A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/34827 https://orcid.org/0000-0002-1414-0966 |
Resumo: | Fruto das reflexões geradas por problemas na preparação da performance de Rua das Pedras, de Paulo Rios Filho, este trabalho propõe uma reflexão ampla sobre o desenvolvimento da técnica violonística do século XIX até os dias de hoje. Abordamos os problemas relativos ao conceito de técnica expandida (ou estendida), examinando, em seguida, as implicações para o violão. Nossa hipótese é que a falta de lógica no uso desse conceito, no caso do violão, está ligada a um preconceito estilístico, resultando na preferência por convenções da música tonal na pedagogia do instrumento. Tratamos, também, da falta de sincronia entre a pedagogia do violão e as transformações da composição durante o século XX. Evidenciamos ainda a defasagem do violão em relação a instrumentos de prestígio na música de concerto quanto à aceitação nesse “mundo da arte” particular. A falta de definição consistente e exemplificada de “técnica tradicional” na literatura violonística nos motivou a construir um entendimento mais claro desse conceito. Para isso, propusemo-nos a discutir e analisar a evolução da técnica violonística ao longo do período de consolidação do instrumento no mundo da música de concerto, do início do século XIX até a primeira metade do século XX. Nosso foco inicial foram as principais divergências em pontos centrais da técnica violonística no século XIX, que entendemos serem: as restrições ao uso do dedo anelar, o toque com ou sem unhas, o modo de segurar o violão e o posicionamento da mão esquerda. Para isso, analisamos os principais métodos para violão do século XIX. Devido à qualidade e ao volume de conteúdo, utilizamos como fonte principal de informação os métodos de Sor e Aguado. Seguindo essa lógica, analisamos, também, os avanços técnicos e pedagógicos atribuídos ao movimento violonístico que ficou conhecido como “Escola de Tárrega”. Finalizamos a discussão sobre o desenvolvimento da técnica “tradicional” do violão apontando importantes contribuições de Andrés Segóvia para o desenvolvimento do instrumento. Após as reflexões realizadas nos cinco primeiros capítulos, propomos, no capítulo 6, as bases para a compreensão e a análise da técnica violonística em diálogo com a contemporaneidade. Sob essa ótica, são sugeridas cinco categorias que englobam as diferentes formas pelas quais podemos entender mais claramente a transformação da técnica violonística ao longo do tempo e em diferentes “mundos da arte” (BECKER, 2010). Finalizamos este trabalho descrevendo o preparo da performance de Rua das Pedras, obra para violão solo de Paulo Rios Filho, com atenção ao uso de técnicas não convencionais. Discorremos sobre as dificuldades na realização de passagens específicas e fornecemos sugestões de estudo para a performance. |
id |
UFMG_f197560b0fa57eefa507bc09baeb1ae8 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/34827 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Flávio Terrigno Barbeitashttp://lattes.cnpq.br/8877943543630986Fábio ScarduelliThiago Colombo de FreitasVictor Melo ValeFernando Araújo de Paulahttp://lattes.cnpq.br/8589304127182945Cristiano Braga de Oliveira2021-01-21T12:47:01Z2021-01-21T12:47:01Z2020-05-12http://hdl.handle.net/1843/34827https://orcid.org/0000-0002-1414-0966Fruto das reflexões geradas por problemas na preparação da performance de Rua das Pedras, de Paulo Rios Filho, este trabalho propõe uma reflexão ampla sobre o desenvolvimento da técnica violonística do século XIX até os dias de hoje. Abordamos os problemas relativos ao conceito de técnica expandida (ou estendida), examinando, em seguida, as implicações para o violão. Nossa hipótese é que a falta de lógica no uso desse conceito, no caso do violão, está ligada a um preconceito estilístico, resultando na preferência por convenções da música tonal na pedagogia do instrumento. Tratamos, também, da falta de sincronia entre a pedagogia do violão e as transformações da composição durante o século XX. Evidenciamos ainda a defasagem do violão em relação a instrumentos de prestígio na música de concerto quanto à aceitação nesse “mundo da arte” particular. A falta de definição consistente e exemplificada de “técnica tradicional” na literatura violonística nos motivou a construir um entendimento mais claro desse conceito. Para isso, propusemo-nos a discutir e analisar a evolução da técnica violonística ao longo do período de consolidação do instrumento no mundo da música de concerto, do início do século XIX até a primeira metade do século XX. Nosso foco inicial foram as principais divergências em pontos centrais da técnica violonística no século XIX, que entendemos serem: as restrições ao uso do dedo anelar, o toque com ou sem unhas, o modo de segurar o violão e o posicionamento da mão esquerda. Para isso, analisamos os principais métodos para violão do século XIX. Devido à qualidade e ao volume de conteúdo, utilizamos como fonte principal de informação os métodos de Sor e Aguado. Seguindo essa lógica, analisamos, também, os avanços