Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Juliana Vilela Bastos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9WRK7D
Resumo: As reabsorções radiculares externas (RRE) constituem-se na sequela mais frequente após o reimplante de dentes permanentes, representando a principal causa de perda dentária pós-trauma. Podem ser classificadas em dois grandes grupos: reabsorções radiculares externas inflamatórias (RREI), e reabsorções radiculares externas por substituição (RRES). O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência, evolução, fatores determinantes, bem como a expressão de citocinas, quimiocinas e MMPs em dentes portadores de RREI e RRES. Nossa hipótese inicial era de que esses fatores estariam associados diferentemente à ocorrência de RREI e RRES. Para tanto a atividade de reabsorção foi avaliada radiograficamente em 165 pacientes em tratamento na Clínica de Traumatismos Dentários da FO-UFMG portadores de 205 dentes reimplantados após avulsão traumática. Os pacientes foram genotipados para polimorfismos nos genes que codificam para as citocinas Il-1, IL-1, IL-1RA, IL-10, RANK, RANKL, OPG, MMP2 e MMP9 pelo método de RT-PCR. Os níveis de citocinas, quimiocinas e MMPs foram dosados pelo método ELISA no tecido perirradicular de dentes portadores de diferentes padrões radiográficos de RRE. Nossos resultados demonstraram que a atividade inicial de RREI foi influenciada principalmente por idades mais jovens no momento do trauma, considerando-se os pontos de corte de 11anos (RC 0,36 IC 95% 0,15 0,85 p=0,02) e 16 anos (RC 0,23 IC 95% 0,08-0,65 p=0,02), pelo tempo decorrido entre o reimplante e o inicio do TER (RC 1,012, IC 95% 1,003 1,020, p=0,005), pela presença do alelo T no SNP rs 1800896 no gene IL10 (RC 0,35 IC 95% 0,13-0,94 p=0,038) e pela presença do alelo C no SNP rs 2073618 no gene TNFRSF11B (OPG) (RC 0,28 IC 95% 0,09 0,93 p=0,038). A análise multivariada pelo modelo de Cox demonstrou uma progressão mais lenta da RRES em pacientes com idade superiore a 16 anos no momento do trauma (RTF 0,29 IC 95% 0,13 0,67 p=0,004), em pacientes portadores do genótipo homozigoto para a variante alélica C (CC) no SNP rs 419598 no gene IL1RN (RTF 0,33 IC95% 0,15-0,73 p= 0,006) e nos dentes armazenados no leite (RTF 0,30 IC 95% 0,15 0,64 p= 0,002) ou outros meios úmidos como soro, saliva ou água (RTF 0,50 IC 95% 0,3 0,83 p=0,007). Por outro lado, uma progressão mais rápida da RRE foi observada nos dentes com períodos extra-alveolares longos (RTF 2,97 IC 95% 1,0 8,83 p= 0,049) e imobilização prolongada (RTF 1,002 IC 95% 1,00-1,003 p=0,04) e nos pacientes portadores de homozigoze para o alelo T no SNP rs 1800587 no gene IL1A (RTF 1,87 IC 95% 0,99-3,51 p= 0,054). O estudo da expressão de citocinas quimiocinas e MMPs no tecido perirradicular de dentes portadores de RRE demonstrou que os níveis de IL-1RA, IL-6, IL-8, IFN, TNF, TGF, CCL5, RANK e OPG foram significativamente maiores nos dentes portadores de RRE quando comparados com o grupo controle, sem reabsorção. As concentrações de IL-1 e TNF- foram significativamente maiores na RREI do que na RRES (p=0,02). RRES por sua vez apresentou níveis mais elevados de MMP2 em relação a RREI (p<0,001). Em conjunto, nossos resultados sugerem que importantes fatores locais estimuladores da reabsorção óssea também participam na modulação da RREI, assim como marcadores do processo de remodelação óssea como a MMP2 estão presentes na RRES. A atividade de RREI antes do início do TER, foi influenciada pela idade do paciente no momento do trauma e pelo tempo transcorrido entre o reimplante e o inicio do TER. Já a progressão de RRES no longo prazo foi influenciada pela idade no momento do trauma, meio de armazenamento e duração do período de imobilização do dente avulsionado. Polimorfismos nos genes que codificam para as citocinas IL-10, IL-1, IL-1RA e OPG podem estar associados a fatores de susceptibilidade determinantes da evolução mais agressiva e grave das RRE pós-traumáticas.
