spelling |
Manoel Otávio da Costa Rochahttp://lattes.cnpq.br/9191945730512864Maria do Carmo Pereira Nuneshttp://lattes.cnpq.br/7052421532116243http://lattes.cnpq.br/2546799455900003http://lattes.cnpq.br/5173143988781339Airandes de Sousa Pinto2022-04-07T11:59:39Z2022-04-07T11:59:39Z2019-08-12http://hdl.handle.net/1843/408740000-0003-3526-5263A ecocardiografia tridimensional permite o cálculo de volume do ventrículo esquerdo em todo o ciclo cardíaco, tornando possível a construção de uma curva de volume versus tempo. Esse método oferece maior acurácia que o ecocardiograma bidimensional pois a construção do volume do ventrículo esquerdo é realizada pela análise de centenas de pontos na borda do endocárdio, sem utilizar nenhum plano específico nem modelo geométrico para descrever a complexa estrutura desta cavidade. Neste trabalho, testamos a hipótese que é possível estudar as adaptações hemodinâmicas da miocardiopatia chagásica, de maneira não-invasiva, pela curva de volume versus tempo gerada pela ecocardiografia tridimensional. Assim, o objetivo foi investigar, em estudo transversal, o comportamento funcional do ventrículo esquerdo, utilizando a curva de volume em pacientes com miocardiopatia chagásica quando comparados com indivíduos saudáveis. A partir da curva de volume, identificamos o volume diastólico final, o volume sistólico final e o volume de ejeção do ventrículo esquerdo. Em seguida, utilizando um programa desenvolvido no software MATLAB, construímos a curva de fluxo em todos os pacientes pelo método polinomial. Identificamos o valor do fluxo máximo absoluto durante a sístole e sua correção para o volume diastólico final do ventrículo esquerdo, enchimento precoce e contração atrial. Vinte pacientes com miocardiopatia chagásica idade média de 45 ± 12 anos, 55 % do sexo masculino, foram comparados com 15 indivíduos saudáveis que apresentavam idade e gênero semelhantes. A maioria dos pacientes (70%) apresentava dispneia aos esforços, estava em tratamento para insuficiência cardíaca, utilizando principalmente inibidores da enzima de conversão da angiotensina e betabloqueadores. Os pacientes com miocardiopatia chagásica apresentaram maiores volumes diastólico final e sistólico final e menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo em relação ao grupo controle. No entanto, o volume de ejeção e o fluxo máximo de ejeção do ventrículo esquerdo foram semelhantes entre os grupos. O grupo com miocardiopatia chagásica tinha menor fluxo sistólico corrigido para o volume diastólico final do ventrículo esquerdo comparado com o grupo controle. O fluxo nos intervalos de enchimento precoce e contração atrial foram semelhantes entre os grupos, assim como as respectivas medidas de velocidade na ponta dos folhetos da valva mitral, ondas E e A. Como esperado, os pacientes com miocardiopatia chagásica mostraram valores maiores na précarga em comparação com o grupo controle, como demonstrado pelo aumento do volume diastólico final do ventrículo esquerdo e da relação E / e’. Concluindo, demonstrou-se que o fluxo sistólico máximo e volume de ejeção do ventrículo esquerdo foram semelhantes entre pacientes com disfunção ventricular grave devido à miocardiopatia chagásica e controles saudáveis. Usando uma ferramenta não invasiva, pela primeira vez em miocardiopatia chagásica, demonstramos que um aumento no volume diastólico final do ventrículo esquerdo, que é uma medida da pré-carga ventricular, é o principal mecanismo de adaptação que mantém o fluxo e volume de ejeção no cenário de disfunção sistólica grave. O fluxo sistólico absoluto corrigido pelo volume diastólico final do ventrículo esquerdo, neste estudo, mostrou-se representativo da função sistólica global do ventrículo esquerdo, cuja utilidade e valor prognóstico devem ser analisados em estudos posteriores.Three-dimensional echocardiography allows volume calculation of the left ventricle throughout the cardiac cycle, making it possible to construct a volume-time curve. This method is more accurate than two-dimensional echocardiography because the construction of left ventricular volume is performed by the analysis of hundreds of points at the edge of the endocardium, without using any specific plane or geometric model to describe the complex structure of the left ventricle. In this paper, we test the hypothesis that it is possible to study the hemodynamic adaptations of non-invasively Chagas cardiomyopathy by the volume-time curve generated by three-dimensional echocardiography. Thus, the objective of this study was to study, in a crosssectional study, left ventricular function, using volume curve in patients with Chagas cardiomyopathy when compared with healthy individuals. From the volume curve, we identified left ventricular end-diastolic and end-systolic volumes and stroke volume. Then, using a program developed in MATLAB software, we constructed the flow curve in all patients using the polynomial method. We identified the absolute maximum flow value during systole and its correction for left ventricular end-diastolic volume, early filling phase and during atrial contraction. Twenty patients with Chagas cardiomyopathy, mean age of 45 ± 12 years, 55% of males, were compared with 15 gender and age matched healthy controls. Most patients (70%) had exertional dyspnea, on treatment for heart failure, mainly using the angiotensin-converting enzyme inhibitor and beta-blockers. Patients with Chagas cardiomyopathy had a greater LV end-diastolic and end-systolic volumes, and lower LV ejection fraction compared to the control group. However, the stroke volume and maximum ejection flow during systole were similar between groups. The group with Chagas cardiomyopathy had lower systolic flow corrected for left ventricular end-diastolic volume compared to the control group. The flow in the early filling intervals and atrial contraction were similar between the groups, as well as the respective velocity measurements at the tip of the mitral valve leaflets, E and A waves. As expected, patients with Chagas cardiomyopathy showed an increase in preload compared to the control group, as demonstrated by the increment in left ventricular end-diastolic volume and E / e 'ratio. In conclusion, the results of our study demonstrated that peak systolic flow and stroke volume were similar among patients with severe ventricular dysfunction due to Chagas cardiomyopathy and healthy controls. Using a non-invasive tool for the first time in Chagas cardiomyopathy, we demonstrated that an increase in left ventricular end-diastolic volume, which is a measure of ventricular preload, is the main mechanism of adaptation that maintains the flow and stroke volume in the scenario of severe systolic dysfunction. The absolute systolic flow corrected for left ventricular end-diastolic volume in this study was representative of left ventricular global systolic function, whose usefulness and prognostic value should be studied in further research.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciências da Saúde - Infectologia e Medicina TropicalUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAhttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessEcocardiografia TridimensionalCardiomiopatia ChagásicaCirculação SanguíneaEcocardiografia tridimensionalCardiomiopatia chagásicaCirculação sanguineaDissertação acadêmicaEstudo das adaptações hemodinâmicas da miocardiopatia chagásica pela curva de volume do ventrículo esquerdo obtida pelo ecocardiograma tridimensionalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALAirandes_UFMG_2022.pdfAirandes_UFMG_2022.pdfapplication/pdf1137966https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40874/4/Airandes_UFMG_2022.pdfeb1409b3eb711a450a14f9330bc6c433MD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40874/5/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD55CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8914https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/40874/2/license_rdff9944a358a0c32770bd9bed185bb5395MD521843/408742022-04-07 08:59:40.298oai:repositorio.ufmg.br:1843/40874TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-04-07T11:59:40Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
|