Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Cláudia Campos Soareshttp://lattes.cnpq.br/2902781657178221Maria Augusta da Costa VieiraSérgio Alcides Pereira do Amaralhttp://lattes.cnpq.br/6593629490846416Aline Elen Santos Galvão2021-02-09T23:28:24Z2021-02-09T23:28:24Z2020-08-28http://hdl.handle.net/1843/34976Esta dissertação pretende analisar como a melancolia é representada naquele que é considerado por parte significativa dos estudiosos como o primeiro romance da era moderna – D. Quixote, e como ela é representada em Grande Sertão: veredas, que é considerado por parte de seus críticos como um romance de uma época em que o gênero romance está se desconstruindo. Em D. Quixote, a melancolia do protagonista resulta, sobretudo, de sua frustração com a realidade. O romance traz em si o surgimento da modernidade, que se impõe como um cenário perturbador e, como consequência, o seu protagonista busca enlouquecidamente uma fuga da realidade, de sua situação empobrecida – tanto economicamente quanto existencialmente – para um mundo de grandeza e valores nobres: o mundo idealizado dos romances de cavalaria, em que tenta resgatar a fantasia dos romances de cavalaria e adotar comportamentos comuns aos “cavaleiros andantes”. A sua frustração com a realidade lhe leva a sucumbir em melancolia. Em Grande Sertão: veredas há também a expressão de uma frustração melancólica, mas a motivação de seu protagonista é a busca por sentidos fixos que lhe permitam controlar a si mesmo e ao mundo. Riobaldo se frustra diante da desordenação de um mundo em que tudo é mutável e os sentidos lhe escapam. Enquanto D. Quixote rompe com a tradição dos romances de cavalaria, demonstrando que na Idade Moderna não há mais lugar para suas fantasias de grandeza e altos valores, e adotando uma representação considerada mais realista, na medida em que expõe o ridículo e anacronismo do comportamento do “cavaleiro da triste figura”; em Grande Sertão: veredas a própria representação realista é questionada, pois já não há mais esperança de ordenação realista do mundo, uma vez que: “este mundo é muito misturado...” (ROSA, 2011, p. 237). Assim, tendo em vista que, por um lado, D. Quixote nega a realidade e se volta para o seu mundo imaginário, e, por outro lado, Riobaldo prende-se à nostalgia pela busca de sentido, é possível afirmar que, seja pela nostalgia que busca uma saída na fantasia, seja pela angústia da falta de sentido, as expressões subjetivas de ambos os personagens nos revelam diferentes formas de manifestação da melancolia e apontam afinidades com o tempo moderno em que se inscrevem.This dissertation aims to analyse how the melancholy is represented in which is considered by significant part of the scholars as the first novel of the modern age – D. Quixote, and how it is represented in Grande Sertão: veredas, which is considered by part of your critics as a novel from a time when the romance gender is deconstructing itself. In D. Quixote, the protagonist’s melancholy results, above all, from his frustration with the reality. The novel brings in itself the emergence of the modernity, which imposes as a disturbing scenario and, as consequence, his protagonist crazily searches an escape from the reality, from his impoverished situation - both economic and existencial - to a world of greatness and noble values: the idealized world of the chivalry romances, where he tries to rescue the fantasy of the chivalry romances and to adopt behaviors common to “walking knights”. His frustration with the reality leads him to succumb to melancholy. In Grande Sertão: veredas there is also the expression of a melancholic frustration, but the protagonist’s motivation is the search for fixed meanings which allow him to control himself and the world. Riobaldo frustrates himself before of the disordination from a world where everything is mutable and the meanings escape from him. While Don Quixote breaks with the tradition of the chivalry romances, demonstrating that in the Modern Age there isn’t place anymore to his fantasies of greatness and noble values, and adopting a representation considered more realist, insofar exposes the ridiculous and anachronism of the behavior from the “knight of the sad figure”; in Grande Sertão: veredas the own realist representation is questioned, because there is no more hope of realist ordination of the world, once that: “this world is very blended…” (ROSA, 2011, p. 237). So, having in view that, on the one hand, Riobaldo stucks himself to the nostalgia for the search of meaning, it’s possible to affirm that, be by the nostalgia that searches a way out in the fantasy, be by the anguish in the lack of meaning, the subjective expressions from both the characters reveal us different forms of manifestation of the melancholy and point affinities with the modern time which they sign up.CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Estudos LiteráriosUFMGBrasilFALE - FACULDADE DE LETRAShttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessRosa, João Guimarães, 1908-1967. – Grande sertão: veredas – Crítica e interpretaçãoCervantes Saavedra, Miguel de, 1547-1616. – Dom Quixote – Crítica e interpretaçãoLiteratura brasileira – História e críticaLiteratura espanhola – História e críticaMelancolia na literaturaLiteratura comparada – Brasileira e espanholaLiteratura comparada – Espanhola e brasileiraRiobaldo (Personagem literário)Dom Quixote (Personagem literário)MelancoliaModernidadeBusca de sentidoGrande Sertão: veredasD. QuixoteA melancolia de Riobaldo e do fidalgo de La Mancha: uma leitura comparada entre Grande Sertão e D. Quixoteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA melancolia de Riobaldo e do fidalgo de La Mancha uma leitura comparada entre Grande Sertão e D. Quixote REPOSITÓRIO.pdfA melancolia de Riobaldo e do fidalgo de La Mancha uma leitura comparada entre Grande Sertão e D. Quixote REPOSITÓRIO.pdfapplication/pdf1339053https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34976/1/A%20melancolia%20de%20Riobaldo%20e%20do%20fidalgo%20de%20La%20Mancha%20uma%20leitura%20comparada%20entre%20Grande%20Sert%c3%a3o%20e%20D.%20Quixote%20REPOSIT%c3%93RIO.pdf168a9147c9a75cf75af214ab58c18dcbMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34976/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34976/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD531843/349762021-02-09 20:28:24.602oai:repositorio.ufmg.br:1843/34976TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-02-09T23:28:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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