id UFMG_e94b2674c577303dc8c2fe1a5ad6952d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9WRK7D
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Walderez Ornelas DutraRicardo Santiago GomezJoão Carlos Gabrielli BiffiGermano Carneiro da CostaAnnamaria Ravara VagoEduardo NunesJuliana Vilela Bastos2019-08-10T10:28:04Z2019-08-10T10:28:04Z2014-07-16http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9WRK7DAs reabsorções radiculares externas (RRE) constituem-se na sequela mais frequente após o reimplante de dentes permanentes, representando a principal causa de perda dentária pós-trauma. Podem ser classificadas em dois grandes grupos: reabsorções radiculares externas inflamatórias (RREI), e reabsorções radiculares externas por substituição (RRES). O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência, evolução, fatores determinantes, bem como a expressão de citocinas, quimiocinas e MMPs em dentes portadores de RREI e RRES. Nossa hipótese inicial era de que esses fatores estariam associados diferentemente à ocorrência de RREI e RRES. Para tanto a atividade de reabsorção foi avaliada radiograficamente em 165 pacientes em tratamento na Clínica de Traumatismos Dentários da FO-UFMG portadores de 205 dentes reimplantados após avulsão traumática. Os pacientes foram genotipados para polimorfismos nos genes que codificam para as citocinas Il-1, IL-1, IL-1RA, IL-10, RANK, RANKL, OPG, MMP2 e MMP9 pelo método de RT-PCR. Os níveis de citocinas, quimiocinas e MMPs foram dosados pelo método ELISA no tecido perirradicular de dentes portadores de diferentes padrões radiográficos de RRE. Nossos resultados demonstraram que a atividade inicial de RREI foi influenciada principalmente por idades mais jovens no momento do trauma, considerando-se os pontos de corte de 11anos (RC 0,36 IC 95% 0,15 0,85 p=0,02) e 16 anos (RC 0,23 IC 95% 0,08-0,65 p=0,02), pelo tempo decorrido entre o reimplante e o inicio do TER (RC 1,012, IC 95% 1,003 1,020, p=0,005), pela presença do alelo T no SNP rs 1800896 no gene IL10 (RC 0,35 IC 95% 0,13-0,94 p=0,038) e pela presença do alelo C no SNP rs 2073618 no gene TNFRSF11B (OPG) (RC 0,28 IC 95% 0,09 0,93 p=0,038). A análise multivariada pelo modelo de Cox demonstrou uma progressão mais lenta da RRES em pacientes com idade superiore a 16 anos no momento do trauma (RTF 0,29 IC 95% 0,13 0,67 p=0,004), em pacientes portadores do genótipo homozigoto para a variante alélica C (CC) no SNP rs 419598 no gene IL1RN (RTF 0,33 IC95% 0,15-0,73 p= 0,006) e nos dentes armazenados no leite (RTF 0,30 IC 95% 0,15 0,64 p= 0,002) ou outros meios úmidos como soro, saliva ou água (RTF 0,50 IC 95% 0,3 0,83 p=0,007). Por outro lado, uma progressão mais rápida da RRE foi observada nos dentes com períodos extra-alveolares longos (RTF 2,97 IC 95% 1,0 8,83 p= 0,049) e imobilização prolongada (RTF 1,002 IC 95% 1,00-1,003 p=0,04) e nos pacientes portadores de homozigoze para o alelo T no SNP rs 1800587 no gene IL1A (RTF 1,87 IC 95% 0,99-3,51 p= 0,054). O estudo da expressão de citocinas quimiocinas e MMPs no tecido perirradicular de dentes portadores de RRE demonstrou que os níveis de IL-1RA, IL-6, IL-8, IFN, TNF, TGF, CCL5, RANK e OPG foram significativamente maiores nos dentes portadores de RRE quando comparados com o grupo controle, sem reabsorção. As concentrações de IL-1 e TNF- foram significativamente maiores na RREI do que na RRES (p=0,02). RRES por sua vez apresentou níveis mais elevados de MMP2 em relação a RREI (p<0,001). Em conjunto, nossos resultados sugerem que importantes fatores locais estimuladores da reabsorção óssea também participam na modulação da RREI, assim como marcadores do processo de remodelação óssea como a MMP2 estão presentes na RRES. A atividade de RREI antes do início do TER, foi influenciada pela idade do