Paciente com fissura labiopalatina: potencial de resolutividade do atendimento na Faculdade de Odontologia da UFMG

• Autor(a) principal: Juliana Rodrigues Gallbach
• Data de Publicação: 2004
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-9KRGDA
• topic: Odontologia; Fenda palatina; Fenda labial; Fissura palatina; Saúde pública

O objetivo desta pesquisa foi avaliar o potencial resolutivo do atendimento oferecido a indivíduos com fissura labiopalatina na FO-UFMG, buscando auxiliar a reestruturação do serviço atualmente. Para a avaliação deste serviço buscou-se conhecer: motivo de abandono de tratamento, história de tratamento, e avaliação da satisfação de pacientes e profissionais envolvidos. Encontrou-se uma alta taxa de abandono num serviço que apresenta longa fila de espera, já que 148 pacientes abandonaram ou desistiram do tratamento, o que representa 43,14% do universo. Considerando os 49 pacientes contatados por telefone, 10,31%, não está em tratamento por falta de remarcação do serviço. A falta do número de telefone na ficha clínica inviabiliza o contato com 20,94% do grupo, o que significa grave falha do serviço. A predominância de indivíduos da raça branca concorda com a literatura pertinente. O grupo de fissuras trans-forame (76,5%) foi o mais prevalente, 49,2% de fissuras trans-forame unilateral e 27.3% de fissuras transforame bilateral. Apesar das falhas existentes no serviço ofertado ao indivíduo com fissura labiopalatina na FO-UFMG, 90,15% deste grupo de pacientes apresentam baixa ou média satisfação com o mesmo. Para 75,8% da amostra o rosto é o mais severo problema decorrente da fissura. A voz é o mais severo defeito decorrente da fissura para 76,5% e o sorriso é o problema mais severo para 76,6%. O convívio social é o maior problema do indivíduo com fissura para 57,6%. O atendimento ofertado a indivíduos com fissura labiopalatina na FOUFMG apresenta baixo potencial de resolutividade. O grau de satisfação não é proporcional ao que o serviço oferta, sendo esta satisfação possivelmente relacionada ao profissional. Os profissionais estão satisfeitos por trabalharem neste serviço e são unânimes em acharem que este atendimento é uma oportunidade de aprendizado humano e técnico-científico. Um centro reabilitador na UFMG solucionaria grande parte dos problemas apontados.