Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vinicius Rodrigues Taranto Nunes
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3WFCF
Resumo: INTRODUÇÃO: Um dos pilares fundamentais no tratamento de tumores pélvicos é constituído pela radioterapia. No entanto, ela pode induzir à retite actínica, uma lesão considerada irreversível. Uma das opções terapêuticas é a mesalazina, apesar de os resultados na literatura serem controversos. Uma nova formulação de mesalazina conjugada ao sulfato de condroitina foi recentemente patenteada. OBJETIVO: Testar esta nova droga e seus componentes isoladamente no tratamento da retite actínica em ratos. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizados 47 ratos Wistar fêmeas, submetidos à irradiação pélvica por meio de modelo alternativo de irradiação gama utilizando uma fonte aberta de Cobalto-60. Depois de irradiados, os animais foram divididos em oito grupos: Controle 1administração de placebo oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Mesalazina 1- mesalazina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Condroitina 1- condroitina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Conjugado 1 - conjugado de mesalazina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Controle 2, Mesalazina 2, Condroitina 2 e Conjugado 2- administração das respectivas soluções oral da mesma forma, porém sacrifício seis semanas após o tratamento. Em seguida, o segmento de reto irradiado foi submetido à avaliação histológica para os seguintes parâmetros: infiltrado inflamatório na lâmina própria, erosão do epitélio de revestimento, necrose da mucosa, deposição de colágeno na lâmina própria.RESULTADOS: O infiltrado inflamatório foi mais intenso nos grupos Condroitina 1 (p=0,002) e Mesalazina 1 (p=0,01) quando comparados ao grupo Controle 1; no grupo Conjugado 2 quando comparado aos grupos Controle 2 (p=0,002), Condroitina 2 (p=0,002) e Mesalazina 2 (p=0,01). A fibroplasia foi menos intensa no grupo Condroitina 1 (p=0,002) e Mesalazina 1 (p=0,01) quando comparado ao grupo Controle 1; e mais intensa no grupo Controle 2 quando comparado aos grupos Condroitina 2 (p=0,01) e Mesalazina 2 (p=0,002).CONCLUSÃO: A mesalazina e a condroitina isoladamente retardaram a resposta inflamatória, induzindo a uma fibrose mais tardia. O conjugado foi capaz de induzir uma resposta inflamatória ainda mais tardia do que os componentes isoladamente.
id UFMG_ea7c11cc52c517d1602dd8b9a4e2df31
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B3WFCF
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ivana Duval de AraujoRafael Calvao BarbutoSoraya Rodrigues de AlmeidaJuliano Alves FigueiredoCarlos Augusto Real MartinezRogério Saad HossneVinicius Rodrigues Taranto Nunes2019-08-12T01:53:15Z2019-08-12T01:53:15Z2018-03-26http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3WFCFINTRODUÇÃO: Um dos pilares fundamentais no tratamento de tumores pélvicos é constituído pela radioterapia. No entanto, ela pode induzir à retite actínica, uma lesão considerada irreversível. Uma das opções terapêuticas é a mesalazina, apesar de os resultados na literatura serem controversos. Uma nova formulação de mesalazina conjugada ao sulfato de condroitina foi recentemente patenteada. OBJETIVO: Testar esta nova droga e seus componentes isoladamente no tratamento da retite actínica em ratos. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizados 47 ratos Wistar fêmeas, submetidos à irradiação pélvica por meio de modelo alternativo de irradiação gama utilizando uma fonte aberta de Cobalto-60. Depois de irradiados, os animais foram divididos em oito grupos: Controle 1administração de placebo oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Mesalazina 1- mesalazina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Condroitina 1- condroitina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Conjugado 1 - conjugado de mesalazina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Controle 2, Mesalazina 2, Condroitina 2 e Conjugado 2- administração das respectivas soluções oral da mesma forma, porém sacrifício seis semanas após o tratamento. Em seguida, o segmento de reto irradiado foi submetido à avaliação histológica para os seguintes parâmetros: infiltrado inflamatório na lâmina própria, erosão do epitélio de revestimento, necrose da mucosa, deposição de colágeno na lâmina própria.RESULTADOS: O infiltrado inflamatório foi