paciente no momento do trauma e pelo tempo transcorrido entre o reimplante e o inicio do TER. Já a progressão de RRES no longo prazo foi influenciada pela idade no momento do trauma, meio de armazenamento e duração do período de imobilização do dente avulsionado. Polimorfismos nos genes que codificam para as citocinas IL-10, IL-1, IL-1RA e OPG podem estar associados a fatores de susceptibilidade determinantes da evolução mais agressiva e grave das RRE pós-traumáticas.External root resorption (ERR) is a serious complication following replantation and its progressive forms - inflammatory external root resorption (IERR) and replacement external root resorption (RERR) - quite often lead to tooth loss with relevant functional, aesthetic, psychosocial and economic consequences. Not much is known about the role of the host immune response in the prognosis of tooth replantation. Considering the pivotal role of soluble factors in controlling mineralized tissue resorption the aim of the present study was to identify and quantify cytokines, chemokines and MMPs in teeth showing different patterns of ERR. In addition, patients genotype in SNPs in genes that code for these factors, along with demographic and clinical factors, were evaluated for their possible influence in the occurrence, extension and progression of RRE in 205 replanted permanent mature teeth from 165 patients treated at the Dental Trauma Clinic at the School of Dentistry of Federal University of Minas Gerais (DTC SD FUMG) in Belo Horizonte, Brazil. Our working hypothesis was that these immunological and genetic factors influenced differently the occurrence of IERR and RERR. Patients older than 16 years at the moment of trauma had a lower chance of developing IERR (OR 0.23 IC 95% 0.08 0.65 p= 0.005) and also had lower rates of RERR progression in the long term (HR 0.29 IC 95% 0.13 0.67 p=0.004). Patients under 11 years of age had a higher chance of developing severe IERR before the onset of endodontic therapy (OR 0.36 IC 95% 0.15 0.85 p=0.02). Each day that elapsed between the replantation and the pulp extirpation increased the risk of severe IERR by 0.5% per day but did not affected RERR progression. Wet storage media, especially milk (HR 0.30 IC 95% 0.15 0.64 p= 0.002) had a protective effect, while prolonged periods of extra-alveolar storage (HR 2.97 IC 95% 1.0 -8.83 p= 0.049) and splinting time (HR 1.002 IC 95% 1.00-1.003 p=0.04) determined faster progression of RRE in the long term. SNPs in the IL10 (OR 0.35 IC 95% 0.13-0.94 p = 0.038) and TNFSR11B (OR 0.28 IC 95% 0.09 0.93 p=0.038) genes were associated with the occurrence and extension of IERR observed at the onset of endodontic therapy. SNPs in the IL1A (RTF 1.87 IC 95% 0.99-3.51 p=0.054) was also associated with the faster progression of RRE in the long term. Teeth bearing RRE irrespective of the type, showed higher levels of IL-1RA, IL-6, IL-8, IFN, TNF, TGF, CCL5, RANK e OPG when compared to the control group (no resorption). Teeth bearing IERR showed higher levels of IL-1 (p=0,02) and TNF- (p<0,001) when compared to teeth with RERR. MMP2 was found in higher concentrations in the RERR group when compared with EIRR (p<0,001). In conclusion our results confirmed that age at the moment of trauma and timing of pulpectomy are important risk factors for IERR prior to the onset of endodontic therapy. Storage condition of the avulsed teeth, splinting time and age at the moment of trauma had a marked effect on the rate of RERR progression in the long term. Taken together our results suggested that local factors that modulate bone resorption acted differently in IERR and RERR and that the patients genetic profile may contribute in the outcome after tooth replantation.