Utilização da Ferramenta de Avaliação de Risco na APS de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maria Celia Gomes Ventura Oliveira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/48495
Resumo: O usuário que busca o Serviço de Saúde deve ter seu risco avaliado oportunamente, visando não piorar seu estado de saúde enquanto aguarda atendimento. Para esta avaliação existem ferramentas objetivas, que utilizam cores para definir ordem de prioridades. Objetiva-se com este estudo avaliar a utilização da ferramenta de Avaliação de Risco das condições mais prevalentes, na Atenção Primária à Saúde de Belo Horizonte. Trata-se de uma pesquisa descritiva qualitativa. A coleta de dados foi realizada a partir dos registros nos prontuários eletrônicos relativos à frequência e prevalência de utilização da ferramenta de avaliação de risco sobre à demanda espontânea registrada nos 152 centros de saúde de Belo Horizonte no ano de 2021. Os dados qualitativos foram obtidos em março de 2022, em duas regionais, por meio de entrevistas com 12 enfermeiras. As regionais de saúde foram identificadas estatisticamente como aquelas de maior e menor registro de utilização da ferramenta e, consequentemente, seus centros de saúde. Esses dados foram compilados pela análise do discurso proposta por Bardin e analisados à luz da literatura. As entrevistas foram identificadas em três categorias:1) Utilização do protocolo e suas limitações; 2) Registros no sistema e os fatores dificultadores; e 3) Adaptabilidade da ferramenta ao perfil da demanda dos usuários. Outro dado avaliado foi referente ao quantitativo dos profissionais enfermeiros, médicos e dentistas, capacitados que superou 90% do total, das nove regionais de saúde. O uso da ferramenta nos centros de saúde variou entre 2% a 81%, considerando-se os 152 centros de saúde avaliados, porém a taxa média de utilização em Belo Horizonte foi de 9,36%. Os resultados demonstram que é importante avaliar o risco, porém o tempo do profissional de equipe e a falta de fluxogramas específicos foram impeditivos para sua aplicação. Problemas relativos ao sistema, voltados ao registro e aos agendamentos on-line são cruciais a serem solucionados. Escalar um enfermeiro somente para avaliação de risco, realizar capacitações e rodas de conversa sobre o uso da ferramenta podem ajudar na aplicabilidade do protocolo. Na percepção das enfermeiras é importante estratificar o risco na APS para ordenar a fila de espera de acordo com a prioridade clínica. As dificuldades evidenciadas foram de estrutura da instituição e mudanças de processos de trabalho na APS; verificou-se que a ferramenta funciona melhor na modelagem por “equipe de referência” e que aumenta a segurança para o profissional e o usuário, principalmente no encaminhamento para outros pontos da rede. A partir dos resultados, foi elaborado um Relatório Técnico com recomendações para a otimização do uso da ferramenta na APS, a ser encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde, como subsídio para possíveis intervenções.
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Os dados qualitativos foram obtidos em março de 2022, em duas regionais, por meio de entrevistas com 12 enfermeiras. As regionais de saúde foram identificadas estatisticamente como aquelas de maior e menor registro de utilização da ferramenta e, consequentemente, seus centros de saúde. Esses dados foram compilados pela análise do discurso proposta por Bardin e analisados à luz da literatura. As entrevistas foram identificadas em três categorias:1) Utilização do protocolo e suas limitações; 2) Registros no sistema e os fatores dificultadores; e 3) Adaptabilidade da ferramenta ao perfil da demanda dos usuários. Outro dado avaliado foi referente ao quantitativo dos profissionais enfermeiros, médicos e dentistas, capacitados que superou 90% do total, das nove regionais de saúde. O uso da ferramenta nos centros de saúde variou entre 2% a 81%, considerando-se os 152 centros de saúde avaliados, porém a taxa média de utilização em Belo Horizonte foi de 9,36%. Os resultados demonstram que é importante avaliar o risco, porém o tempo do profissional de equipe e a falta de fluxogramas específicos foram impeditivos para sua aplicação. Problemas relativos ao sistema, voltados ao registro e aos agendamentos on-line são cruciais a serem solucionados. Escalar um enfermeiro somente para avaliação de risco, realizar capacitações e rodas de conversa sobre o uso da ferramenta podem ajudar na aplicabilidade do protocolo. Na percepção das enfermeiras é importante estratificar o risco na APS para ordenar a fila de espera de acordo com a prioridade clínica. As dificuldades evidenciadas foram de estrutura da instituição e mudanças de processos de trabalho na APS; verificou-se que a ferramenta funciona melhor na modelagem por “equipe de referência” e que aumenta a segurança para o profissional e o usuário, principalmente no encaminhamento para outros pontos da rede. A partir dos resultados, foi elaborado um Relatório Técnico com recomendações para a otimização do uso da ferramenta na APS, a ser encaminhado à Secretaria Municipal de Saúde, como subsídio para possíveis intervenções.Users who seek the Health Service must have their risk assessed in a timely manner, in order not to worsen their health status while waiting for care. For this evaluation there are objective tools, which use colors to define order of priorities. The objective of this study is to evaluate the use of the Risk Assessment tool of the most prevalent conditions in Primary Health Care in Belo Horizonte. This is qualitative descriptive research. Data collection was performed from records in electronic medical records regarding the frequency and prevalence of use of the risk assessment tool on spontaneous demand recorded in the 152 health centers in Belo Horizonte in 2021. Qualitative data were obtained in March 2022, in two regions, through interviews with 12 nurses. The regional health centers were statistically identified as those with the highest and lowest records of use of the tool and, consequently, their health centers. These data were compiled by the discourse analysis proposed by Bardin and analyzed in the light of the literature. The interviews were identified in three categories:1) Use of the protocol and its limitations; 2) Records in the system and the hindering factors; and 3) Adaptability of the tool to the profile of user demand. Another data evaluated was related to the number of trained nurses, doctors and dentists, which exceeded 90% of the total, from the nine health regions. The use of the tool in health centers ranged from 2% to 81%, considering the 152 health centers evaluated, but the average rate of use in Belo Horizonte was 9.36%. The results demonstrate that it is important to assess the risk, but the time of the team professional and the lack of specific flowcharts were impediments to its application. Problems related to the system, related to registration and online appointments are crucial to be solved. Assigning a nurse only for risk assessment, conducting training and conversation circles about the use of the tool can help in the applicability of the protocol. In the nurses' perception, it is important to stratify the risk in PHC to order the waiting list according to clinical priority. The difficulties highlighted were the structure of the institution and changes in work processes in the PHC; it was found that the tool works better in modeling by a “reference team” and that it increases safety for the professional and the user, especially when referring to other points in the network. Based on the results, a Technical Report was prepared with recommendations for optimizing the use of the tool in PHC, to be sent to the Municipal Health Department, as a subsidy for possible interventionsporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Gestão de Serviços de SaúdeUFMGBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessAtenção Primária à SaudeAcolhimentoAssunção de RiscosAcolhimentoClassificação de riscoAtenção PrimáriaUtilização da Ferramenta de Avaliação de Risco na APS de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALMaria Célia UFMG-formatado (2).pdfMaria Célia UFMG-formatado (2).pdfapplication/pdf1577673https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48495/1/Maria%20C%c3%a9lia%20UFMG-formatado%20%282%29.pdf77f6863f068cd0f2262b1a6b3c08ae7bMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48495/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/48495/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/484952022-12-28 22:54:26.813oai:repositorio.ufmg.br:1843/48495TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-12-29T01:54:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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