A vida da e na cidade entre a obra e o produto: uma reflexão a partir da produção do espaço da metrópole belo-horizontina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Thiago Andrade dos Santos
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AD4H68
Resumo: Por meio desta pesquisa busca-se compreender a dimensão espacial do processo de apropriação da práxis social pelo capital e os seus desdobramentos para o cenário da luta de classes no espaço urbano, a partir da produção do espaço da e na metrópole belo-horizontina. Parte-se do pressuposto de que é a própria inclusão ao mundo moderno que produz à exclusão e tal fato expressa-se nas contradições imanentes à vida cotidiana, especialmente nas metrópoles. O pensamento dialético, enquanto o pensamento do devir (LEFEBVRE, 2011 [1948], p. 103), permite identificar as contradições que são inerentes ao modo de produção capitalista e que anunciam a possibilidade do novo. Em contrapartida, as representações tentam impedir que esse novo, representado pelo inesperado, pelo não previsto, pelo não repetitivo ou pelo não controlado, aconteça. É nas práticas espaciais que as abstrações ganham concretude, portanto, nada mais inquietante, esclarecedor, perigoso, oportuno e incerto que investigar essas práticas, indo ao encontro dos sujeitos na metrópole. Investiga-se os modos pelos quais os capitais tentam solucionar suas crises, utilizando o processo de urbanização para tal finalidade. À vista disso, a compreensão e o estabelecimento de uma visão crítica acerca da problemática urbana passam pela critica do cotidiano e de seus ritmos, pois as metrópoles tendem a ser regidas pela lógica do capital. Discute-se, portanto, a produção capitalista do espaço para além do processo de modernização e estruturação espacial. Este estudo é uma porta de entrada para a apreensão das contradições e determinações do processo de urbanização contemporâneo de Belo Horizonte nas suas formas e nos seus conteúdos. Objetiva-se a compreensão dos desdobramentos do processo de modernização para a vida social, tendo em conta a dialética que permeia a relação entre as diferentes dimensões da produção do espaço; o concebido, o percebido e o vivido. Nossa análise transita das representações do espaço aos espaços de representação para realizar a crítica da economia política do espaço. A realidade empírica que motivou este estudo é a metrópole de Belo Horizonte, uma cidade que já nasceu para ser metrópole e sempre foi divulgada como um signo da vanguarda brasileira, mas que é a expressão de uma inautêntica modernidade. Estabelecemos uma aproximação com a produção do espaço da metrópole belo-horizontina a partir do processo de reestruturação espacial do Eixo Norte da Região Metropolitana, visando apreender as estratégias do Estado e do capital para a reprodução das relações de produção. Finalmente, promove-se uma reflexão acerca da hipótese de que o processo produção do espaço contém as possibilidades e impossibilidades para o urbano, pois suas contradições imanentes indicam as dificuldades de o capital lidar com as crises da reprodução das relações sociais de produção nas metrópoles.