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGDentes ReimplanteBiologia celularAvulsão dentáriaPolimorfismo (Genética)MetaloproteinasesCitocinasReabsorção da raiz (Dentes)Reabsorções dentáriasAvulsão dentáriaPolimorfismos genéticosMetaloproteinasesReimplante dentárioCitocinasEstudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtesejulianavilelabastos.pdfapplication/pdf4838069https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WRK7D/1/tesejulianavilelabastos.pdf6736a97627c0bd51b563a50d11485adfMD51TEXTtesejulianavilelabastos.pdf.txttesejulianavilelabastos.pdf.txtExtracted texttext/plain415867https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WRK7D/2/tesejulianavilelabastos.pdf.txtc15674acf3a184e0594fe9f42a427b9cMD521843/BUBD-9WRK7D2019-11-14 03:56:12.485oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9WRK7DRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T06:56:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
title Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
spellingShingle Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
Juliana Vilela Bastos
Reabsorções dentárias
Avulsão dentária
Polimorfismos genéticos
Metaloproteinases
Reimplante dentário
Citocinas
Dentes Reimplante
Biologia celular
Avulsão dentária
Polimorfismo (Genética)
Metaloproteinases
Citocinas
Reabsorção da raiz (Dentes)
title_short Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
title_full Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
title_fullStr Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
title_full_unstemmed Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
title_sort Estudo da expressão de citocinas, quimiocinas e metaloproteinases e associação da ocorrência de seus polimorfismos, em reabsorções radiculares inflamatórias e por substituição após reimplante de dentes permanentes
author Juliana Vilela Bastos
author_facet Juliana Vilela Bastos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Walderez Ornelas Dutra
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv Ricardo Santiago Gomez
dc.contributor.referee1.fl_str_mv João Carlos Gabrielli Biffi
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Germano Carneiro da Costa
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Annamaria Ravara Vago
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Eduardo Nunes
dc.contributor.author.fl_str_mv Juliana Vilela Bastos
contributor_str_mv Walderez Ornelas Dutra
Ricardo Santiago Gomez
João Carlos Gabrielli Biffi
Germano Carneiro da Costa
Annamaria Ravara Vago
Eduardo Nunes
dc.subject.por.fl_str_mv Reabsorções dentárias
Avulsão dentária
Polimorfismos genéticos
Metaloproteinases
Reimplante dentário
Citocinas
topic Reabsorções dentárias
Avulsão dentária
Polimorfismos genéticos
Metaloproteinases
Reimplante dentário
Citocinas
Dentes Reimplante
Biologia celular
Avulsão dentária
Polimorfismo (Genética)
Metaloproteinases
Citocinas
Reabsorção da raiz (Dentes)
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Dentes Reimplante
Biologia celular
Avulsão dentária
Polimorfismo (Genética)
Metaloproteinases
Citocinas
Reabsorção da raiz (Dentes)
description As reabsorções radiculares externas (RRE) constituem-se na sequela mais frequente após o reimplante de dentes permanentes, representando a principal causa de perda dentária pós-trauma. Podem ser classificadas em dois grandes grupos: reabsorções radiculares externas inflamatórias (RREI), e reabsorções radiculares externas por substituição (RRES). O presente estudo teve como objetivo avaliar a ocorrência, evolução, fatores determinantes, bem como a expressão de citocinas, quimiocinas e MMPs em dentes portadores de RREI e RRES. Nossa hipótese inicial era de que esses fatores estariam associados diferentemente à ocorrência de RREI e RRES. Para tanto a atividade de reabsorção foi avaliada radiograficamente em 165 