Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Fabrício José Nascimento da Silveirahttps://orcid.org/0000-0002-0446-3913Rubens Alves da SilvaGustavo Silva SaldanhaMaria Guiomar da Cunha Frotahttps://lattes.cnpq.br/7513114660848679Jonathan Kaefer Gomes da Costa2023-01-25T14:13:28Z2023-01-25T14:13:28Z2022-05-19http://hdl.handle.net/1843/49132https://orcid.org/0000-0002-6550-0175Partindo da premissa de que o texto literário pode ser tratado como um documento, a presente pesquisa buscou responder à seguinte questão-problema: que elementos nos permitem apreender o Poema sujo, escrito por Ferreira Gullar nos anos de exílio, como documento portador e mobilizador de um conjunto de vestígios informacionais e rastros testemunhais reveladores das implicações da ditadura militar – brasileira e do Cone Sul – sobre a vida do poeta e para a história do país? Em face disso, definiu-se como objetivos específicos: a) realizar estudo bibliográfico centrado em discutir, apoiado nos conceitos de rastro e vestígio, em que condições a poesia pode se constituir em “arquivo” que organiza, preserva e perpetua a memória histórica de uma época; b) apresentar e sistematizar os principais temas mobilizados por Ferreira Gullar no processo de concepção do Poema sujo tendo-se em vista assinalar os vestígios informacionais e rastros testemunhais concernentes às suas experiências de vida e aos fatos históricos ocorridos no contexto das ditaduras militares brasileira e do Cone Sul; e c) analisar em que medida os vestígios informacionais e rastros testemunhais presentes no Poema sujo podem ser apreendidos como referentes que documentam e mobilizam a memória histórica da ditadura militar brasileira. Para tanto, constituiu-se um estudo exploratório, de cunho bibliográfico e documental amparado em análise hermenêutica a fim de se evidenciar 3 (três) categorias de vestígios informacionais e rastros testemunhais acionados por Ferreira Gullar para produzir uma escrita de si, quais sejam: i) o início da jornada política do homem Gullar e sua posterior condição de exilado; ii) a busca do poeta por identificar a si mesmo como um corpo que ocupa um lugar no mundo e que busca resistir ao seu próprio desaparecimento; iii) as correlações existentes entre o gesto mnêmico instituído pela voz poética do Poema sujo e a territorialização das lembranças do autor – da infância à vida adulta, da cidade de São Luís e do Brasil – como recurso para se evitar a pulverização dos marcadores de identidade acionados pelo poeta nessa escritura de uma vida inteira. Como resultado demonstrou-se que o relato poético de Gullar agencia múltiplos vestígios informacionais e rastros testemunhais capazes de oferecer aos leitores uma imagem melhor delineada sobre a história de vida do escritor, as razões e inspirações que levaram à sua criação, bem como as contingências históricas que pautavam as ações individuais e os acontecimentos políticos no Brasil e em outros países do Cone Sul no contexto das décadas de 1960 e 1970.Starting from the premise that the literary text can be treated as a document, the present research sought to answer the following problem question: what elements allow us to perceive the Poema sujo (Dirty Poem), written by Ferreira Gullar during his exile, as a document that bears and mobilizes a set of informational resources and testimonial traces which reveal the implications of the military dictatorships – Brazilian and Southern Cone – on the poet's life and also on the country's history? In view of this, the following specific objectives were defined: a) to perform a bibliographic study, based on the concepts of traces and resources, focused on discussing in which conditions poetry can constitute an "archive" that organizes, preserves and perpetuates the historical memory of an era; b) to present and systematize the main themes mobilized by Ferreira Gullar in the conception of Poema sujo, thus seeking to highlight the informational resources and testimonial traces concerning his life experiences and the historical facts that occurred in the context of the Brazilian and Southern Cone military dictatorships; and c) to analyze to what extent the informational resources and testimonial traces present in Poema sujo can be perceived as references that document and mobilize the historical memory of the Brazilian military dictatorship. To this end, an exploratory study, of a bibliographic and documentary nature, was performed, supported by hermeneutic analysis in order to highlight 3 (three) categories of informational resources and testimonial traces triggered by Ferreira Gullar in order to produce wrinting about himself, namely: i) the beginning of the political journey of the man Gullar and his subsequent exiled status; ii) the poet's quest to identify himself as a body that occupies a place in the world and that seeks to resist his own disappearance; iii) the existing correlations between the mnemic gesture instituted by the poetic voice of Poema sujo and the territorialization of the author’s memories – from childhood to adulthood, from the city of São Luís and from Brazil – as a resource for avoiding the fragmentation of identity markers triggered by the poet in this once in a lifetime writing. As a result, it was demonstrated that Gullar's poetic account brings together many informational resources and testimonial traces capable of offering readers a better delineated image of the writer's life story, the reasons and inspirations that led to its creation, as well as the historical contingencies that guided individual actions and political events in Brazil and in other Southern Cone countries, in the context of the 1960s and 1970s.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Ciência da InformaçãoUFMGBrasilECI - ESCOLA DE CIENCIA DA INFORMAÇÃOhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessCiência da informaçãoDitadura - BrasilMemória - aspectos políticosDocumentosPoema SujoDitadura Militar - Cone SulTestemunhoDocumentoRastros InformacionaisDas noites clandestinas: poema sujo como vestígios informacionais e rastros testemunhais de um exilado da ditadura militarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGCC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49132/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49132/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD53ORIGINALDas noites clandestinas - poema sujo como vestígios informacionais e rastros testemunhais de um exilado da ditadura militar.pdfDas noites clandestinas - poema sujo como vestígios informacionais e rastros testemunhais de um exilado da ditadura militar.pdfapplication/pdf1990421https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/49132/1/Das%20noites%20clandestinas%20-%20poema%20sujo%20como%20vest%c3%adgios%20informacionais%20e%20rastros%20testemunhais%20de%20um%20exilado%20da%20ditadura%20militar.pdf1e3aa4a8dea0c42a91ac8a594b1d3304MD511843/491322023-01-25 11:13:28.972oai:repositorio.ufmg.br:1843/49132TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-01-25T14:13:28Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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