Regeneração óssea de defeitos alveolares usando um cimento odontológico bioativo contendo nano-hidroxiapatita, quitosana, óxido de zinco nanoparticulado e doxiciclina in vivo

• Autor(a) principal: Richard Alfonso Fills Cerchar
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/50651
• topic: Regeneração óssea; Cimentos ósseos; Hidroxiapatita; Óxido de zinco; Quitosana; Doxiciclina; Regeneração óssea; Durapatita; Óxido de zinco; Quitosana; Doxiciclina

A reabilitação oral dos pacientes pode ser afetada pela pouca quantidade de tecido ósseo presente em cavidade oral. As perdas ósseas estão associadas às exodontias, doenças periodontais, infecções, trauma e doenças congênitas. Visando alcançar características ideais para o ganho e/ou recuperação do tecido ósseo perdido cimentos ósseos estão sendo usados no tratamento dessas lesões devido às suas propriedades de biocompatibilidade e osteocondução contribuindo para a recuperação estética e funcional dos pacientes. Este estudo teve como objetivo pesquisar os efeitos da aplicação de um novo cimento odontológico contendo nano hidroxiapatita, óxido de zinco nanoparticulado, quitosana, com doxiciclina (DHCZ) e sem doxiciclina (HCZ) na regeneração óssea de defeitos alveolares. Utilizaram-se quarenta ratos Wistar machos com 6 semanas de vida, pesando em média 175 gramas. Um Defeito ósseo alveolar foi confeccionado após exodontia do primeiro molar superior esquerdo, foram preenchidos aleatoriamente em quatro grupos: G1: cimento DHCZ, G2: cimento HCZ, G3: matriz óssea desmineralizada bovina (MODB) e G4: controle-coágulo sanguíneo. Ao final de cada tempo experimental, 14 dias (T1) e 28 dias (T2) os animais foram eutanasiados e as maxilas dissecadas foram mantidas em formol 10% por 48 horas. Após descalcificação os tecidos foram submetidos à avaliação histológica com coloração de Hematoxilina/Eosina (HE) e tricrômica de Masson para então passar por análise histomorfométrica. Histologicamente foram observadas diferenças em relação à degradação do biomaterial sendo maior no cimento DHCZ. As trabéculas ósseas neoformadas estiveram presentes em todos os grupos, mas a quantidade e tamanho dos espaços medulares e a quantidade de vasos sanguíneos presentes neles variaram entre os grupos. Osteócitos foram observados dispersos na matriz óssea dentro de lacunas de menor tamanho no T2 em relação ao T1, em todos os grupos, além da matriz óssea estar mais organizada. A presença de fibras colágenas foi verificada na coloração tricrômica de Masson em todos os grupos. As análises histomorfométricas mostraram que todos os grupos preenchidos com biomaterial tiveram neoformação óssea acima de 37%, sendo maior no grupo preenchido com DHCZ (55%). No T2 os grupos preenchidos com biomaterial apresentaram preenchimento acima de 67%, sendo maior no MODB (80%), porém os resultados do grupo DHCZ tiveram uma resposta similar (77%). Os dados da histomorfometria foram submetidos ao teste estatístico não-paramétrico Kruskal Wallis com nível de significância de (p<0,05). Os resultados mostraram que quando se compara o cimento ósseo DHCZ no T1 com todos os grupos do T2 não houve diferença estatística significativa indicando que foi preciso menos tempo para atingir o mesmo nível alcançado no T2 por todos os grupos. Com base nos resultados obtidos é possível concluir que o cimento odontológico contendo doxiciclina, proposto no presente estudo, promoveu uma excelente resposta na regeneração do defeito alveolar em ratos com em relação à área do preenchimento nos primeiros 14 dias sendo significativamente maior.