técnicos e pedagógicos atribuídos ao movimento violonístico que ficou conhecido como “Escola de Tárrega”. Finalizamos a discussão sobre o desenvolvimento da técnica “tradicional” do violão apontando importantes contribuições de Andrés Segóvia para o desenvolvimento do instrumento. Após as reflexões realizadas nos cinco primeiros capítulos, propomos, no capítulo 6, as bases para a compreensão e a análise da técnica violonística em diálogo com a contemporaneidade. Sob essa ótica, são sugeridas cinco categorias que englobam as diferentes formas pelas quais podemos entender mais claramente a transformação da técnica violonística ao longo do tempo e em diferentes “mundos da arte” (BECKER, 2010). Finalizamos este trabalho descrevendo o preparo da performance de Rua das Pedras, obra para violão solo de Paulo Rios Filho, com atenção ao uso de técnicas não convencionais. Discorremos sobre as dificuldades na realização de passagens específicas e fornecemos sugestões de estudo para a performance.As a result of reflections based on problems while preparing the performance of Rua das Pedras, by Paulo Rios Filho, this work proposes a broad reflection on the development of guitar technique from the 19th century to the present day. We approach the problems related to the concept of expanded (or extended) technique, examining its implications to the guitar. Our hypothesis is that this inadequate concept, as far as the guitar is concerned, is linked to a stylistic prejudice, which explains the preference for tonal music conventions in the pedagogy of the instrument. We also demonstrate the disparity between guitar pedagogy and changes in composition during the 20th century, highlighting the delay of the guitar in relation to prestigious instruments of concert music as to the acceptance in this particular “art world”. The lack of a consistent and exemplified definition of “traditional technique” in the guitar literature motivated us to pursue a clearer understanding of this concept. In order to do that, we set out to discuss and analyze the evolution of guitar technique over the period of its consolidation in the world of concert music – from the early 19th century to the first half of the 20th century. At first, we focused on the main divergences in central aspects of the guitar technique in the 19th century, which we consider to be the following: restrictions on the use of the ring finger, playing with or without nails, ways to hold the guitar and positioning of the left hand. Then, we analyze the main methods for guitar from the 19th century. Due to the quality and volume of this content, we use the methods of Sor and Aguado as the main sources of information. Following this reasoning, we also analyze the technical and pedagogical progress attributed to the guitar movement known as Tárrega School. We finish the discussion on the development of the “traditional” guitar technique by pointing out important contributions to the development of the instrument by Andrés Segovia. After the discussion in the first five chapters, we set the ground, in chapter 6, for the understanding and analysis of the guitar technique aligned with the contemporaneity. From this perspective, we suggest five categories, encompassing different ways to understand more clearly the transformation of guitar technique over time and across “art worlds”(BECKER, 2010). In the last chapter, we describe our preparation for the performance of Rua das Pedras, a solo guitar work by Paulo Rios Filho, with attention to the use of unconventional techniques. Besides, we discuss the difficulties in executing specific passages and provide studying suggestions for performance.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em MúsicaUFMGBrasilMUSICA - ESCOLA DE MUSICAViolão - Instrução e estudoViolãoTécnica expandidaTécnica tradicionalPedagogia do violãoRua das PedrasA técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorizaçãoThe expanding guitar technique: historical review and a proposal for categorizationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese Cristiano Repositório UFMG!!.pdfTese Cristiano Repositório UFMG!!.pdfapplication/pdf27640115https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34827/1/Tese%20Cristiano%20Reposit%c3%b3rio%20UFMG%21%21.pdf6f9dc777b118a75d9eaa88a9476fef6fMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34827/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD521843/348272021-01-21 09:47:01.729oai:repositorio.ufmg.br:1843/34827TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2021-01-21T12:47:01Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
The expanding guitar technique: historical review and a proposal for categorization |
title |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
spellingShingle |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização Cristiano Braga de Oliveira Violão Técnica expandida Técnica tradicional Pedagogia do violão Rua das Pedras Violão - Instrução e estudo |
title_short |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
title_full |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