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Em contrapartida, as representações tentam impedir que esse novo, representado pelo inesperado, pelo não previsto, pelo não repetitivo ou pelo não controlado, aconteça. É nas práticas espaciais que as abstrações ganham concretude, portanto, nada mais inquietante, esclarecedor, perigoso, oportuno e incerto que investigar essas práticas, indo ao encontro dos sujeitos na metrópole. Investiga-se os modos pelos quais os capitais tentam solucionar suas crises, utilizando o processo de urbanização para tal finalidade. À vista disso, a compreensão e o estabelecimento de uma visão crítica acerca da problemática urbana passam pela critica do cotidiano e de seus ritmos, pois as metrópoles tendem a ser regidas pela lógica do capital. Discute-se, portanto, a produção capitalista do espaço para além do processo de modernização e estruturação espacial. Este estudo é uma porta de entrada para a apreensão das contradições e determinações do processo de urbanização contemporâneo de Belo Horizonte nas suas formas e nos seus conteúdos. Objetiva-se a compreensão dos desdobramentos do processo de modernização para a vida social, tendo em conta a dialética que permeia a relação entre as diferentes dimensões da produção do espaço; o concebido, o percebido e o vivido. Nossa análise transita das representações do espaço aos espaços de representação para realizar a crítica da economia política do espaço. A realidade empírica que motivou este estudo é a metrópole de Belo Horizonte, uma cidade que já nasceu para ser metrópole e sempre foi divulgada como um signo da vanguarda brasileira, mas que é a expressão de uma inautêntica modernidade. Estabelecemos uma aproximação com a produção do espaço da metrópole belo-horizontina a partir do processo de reestruturação espacial do Eixo Norte da Região Metropolitana, visando apreender as estratégias do Estado e do capital para a reprodução das relações de produção. Finalmente, promove-se uma reflexão acerca da hipótese de que o processo produção do espaço contém as possibilidades e impossibilidades para o urbano, pois suas contradições imanentes indicam as dificuldades de o capital lidar com as crises da reprodução das relações sociais de produção nas metrópoles.Through this research we seek to understand the spatial dimension of social praxis appropriation process by capital and its impact to the class struggle setting in the urban space from the production of Belo Horizonte metropoliss space. From the processes of urban and social life restructuring, we assume that is the inclusion to modern age which produces exclusion and this fact is expressed in contradictions immanent to everyday life, especially in cities. Dialectical thinking, while thinking of becoming (Lefebvre [1948] 2011, p. 103), identifies the inherent contradictions of capitalist mode of production and announces the possibilities of the new. In contrast, the representations try to avoid the new, represented by the unexpected, the unforeseen, the uncontrolled or the non-controlled, happen. Is in the spatial practices that abstractions becomes concrete, so nothing more disturbing, enlightening, dangerous, and uncertain that investigate these practices, meeting the subjects in the metropolis. We investigate the ways in which the capital try to solve their crises, using the urbanization process for this purpose. Thus, the understanding and the establishment of a critical point of view about the urban processes passes by the critique of everyday life and its rhythms, because metropolis tend to be governed by the logic of capital. Therefore, we discuss the capitalist production of space in addition for beyond spatial structuring and modernization process. This study is a gateway to the comprehension of contradictions and determinations of Belo Horizonte contemporary urbanization process in their forms and their content. We aim to understand the consequences of social life modernization process, considering the dialectic that exists in the relationship between the different dimensions of the production of space; the conceived, the perceived and the lived. Our analysis transits from the representations of space to the spaces of representation seeking the critique of political economy of space. The empirical reality that motivated this study is the Belo Horizonte metropolis, a city that was born to be metropolis and was always reported as a sign of the Brazilian vanguard, but is the expression of an inauthentic modernity. We established an approach to the production of the Belo Horizonte metropolis space from its north vector spatial restructuring process, seeking the understanding of the State and capital strategies in the reproduction of social relations of production. Finally, we promoted a reflection based in hypothesis that the production of space process contains the possibilities and impossibilities for urban life, because its immanent contradictions indicate the difficulties of capital overcomes its crisis to the reproduction of social relations of production in the metropolis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPlanejamento urbano  Belo Horizonte (MG) Alienação (Filosofia)a Espaço urbano Desenvolvimento social CotidianoReestruturação urbanaMetropolizaçãoProdução do espaçoUrbanoAlienaçãoA vida da e na cidade entre a obra e o produto: uma reflexão a partir da produção do espaço da metrópole belo-horizontinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_thiago_andrade_dos_santos_2014.pdfapplication/pdf4134295https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AD4H68/1/disserta__o_thiago_andrade_dos_santos_2014.pdf2a22789552124846c7307a659e983c5eMD51TEXTdisserta__o_thiago_andrade_dos_santos_2014.pdf.txtdisserta__o_thiago_andrade_dos_santos_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain583981https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AD4H68/2/disserta__o_thiago_andrade_dos_santos_2014.pdf.txt7981c156779a0ccf463cc12d852a7750MD521843/BUBD-AD4H682019-11-14 09:40:03.472oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AD4H68Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:40:03Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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