Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7YKKPG |
Resumo: | O depósito de manganês da Mina Fazenda dos Penas, situado na borda oeste da Serra do Espinhaço (MG), está hospedado em uma unidade filítica do Grupo Macaúbas (localmente Unidade C). Os minérios de manganês do depósito são classificados conforme suas características texturais, mineralógicas e geoquímicas em quatro tipos: minério duro, brecha de minério, minério pulverulento e minério ferro-manganesífero. O minério duro é azul escuro, compacto, maciço, composto por pirolusita, criptolomelana e quartzo, com teor de MnO2 variando entre 47% a 63%. A brecha de minério é composta por quartzo, pirolusita, criptolomelana e muscovita, com teor de MnO2 entre 23% e 47%. O minério pulverulento é azul escuro a preto, com teor de MnO2 entre 47% e 72%, é constituído por pirolusita, criptolomelana e quartzo. O minério ferro-manganesífero é maciço ou pode ser formado por seixos de quartzito, filito, quartzo de veio e minerais de manganês, cimentados por minerais lateríticos, o teor de MnO2 está entre 3% e 30%, os minerais constituintes são quartzo, goethita, pirolusita, criptolotnelana e muscovita. O processo de formação do depósito está relacionado a três sistemas: sedimentar, hidrotermal e supergênico. O sistema sedimentar iniciou-se com a deposição de sedimentos marinhos finos com teores anômalos em manganês. O filito que hoje representa esses sedimentos possui texturas tal como, minerais de manganês envolvidos pela foliação, que sugere o enriquecimento da rocha em manganês antes do metarnorfismo. O sistema hidrotermal está ligado diretamente à evolução das falhas normais oblíquas (relacionadas à fase transtensional regional), que permitiram escape de fluidos para locais de menores pressões. A relação de intercrescimento dos minerais de manganês e quartzo de veio também sugere componente hidrotermal na participação da formação do depósito. O sistema supergênico contribui na formação da jazida concentrando minerais de manganês, que é bem marcada pela textura botrioidal dos minerais indicando precipitação em gel, principalmente em zonas de fraturas e falhas.Dados geoquímicos de minério indicam que o processo mineralizador é resultado da interação entre fluidos hidrotermais e águas meteóricas. |
id |
UFMG_ec11e7c4a1311079c640ccbed02fd573 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-7YKKPG |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Lydia Maria LobatoAlexandre UhleinIvo Antonio DussinRodrigo da Rocha Pinho2019-08-14T04:27:36Z2019-08-14T04:27:36Z2009-05-18http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7YKKPGO depósito de manganês da Mina Fazenda dos Penas, situado na borda oeste da Serra do Espinhaço (MG), está hospedado em uma unidade filítica do Grupo Macaúbas (localmente Unidade C). Os minérios de manganês do depósito são classificados conforme suas características texturais, mineralógicas e geoquímicas em quatro tipos: minério duro, brecha de minério, minério pulverulento e minério ferro-manganesífero. O minério duro é azul escuro, compacto, maciço, composto por pirolusita, criptolomelana e quartzo, com teor de MnO2 variando entre 47% a 63%. A brecha de minério é composta por quartzo, pirolusita, criptolomelana e muscovita, com teor de MnO2 entre 23% e 47%. O minério pulverulento é azul escuro a preto, com teor de MnO2 entre 47% e 72%, é constituído por pirolusita, criptolomelana e quartzo. O minério ferro-manganesífero é maciço ou pode ser formado por seixos de quartzito, filito, quartzo de veio e minerais de manganês, cimentados por minerais lateríticos, o teor de MnO2 está entre 3% e 30%, os minerais constituintes são quartzo, goethita, pirolusita, criptolotnelana e muscovita. O processo de formação do depósito está relacionado a três sistemas: sedimentar, hidrotermal e supergênico. O sistema sedimentar iniciou-se com a deposição de sedimentos marinhos finos com teores anômalos em manganês. O filito que hoje representa esses sedimentos possui texturas tal como, minerais de manganês envolvidos pela foliação, que sugere o enriquecimento da rocha em manganês antes do metarnorfismo. O sistema hidrotermal está ligado diretamente à evolução das falhas normais oblíquas (relacionadas à fase transtensional regional), que permitiram escape de fluidos para locais de menores pressões. A relação de intercrescimento dos minerais de manganês e quartzo de veio também sugere componente hidrotermal na participação da formação do depósito. O sistema supergênico contribui na formação da jazida concentrando minerais de manganês, que é bem marcada pela textura botrioidal dos minerais indicando precipitação em gel, principalmente em zonas de fraturas e falhas.Dados geoquímicos de minério indicam que o processo mineralizador é resultado da interação entre fluidos hidrotermais e águas meteóricas.