title_fullStr |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
title_full_unstemmed |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
title_sort |
A técnica violonística em expansão: revisão histórica e uma proposta de categorização |
author |
Cristiano Braga de Oliveira |
author_facet |
Cristiano Braga de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Flávio Terrigno Barbeitas |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8877943543630986 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Fábio Scarduelli |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Thiago Colombo de Freitas |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Victor Melo Vale |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Fernando Araújo de Paula |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8589304127182945 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Cristiano Braga de Oliveira |
contributor_str_mv |
Flávio Terrigno Barbeitas Fábio Scarduelli Thiago Colombo de Freitas Victor Melo Vale Fernando Araújo de Paula |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Violão Técnica expandida Técnica tradicional Pedagogia do violão Rua das Pedras |
topic |
Violão Técnica expandida Técnica tradicional Pedagogia do violão Rua das Pedras Violão - Instrução e estudo |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Violão - Instrução e estudo |
description |
Fruto das reflexões geradas por problemas na preparação da performance de Rua das Pedras, de Paulo Rios Filho, este trabalho propõe uma reflexão ampla sobre o desenvolvimento da técnica violonística do século XIX até os dias de hoje. Abordamos os problemas relativos ao conceito de técnica expandida (ou estendida), examinando, em seguida, as implicações para o violão. Nossa hipótese é que a falta de lógica no uso desse conceito, no caso do violão, está ligada a um preconceito estilístico, resultando na preferência por convenções da música tonal na pedagogia do instrumento. Tratamos, também, da falta de sincronia entre a pedagogia do violão e as transformações da composição durante o século XX. Evidenciamos ainda a defasagem do violão em relação a instrumentos de prestígio na música de concerto quanto à aceitação nesse “mundo da arte” particular. A falta de definição consistente e exemplificada de “técnica tradicional” na literatura violonística nos motivou a construir um entendimento mais claro desse conceito. Para isso, propusemo-nos a discutir e analisar a evolução da técnica violonística ao longo do período de consolidação do instrumento no mundo da música de concerto, do início do século XIX até a primeira metade do século XX. Nosso foco inicial foram as principais divergências em pontos centrais da técnica violonística no século XIX, que entendemos serem: as restrições ao uso do dedo anelar, o toque com ou sem unhas, o modo de segurar o violão e o posicionamento da mão esquerda. Para isso, analisamos os principais métodos para violão do século XIX. Devido à qualidade e ao volume de conteúdo, utilizamos como fonte principal de informação os métodos de Sor e Aguado. Seguindo essa lógica, analisamos, também, os avanços técnicos e pedagógicos atribuídos ao movimento violonístico que ficou conhecido como “Escola de Tárrega”. Finalizamos a discussão sobre o desenvolvimento da técnica “tradicional” do violão apontando importantes contribuições de Andrés Segóvia para o desenvolvimento do instrumento. Após as reflexões realizadas nos cinco primeiros capítulos, propomos, no capítulo 6, as bases para a compreensão e a análise da técnica violonística em diálogo com a contemporaneidade. Sob essa ótica, são sugeridas cinco categorias que englobam as diferentes formas pelas quais podemos entender mais claramente a transformação da técnica violonística ao longo do tempo e em diferentes “mundos da arte” (BECKER, 2010). Finalizamos este trabalho descrevendo o preparo da performance de Rua das Pedras, obra para violão solo de Paulo Rios Filho, com atenção ao uso de técnicas não convencionais. Discorremos sobre as dificuldades na realização de passagens específicas e fornecemos sugestões de estudo para a performance. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-05-12 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-01-21T12:47:01Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-01-21T12:47:01Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/34827 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0002-1414-0966 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/34827 https://orcid.org/0000-0002-1414-0966 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Música |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
MUSICA - ESCOLA DE MUSICA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34827/1/Tese%20Cristiano%20Reposit%c3%b3rio%20UFMG%21%21.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/34827/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
6f9dc777b118a75d9eaa88a9476fef6f 34badce4be7e31e3adb4575ae96af679 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589363835076608 |