A ergotoponímia mineira e seus campos lexicais

• Autor(a) principal: Marianna de Franco Gomes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/57219
• topic: Léxico; Toponímia; Campos lexicais; Minas Gerais; Ergotoponímia; Língua portuguesa – Regionalismos – Minas Gerais; Língua portuguesa – Variação – Minas Gerais; Lexicologia; Toponímia

Partindo do pressuposto de que o topônimo guarda estreita relação com o ambiente que nomeia, este trabalho objetivou descrever a ergotoponímia em Minas Gerais – tratando-se dos topônimos que apresentam como principal fator motivacional aspectos relacionados à cultura material. Dessa forma, para fundamentar este trabalho, utilizamos os pressupostos teóricos e metodológicos de Dick (1990 a,b) e Seabra (2004, 2006), sobre a Onomástica e a motivação toponímica, e Coseriu (1977) e Abbade (2009, 2012, 2015) sobre a Teoria dos campos lexicais. Utilizando o banco de dados do Projeto ATEMIG – Atlas Toponímico do Estado de Minas Gerais, para coletar os nossos objetos de estudos, analisamos 3094 ergotopônimos. Desse modo, dois procedimentos metodológicos serviram para organizar os dados por meio de duas perspectivas: primeiramente, em fichas lexicográficas – enquanto topônimos, e, posteriormente, em campos lexicais – enquanto lexias, constituindo um vocabulário da cultura material em Minas Gerais estruturado em seis macrocampos lexicais. A análise quantitativa e qualitativa dos ergotopônimos estudados permitiu evidenciar os principais motivadores da cultura material no ato de nomeação de lugares em Minas Gerais, destacando o topônimo “Engenho” como o mais produtivo. Enquanto lexia, o macrocampo lexical dos instrumentos, integrando o microcampo dos instrumentos de grande estrutura e produção, destacou-se como o mais significativo. De modo geral, os resultados explicitaram o cenário rural em Minas Gerais, refletidos e conservados por meio da toponímia.