pacientes em tratamento na Clínica de Traumatismos Dentários da FO-UFMG portadores de 205 dentes reimplantados após avulsão traumática. Os pacientes foram genotipados para polimorfismos nos genes que codificam para as citocinas Il-1, IL-1, IL-1RA, IL-10, RANK, RANKL, OPG, MMP2 e MMP9 pelo método de RT-PCR. Os níveis de citocinas, quimiocinas e MMPs foram dosados pelo método ELISA no tecido perirradicular de dentes portadores de diferentes padrões radiográficos de RRE. Nossos resultados demonstraram que a atividade inicial de RREI foi influenciada principalmente por idades mais jovens no momento do trauma, considerando-se os pontos de corte de 11anos (RC 0,36 IC 95% 0,15 0,85 p=0,02) e 16 anos (RC 0,23 IC 95% 0,08-0,65 p=0,02), pelo tempo decorrido entre o reimplante e o inicio do TER (RC 1,012, IC 95% 1,003 1,020, p=0,005), pela presença do alelo T no SNP rs 1800896 no gene IL10 (RC 0,35 IC 95% 0,13-0,94 p=0,038) e pela presença do alelo C no SNP rs 2073618 no gene TNFRSF11B (OPG) (RC 0,28 IC 95% 0,09 0,93 p=0,038). A análise multivariada pelo modelo de Cox demonstrou uma progressão mais lenta da RRES em pacientes com idade superiore a 16 anos no momento do trauma (RTF 0,29 IC 95% 0,13 0,67 p=0,004), em pacientes portadores do genótipo homozigoto para a variante alélica C (CC) no SNP rs 419598 no gene IL1RN (RTF 0,33 IC95% 0,15-0,73 p= 0,006) e nos dentes armazenados no leite (RTF 0,30 IC 95% 0,15 0,64 p= 0,002) ou outros meios úmidos como soro, saliva ou água (RTF 0,50 IC 95% 0,3 0,83 p=0,007). Por outro lado, uma progressão mais rápida da RRE foi observada nos dentes com períodos extra-alveolares longos (RTF 2,97 IC 95% 1,0 8,83 p= 0,049) e imobilização prolongada (RTF 1,002 IC 95% 1,00-1,003 p=0,04) e nos pacientes portadores de homozigoze para o alelo T no SNP rs 1800587 no gene IL1A (RTF 1,87 IC 95% 0,99-3,51 p= 0,054). O estudo da expressão de citocinas quimiocinas e MMPs no tecido perirradicular de dentes portadores de RRE demonstrou que os níveis de IL-1RA, IL-6, IL-8, IFN, TNF, TGF, CCL5, RANK e OPG foram significativamente maiores nos dentes portadores de RRE quando comparados com o grupo controle, sem reabsorção. As concentrações de IL-1 e TNF- foram significativamente maiores na RREI do que na RRES (p=0,02). RRES por sua vez apresentou níveis mais elevados de MMP2 em relação a RREI (p<0,001). Em conjunto, nossos resultados sugerem que importantes fatores locais estimuladores da reabsorção óssea também participam na modulação da RREI, assim como marcadores do processo de remodelação óssea como a MMP2 estão presentes na RRES. A atividade de RREI antes do início do TER, foi influenciada pela idade do paciente no momento do trauma e pelo tempo transcorrido entre o reimplante e o inicio do TER. Já a progressão de RRES no longo prazo foi influenciada pela idade no momento do trauma, meio de armazenamento e duração do período de imobilização do dente avulsionado. Polimorfismos nos genes que codificam para as citocinas IL-10, IL-1, IL-1RA e OPG podem estar associados a fatores de susceptibilidade determinantes da evolução mais agressiva e grave das RRE pós-traumáticas.
publishDate 2014
dc.date.issued.fl_str_mv 2014-07-16
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-10T10:28:04Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-10T10:28:04Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9WRK7D
url http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9WRK7D
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WRK7D/1/tesejulianavilelabastos.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9WRK7D/2/tesejulianavilelabastos.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 6736a97627c0bd51b563a50d11485adf
c15674acf3a184e0594fe9f42a427b9c
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589466857668608