Nos palcos da história: teatro, política e liberdade, liberdade (1965-1967)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Natalia Cristina Batista
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FVH2R
Resumo: Liberdade, liberdade, de autoria de Flávio Rangel e Millôr Fernandes será o objeto de apreciação deste trabalho. O foco será analisar o espetáculo produzido pelo Grupo Opinião e protagonizado por Paulo Autran, considerando as questões políticas e artísticas, que perpassaram a sua trajetória. Ainda que a encenação se coloque como o eixo condutor da pesquisa, pretende-se analisar os produtos culturais derivados do espetáculo, são eles: o livro, editado pela Civilização Brasileira, o disco, lançado pela Gravadora Forma e o Concurso de sambas sobre a liberdade, organizado pelo grupo produtor do espetáculo. Com o objetivo de inserir esses produtos culturais no cotidiano artístico brasileiro, objetivamos analisar como se processou a relação entre o teatro e a política, entre a arte e o poder. O texto dramatúrgico de Liberdade, liberdade tinha a intenção de protestar contra a Ditadura Militar, mas para evitar um enfrentamento direto com o regime, foi construído através de vários eventos históricos que falassem sobre a liberdade ou demonstrassem períodos da história onde o homem teve a liberdade cerceada. Para entendermos o alcance desse objetivo no espetáculo e em seus produtos culturais, mobilizaremos sua inserção dentro de uma cultura política de esquerda, investigando também, a trajetória do Grupo Opinião, os idealizadores da montagem, o elenco, os produtores, assim como as relações estabelecidas com o governo, a crítica, o público e os órgãos de censura. Pôde-se observar em Liberdade, liberdade a existência de um diálogo desigual entre a peça e o regime militar, assim como diversas contradições na forma de engajamento pretendida pela peça e em sua repercussão.
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