mais intenso nos grupos Condroitina 1 (p=0,002) e Mesalazina 1 (p=0,01) quando comparados ao grupo Controle 1; no grupo Conjugado 2 quando comparado aos grupos Controle 2 (p=0,002), Condroitina 2 (p=0,002) e Mesalazina 2 (p=0,01). A fibroplasia foi menos intensa no grupo Condroitina 1 (p=0,002) e Mesalazina 1 (p=0,01) quando comparado ao grupo Controle 1; e mais intensa no grupo Controle 2 quando comparado aos grupos Condroitina 2 (p=0,01) e Mesalazina 2 (p=0,002).CONCLUSÃO: A mesalazina e a condroitina isoladamente retardaram a resposta inflamatória, induzindo a uma fibrose mais tardia. O conjugado foi capaz de induzir uma resposta inflamatória ainda mais tardia do que os componentes isoladamente.INTRODUCTION: Radiotherapy is essential for the treatment of pelvic tumors; nonetheless it can induce actinic proctitis, an irreversible damage to the rectum that can be acute or chronic. One of the options of treatment for such condition is mesalazine, although with doubtful results in the literature. A new formulation of mesalazine linked to chondroitin sulfate (what increases the release time of the drug and enables reduction of the dose) was recently published. OBJECTIVE: The present study aimed at testing this new drug and its components alone in the treatment of actinic proctitis in rats. METHODOLOGY: Forty-seven female Wistar rats were submitted to pelvic radiation and divided into eight groups: Control A: placebo gavage two weeks after irradiation and sacrifice three weeks after oral treatment; Mesalazine A: mesalazine gavage and sacrifice the same manner; Chondroitin A: chondroitin gavage and sacrifice the same manner; Conjugate A: mesalazine polymeric conjugate gavage and sacrifice the same manner; Control C, Mesalazine C, Chondroitin C and Conjugate C: gavage the same way as for the A groups but sacrifice six weeks after oral treatment. After sacrifice, the rectum was submitted to histological characterization for each of the findings: inflammatory infiltrate in the lamina propria, epithelial degeneration, mucosal necrosis and collagen deposition to the lamina propria.RESULTS: The inflammatory infiltrate was more intense in the Chondroitin A group (p=0,002) and Mesalazine A group (p=0,01) compared to the Control A group; and was also more intense in the Conjugate C group compared to the Control C group (p=0,002), the Chondroitin C group (p=0,002) and the Mesalazine C group (p=0,01). The collagen deposition was less intense in the Chondroitin A group (p=0,002) and Mesalazine A group (p=0,01) compared to the Control A group; and was more intense in the Control C group compared to the Chondroitin C group (p=0,01) and Mesalazine C group (p=0,002).CONCLUSION: Mesalazine was efficacious in inducing a delayed inflammatory response, hence reducing the late fibrosis. Chondroitin alone had the same result as mesalazine, what is a new unexpected finding. The conjugate was able to induce an ever more delayed inflammatory response.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMesalamina/uso terapêuticoFibroseProctite/tratamento farmacológicoCondroitinaRadioterapiaInflamaçãoFibroseRetite ActínicaMesalazinaCondroitinaRadioterapiaInflamaçãoAvaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gamainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_taranto___vers_o_final.pdfapplication/pdf2871351https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3WFCF/1/tese_taranto___vers_o_final.pdfc714e0ec1950f7006a909fc0c5cf8174MD51TEXTtese_taranto___vers_o_final.pdf.txttese_taranto___vers_o_final.pdf.txtExtracted texttext/plain84314https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3WFCF/2/tese_taranto___vers_o_final.pdf.txt14f7229bfb88d52f587b00ea4c3370aeMD521843/BUOS-B3WFCF2019-11-14 09:39:37.163oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-B3WFCFRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:39:37Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
title Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
spellingShingle Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
Vinicius Rodrigues Taranto Nunes
Fibrose
Retite Actínica
Mesalazina
Condroitina
Radioterapia
Inflamação
Mesalamina/uso terapêutico
Fibrose
Proctite/tratamento farmacológico
Condroitina
Radioterapia
Inflamação
title_short Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
title_full Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