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGeologiaSedimentação e depósitosManganêsgeologiaCaracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MGinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALanexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdfapplication/pdf1150997https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/1/anexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdf176fe44408e8829208682916b1dd8be1MD51anexos_2_3.pdfapplication/pdf2209487https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/2/anexos_2_3.pdf29006c8c8cdccbf2321b4fec6c825581MD52disserta__o_rodrigo_rocha_pinho.pdfapplication/pdf223095501https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/3/disserta__o_rodrigo_rocha_pinho.pdf820f81d8d679d681e251bfbbe5608af2MD53TEXTanexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdf.txtanexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdf.txtExtracted texttext/plain1https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/4/anexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdf.txt68b329da9893e34099c7d8ad5cb9c940MD54anexos_2_3.pdf.txtanexos_2_3.pdf.txtExtracted texttext/plain5756https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/5/anexos_2_3.pdf.txt19432f4c6cd9bca599892635c1b6b841MD551843/MPBB-7YKKPG2019-11-14 16:12:29.458oai:repositorio.ufmg.br:1843/MPBB-7YKKPGRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T19:12:29Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
title |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
spellingShingle |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG Rodrigo da Rocha Pinho geologia Geologia Sedimentação e depósitos Manganês |
title_short |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
title_full |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
title_fullStr |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
title_full_unstemmed |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
title_sort |
Caracterização e gênese do minério de manganês do depósito da Mina Fazenda dos Penas, borda oeste da Serra do Espinhaço Meridional, MG |
author |
Rodrigo da Rocha Pinho |
author_facet |
Rodrigo da Rocha Pinho |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Lydia Maria Lobato |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Alexandre Uhlein |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Ivo Antonio Dussin |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rodrigo da Rocha Pinho |
contributor_str_mv |
Lydia Maria Lobato Alexandre Uhlein Ivo Antonio Dussin |
dc.subject.por.fl_str_mv |
geologia |
topic |
geologia Geologia Sedimentação e depósitos Manganês |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Geologia Sedimentação e depósitos Manganês |
description |
O depósito de manganês da Mina Fazenda dos Penas, situado na borda oeste da Serra do Espinhaço (MG), está hospedado em uma unidade filítica do Grupo Macaúbas (localmente Unidade C). Os minérios de manganês do depósito são classificados conforme suas características texturais, mineralógicas e geoquímicas em quatro tipos: minério duro, brecha de minério, minério pulverulento e minério ferro-manganesífero. O minério duro é azul escuro, compacto, maciço, composto por pirolusita, criptolomelana e quartzo, com teor de MnO2 variando entre 47% a 63%. A brecha de minério é composta por quartzo, pirolusita, criptolomelana e muscovita, com teor de MnO2 entre 23% e 47%. O minério pulverulento é azul escuro a preto, com teor de MnO2 entre 47% e 72%, é constituído por pirolusita, criptolomelana e quartzo. O minério ferro-manganesífero é maciço ou pode ser formado por seixos de quartzito, filito, quartzo de veio e minerais de manganês, cimentados por minerais lateríticos, o teor de MnO2 está entre 3% e 30%, os minerais constituintes são quartzo, goethita, pirolusita, criptolotnelana e muscovita. O processo de formação do depósito está relacionado a três sistemas: sedimentar, hidrotermal e supergênico. O sistema sedimentar iniciou-se com a deposição de sedimentos marinhos finos com teores anômalos em manganês. O filito que hoje representa esses sedimentos possui texturas tal como, minerais de manganês envolvidos pela foliação, que sugere o enriquecimento da rocha em manganês antes do metarnorfismo. O sistema hidrotermal está ligado diretamente à evolução das falhas normais oblíquas (relacionadas à fase transtensional regional), que permitiram escape de fluidos para locais de menores pressões. A relação de intercrescimento dos minerais de manganês e quartzo de veio também sugere componente hidrotermal na participação da formação do depósito. O sistema supergênico contribui na formação da jazida concentrando minerais de manganês, que é bem marcada pela textura botrioidal dos minerais indicando precipitação em gel, principalmente em zonas de fraturas e falhas.Dados geoquímicos de minério indicam que o processo mineralizador é resultado da interação entre fluidos hidrotermais e águas meteóricas. |
publishDate |
2009 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2009-05-18 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-14T04:27:36Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-14T04:27:36Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7YKKPG |
url |
http://hdl.handle.net/1843/MPBB-7YKKPG |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/1/anexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/2/anexos_2_3.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/3/disserta__o_rodrigo_rocha_pinho.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/4/anexo_1_mapa_geol_gico_mina_fazenda_penas.pdf.txt https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MPBB-7YKKPG/5/anexos_2_3.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
176fe44408e8829208682916b1dd8be1 29006c8c8cdccbf2321b4fec6c825581 820f81d8d679d681e251bfbbe5608af2 68b329da9893e34099c7d8ad5cb9c940 19432f4c6cd9bca599892635c1b6b841 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589202111102976 |