately for each of the 21 most abundant phytoplankton species, assessing the importance of the temporal (i.e. abundance in the last month), spatial (i.e. neighboring lakes), and environmental dimensions. Our hypothesis was corroborated, with the temporal dimension having the greatest importance over all other dimensions. We suggest that these organisms are “dispersing temporally”, with strong source-sink relationships over time, outperforming environmental filters.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida SilvestreUFMGBrasilICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICASPrograma Institucional de Internacionalização – CAPES - PrInthttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEcologiaPlânctonLagosPlânctonLagos não conectadosAutocorrelação temporalCoerência temporalDispersão temporalMeu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropicalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertação Final - ECMVS - Gabriel Aguila.pdfDissertação Final - ECMVS - Gabriel Aguila.pdfDissertação de Mestrado - Gabriel Aguilaapplication/pdf3868514https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35440/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20-%20ECMVS%20-%20Gabriel%20Aguila.pdf4f889363cb453275391c7a7efdb5b502MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8805https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35440/2/license_rdf00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35440/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/354402021-03-26 11:03:48.334oai:repositorio.ufmg.br:1843/35440TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-03-26T14:03:48Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
title |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
spellingShingle |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical Gabriel Estevão Nogueira Aguila Plâncton Lagos não conectados Autocorrelação temporal Coerência temporal Dispersão temporal Ecologia Plâncton Lagos |
title_short |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
title_full |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
title_fullStr |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
title_full_unstemmed |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
title_sort |
Meu passado me condena! A autocorrelação temporal do fitoplâncton em um sistema lacustre neotropical |
author |
Gabriel Estevão Nogueira Aguila |
author_facet |
Gabriel Estevão Nogueira Aguila |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Paulina Maria Maia Barbosa |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/0516263904806475 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Diego Guimarães Florencio Pujoni |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Ricardo Ribeiro de Castro Solar |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Diego Marcel Parreira de Castro |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8088209Z7 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gabriel Estevão Nogueira Aguila |
contributor_str_mv |
Paulina Maria Maia Barbosa Diego Guimarães Florencio Pujoni Ricardo Ribeiro de Castro Solar Diego Marcel Parreira de Castro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Plâncton Lagos não conectados Autocorrelação temporal Coerência temporal Dispersão temporal |
topic |
Plâncton Lagos não conectados Autocorrelação temporal Coerência temporal Dispersão temporal Ecologia Plâncton Lagos |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Ecologia Plâncton Lagos |
description |
Sabe-se que a estrutura da metacomunidade de plâncton responde a fatores locais (i.e., biótico e abiótico) e à conectividade dos ambientes. Muitos estudos buscam quantificar a influência de fatores locais e regionais na determinação da abundância de populações coexistentes por meio da adequação de modelos de metacomunidade, como species-sorting e neutral a dados reais. A maioria dos estudos testou hipóteses nesse sentido a partir de uma perspectiva espacial, na qual foram avaliadas estruturas comunitárias em áreas vizinhas, bem como variáveis ambientais importantes, e a importância da proximidade e similaridade ambiental dos fragmentos na previsão da estrutura da comunidade é quantificada pela aplicação de métodos de partição de variância. No entanto, como os ambientes aquáticos não são estáveis ao longo do tempo, o trade-off entre as dinâmicas species-sorting e neutral também pode ser testado a partir de uma perspectiva temporal. Portanto, este estudo teve como objetivo quantificar a influência das limitações ambientais e estocásticas da população fitoplanctônica em um conjunto de lagos naturais não conectados, onde a comunidade foi amostrada mensalmente por oito anos. Nossa hipótese é que, apesar de sua alta taxa de rotatividade, as populações fitoplanctônicas têm uma autocorrelação temporal expressiva, que pode ser interpretada como dinâmica neutra. Essa interpretação vem do fato de que uma população pode persistir no ambiente, mesmo que esse ambiente não seja adequado às necessidades da espécie. Assim, espera-se que a autocorrelação seja tão importante quanto, ou ainda mais importante, que o efeito ambiental para explicar a estrutura da comunidade. Para testar nossa hipótese, realizamos a partição de variância total separadamente para cada uma das 21 espécies de fitoplâncton mais abundantes, avaliando a importância das dimensões temporal (i.e., abundância no último mês), espacial (i.e., lagos vizinhos) e ambientais. Nossa hipótese foi corroborada, com a dimensão temporal tendo maior importância sobre todas as outras dimensões. Sugerimos que esses organismos estejam "dispersando temporalmente", com fortes relações fonte-sumidouro ao longo do tempo, superando os filtros ambientais. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-02-21 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-03-26T14:03:48Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-03-26T14:03:48Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/35440 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/35440 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.pt_BR.fl_str_mv |
Programa Institucional de Internacionalização – CAPES - PrInt |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Ecologia, Conservacao e Manejo da Vida Silvestre |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
ICB - INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35440/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o%20Final%20-%20ECMVS%20-%20Gabriel%20Aguila.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35440/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/35440/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4f889363cb453275391c7a7efdb5b502 00e5e6a57d5512d202d12cb48704dfd6 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589554254381056 |