title_fullStr Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
title_full_unstemmed Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
title_sort Avaliação da mesalazina incorporada a polímero biodegradável no tratamento da retite actínica em ratos por meio de modelo alternativo de irradiação gama
author Vinicius Rodrigues Taranto Nunes
author_facet Vinicius Rodrigues Taranto Nunes
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ivana Duval de Araujo
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Rafael Calvao Barbuto
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Soraya Rodrigues de Almeida
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Juliano Alves Figueiredo
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Carlos Augusto Real Martinez
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Rogério Saad Hossne
dc.contributor.author.fl_str_mv Vinicius Rodrigues Taranto Nunes
contributor_str_mv Ivana Duval de Araujo
Rafael Calvao Barbuto
Soraya Rodrigues de Almeida
Juliano Alves Figueiredo
Carlos Augusto Real Martinez
Rogério Saad Hossne
dc.subject.por.fl_str_mv Fibrose
Retite Actínica
Mesalazina
Condroitina
Radioterapia
Inflamação
topic Fibrose
Retite Actínica
Mesalazina
Condroitina
Radioterapia
Inflamação
Mesalamina/uso terapêutico
Fibrose
Proctite/tratamento farmacológico
Condroitina
Radioterapia
Inflamação
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Mesalamina/uso terapêutico
Fibrose
Proctite/tratamento farmacológico
Condroitina
Radioterapia
Inflamação
description INTRODUÇÃO: Um dos pilares fundamentais no tratamento de tumores pélvicos é constituído pela radioterapia. No entanto, ela pode induzir à retite actínica, uma lesão considerada irreversível. Uma das opções terapêuticas é a mesalazina, apesar de os resultados na literatura serem controversos. Uma nova formulação de mesalazina conjugada ao sulfato de condroitina foi recentemente patenteada. OBJETIVO: Testar esta nova droga e seus componentes isoladamente no tratamento da retite actínica em ratos. MATERIAIS E MÉTODO: Foram utilizados 47 ratos Wistar fêmeas, submetidos à irradiação pélvica por meio de modelo alternativo de irradiação gama utilizando uma fonte aberta de Cobalto-60. Depois de irradiados, os animais foram divididos em oito grupos: Controle 1administração de placebo oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Mesalazina 1- mesalazina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Condroitina 1- condroitina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Conjugado 1 - conjugado de mesalazina oral duas semanas após a irradiação, eutanásia três semanas após o tratamento; Controle 2, Mesalazina 2, Condroitina 2 e Conjugado 2- administração das respectivas soluções oral da mesma forma, porém sacrifício seis semanas após o tratamento. Em seguida, o segmento de reto irradiado foi submetido à avaliação histológica para os seguintes parâmetros: infiltrado inflamatório na lâmina própria, erosão do epitélio de revestimento, necrose da mucosa, deposição de colágeno na lâmina própria.RESULTADOS: O infiltrado inflamatório foi mais intenso nos grupos Condroitina 1 (p=0,002) e Mesalazina 1 (p=0,01) quando comparados ao grupo Controle 1; no grupo Conjugado 2 quando comparado aos grupos Controle 2 (p=0,002), Condroitina 2 (p=0,002) e Mesalazina 2 (p=0,01). A fibroplasia foi menos intensa no grupo Condroitina 1 (p=0,002) e Mesalazina 1 (p=0,01) quando comparado ao grupo Controle 1; e mais intensa no grupo Controle 2 quando comparado aos grupos Condroitina 2 (p=0,01) e Mesalazina 2 (p=0,002).CONCLUSÃO: A mesalazina e a condroitina isoladamente retardaram a resposta inflamatória, induzindo a uma fibrose mais tardia. O conjugado foi capaz de induzir uma resposta inflamatória ainda mais tardia do que os componentes isoladamente.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-12T01:53:15Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-12T01:53:15Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3WFCF
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-B3WFCF
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3WFCF/1/tese_taranto___vers_o_final.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-B3WFCF/2/tese_taranto___vers_o_final.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv c714e0ec1950f7006a909fc0c5cf8174
14f7229bfb88d52f587b00ea4c3370ae
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1803589185506902016