O impacto da migração sobre as mudanças nas estruturas etárias da Região Nordeste e dos estados de São Paulo e Minas Gerais: 1970 a 2010
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A2UJ6R |
Resumo: | O objetivo da pesquisa foi estimar o efeito da migração no processo de envelhecimento da Região Nordeste e dos estados de São Paulo e Minas Gerais, ao longo dos 40 anos compreendidos entre 1970 e 2010 e durante os quinquênios 1986-1991, 1995-2000 e 2005-2010. Para o período 1970-2010, comparou-se a variação da idade média populacional observada com aquela que cada população experimentaria se fosse fechada à migração. Os resultados evidenciam que os fluxos migratórios contribuíram com 18% e 7% do aumento da idade média populacional nordestina e mineira, respectivamente. Em São Paulo o efeito da migração foi rejuvenescedor, uma vez que a variação da idade média populacional foi 13% menor do que seria, caso a população paulista fosse fechada a migração. Nos quinquênios 1986-1991, 1995-2000 e 2005-2010, analisou-se o efeito da migração em relação ao efeito dos nascimentos e óbitos sobre o processo de envelhecimento populacional das três populações em estudo, por meio de uma adaptação ao modelo proposto por Preston et al (1989). Como esperado, a migração foi o componente que apresentou o menor impacto nas três populações. Além disso, em São Paulo e Minas Gerais, esse efeito se reduziu com o tempo, mas para o Nordeste permaneceu praticamente constante. Para compreender melhor esse comportamento, propôs-se um detalhamento do efeito da migração em função das características dos fluxos migratórios, como a sua intensidade, a sua seletividade por sexo e idade e as suas origens. Apesar do componente migratório não ter assumido o papel principal no processo de envelhecimento, os fluxos migratórios se apresentam como um importante fator a ser incorporado nos estudos sobre envelhecimento, principalmente em populações pequenas, cujas funções de fecundidade e a mortalidade tendem a estabilidade. Ou seja, em tais contextos a amplitude da variação dos eventos vitais não deverá apresentar o mesmo potencial que a migração poderá assumir. |
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Jose Irineu Rangel RigottiCassio Maldonado TurraJose Alberto Magno de CarvalhoSimone WajnmanAlisson Flavio BarbieriDuval Magalhães FernandesJose Marcos Pinto da CunhaLuana Junqueira Dias Myrrha2019-08-10T18:22:10Z2019-08-10T18:22:10Z2014-03-21http://hdl.handle.net/1843/BUBD-A2UJ6RO objetivo da pesquisa foi estimar o efeito da migração no processo de envelhecimento da Região Nordeste e dos estados de São Paulo e Minas Gerais, ao longo dos 40 anos compreendidos entre 1970 e 2010 e durante os quinquênios 1986-1991, 1995-2000 e 2005-2010. Para o período 1970-2010, comparou-se a variação da idade média populacional observada com aquela que cada população experimentaria se fosse fechada à migração. Os resultados evidenciam que os fluxos migratórios contribuíram com 18% e 7% do aumento da idade média populacional nordestina e mineira, respectivamente. Em São Paulo o efeito da migração foi rejuvenescedor, uma vez que a variação da idade média populacional foi 13% menor do que seria, caso a população paulista fosse fechada a migração. Nos quinquênios 1986-1991, 1995-2000 e 2005-2010, analisou-se o efeito da migração em relação ao efeito dos nascimentos e óbitos sobre o processo de envelhecimento populacional das três populações em estudo, por meio de uma adaptação ao modelo proposto por Preston et al (1989). Como esperado, a migração foi o componente que apresentou o menor impacto nas três populações. Além disso, em São Paulo e Minas Gerais, esse efeito se reduziu com o tempo, mas para o Nordeste permaneceu praticamente constante. Para compreender melhor esse comportamento, propôs-se um detalhamento do efeito da migração em função das características dos fluxos migratórios, como a sua intensidade, a sua seletividade por sexo e idade e as suas origens. Apesar do componente migratório não ter assumido o papel principal no processo de envelhecimento, os fluxos migratórios se apresentam como um importante fator a ser incorporado nos estudos sobre envelhecimento, principalmente em populações pequenas, cujas funções de fecundidade e a mortalidade tendem a estabilidade. Ou seja, em tais contextos a amplitude da variação dos eventos vitais não deverá apresentar o mesmo potencial que a migração poderá assumir.The main purpose of this study was to estimate the effect of migration in the aging process of the Northeast region and in the states of São Paulo and Minas Gerais, regarding a long and a medium term. In the long-term analysis (1970-2010), we compared the change in average population age observed with what each population would experience if it was closed to migration. The results show that migration contributed 18% and 7% of the increase in the average age of Northeast and Minas Gerais, respectively. . For São Paulo the effect of migration was rejuvenating, since the variation of the average population age was 13% less than it could be if population was closed to migration. In the medium term (1986-1991, 1995-2000 and 2005-2010) the effect of migration in relation to the effect of birth and death on the population aging process of the three study populations have been analyzed through an adaptation to the model proposed by Preston et al (1989). As expected, the migration was the component with the lowest impact to São Paulo and Minas Gerais. And the effect decreased with time Otherwise for the Northeast region it remained almost constant. To better understand this behavior, it was proposed a detailing on the effect of migration on the basis of the characteristics of migration flows, its intensity, its selectivity by sex and age, and their origins. Although the migration component has not shown a major role in the aging process, migration flows are presented as an important factor to be incorporated in studies on aging, especially in small populations, whose fertility and mortality functions tend to stability. In such context the amplitude of variation of vital events does not present the same potential that migration can take in the future.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGMigração interna BrasilEnvelhecimentoMigraçãoIdade Média PopulacionalEnvelhecimento PopulacionalO impacto da migração sobre as mudanças nas estruturas etárias da Região Nordeste e dos estados de São Paulo e Minas Gerais: 1970 a 2010info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_final_luana_myrrha_entrgue.pdfapplication/pdf4246687https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A2UJ6R/1/tese_final_luana_myrrha_entrgue.pdf31646862da9d08fc9dc186c22baf2bf7MD51TEXTtese_final_luana_myrrha_entrgue.pdf.txttese_final_luana_myrrha_entrgue.pdf.txtExtracted texttext/plain312412https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A2UJ6R/2/tese_final_luana_myrrha_entrgue.pdf.txt79784409a436fd212ba6e84ed6da44a3MD521843/BUBD-A2UJ6R2019-11-14 07:07:30.75oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-A2UJ6RRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:07:30Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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