Carnaval de rua em Belo Horizonte: festa na contracorrente da espetacularização ou festa espetacularizada? Um estudo de caso sobre o bloco Pisa na Fulô entre os anos de 2014 e 2020

• Autor(a) principal: Maria Luiza Conrado de Niemeyer Soares Carneiro Chaves
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/65266
• topic: Espetacularização urbana; Direito à cidade; Carnaval de rua; Festa; Bloco de rua; Blocos carnavalescos; Carnaval; Espaço urbano; Belo Horizonte (MG)

O processo de espetacularização urbana suprime a rua enquanto espaço de encontro e faz com que deixemos de ser participantes ativos na cidade. Em contrapartida, na subversão da lógica espetacular, observa-se, na última década do carnaval de rua de Belo Horizonte, práticas que vão ao encontro da luta pelo direito à cidade promovendo novas sociabilidades, formas de mobilização e tomadas de consciência urbana. A pesquisa tem por objetivo refletir sobre a participação cidadã no espaço público por meio da análise da festa carnavalesca e do processo de espetacularização em curso na cidade: até que ponto a festa atua na contracorrente da espetacularização e até que ponto não foi ela mesma espetacularizada? Para tal, cria-se uma lente de análise aplicada ao caso do bloco Pisa na Fulô entre os anos de 2014 e 2020. Por meio de observação participante e análise de entrevistas com participantes do bloco, aponta-se que a atuação mais autônoma em relação ao poder público alavanca o senso de pertencimento e de cuidado com relação à praça do Carlos Prates, local de origem do bloco, e à capital. Entretanto, quando o cortejo acontece como um grande evento estandardizado envolve menos participação e menor impacto nas relações sociais e urbanas.