Análise de mutações em oncogenes e supressores tumorais em pacientes com câncer de vesícula biliar
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FYGNF |
Resumo: | O câncer de vesícula é a neoplasia mais comum do trato biliar e a quinta mais frequente no trato gastrointestinal. Esse câncer é considerado muito raro na maioria dos países ocidentais, mas apresenta alta incidência na Ásia e em alguns países da América do Sul. Seu principal fator de risco é a colelitíase, mas também está associado à da idade avançada, sexo feminino, alguns grupos étnicos, inflamação crônica na vesícula e junção pancreatobiliar anômala (JPBA). O carcinoma vesicular apresenta sinais e sintomas inespecíficos e por isso o diagnóstico na maioria dos casos é tardio, quando o tumor já se encontra irressecável. O prognóstico é, em geral, ruim com sobrevida de cinco anos em apenas 5 a 10% dos pacientes. A carcinogênese vesicular ainda não é bem compreendida, principalmente no que tange aos mecanismos genéticos. Com o objetivo de melhor elucidar esse mecanismo o presente trabalho avaliou o papel de oncogenes e genes supressores de tumor na tumorigênese vesicular. Sendo assim, a presença e frequência de mutações nos oncogenes KRAS, PIK3CA e BRAF e nos supressores tumorais P53 e CDKN2A foi avaliada em 12 pacientes com diagnóstico de carcinoma de vesícula. Os dados clínicos foram avaliados e a ancestralidade genômica desses indivíduos investigada. Os pacientes apresentaram média de idade de 65 anos, 75% do sexo feminino e a grande maioria (92%) apresentava colelitíase. A maior parte deles (75%) recebeu o diagnóstico com o tumor em estágio avançado. A análise de ancestralidade genômica sugere relação do componente ancestral africano com a ocorrência da doença. As análises genéticas mostraram que 25% dos pacientes apresentaram mutação no oncogene KRAS, sendo que um deles apresentou duas alterações. Uma dessas alterações (I55T) encontradas é uma mutação ainda não descrita na literatura. CDKN2A foi o gene que apresentou maior frequência de mutação (41,7%). Deleções em TP53 foram encontradas em 16,7% das amostras. Não foram encontradas mutações em BRAF e PIK3CA. De acordo com os resultados desse trabalho pode-se indicar uma importante associação do gene CDKN2A no desenvolvimento de tumores de vesícula. Os genes TP53 e KRAS, apesar de apresentarem uma frequência menor de mutações, também estão associados à carcinogênese desses tumores. Apesar de os resultados não terem demonstrado alterações nos genes BRAF e PIK3CA mais estudos são necessários para avaliar sua participação na tumorigênese vesicular. Palavras chave: Câncer de vesícula, CDKN2A, P53 |
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Luiz Armando Cunha De MarcoVivian ResendeLuciana Bastos RodriguesMaria Aparecida Camargos BicalhoDebora Marques de MirandaCristina da Silva Sabato2019-08-11T09:22:14Z2019-08-11T09:22:14Z2013-11-01http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9FYGNFO câncer de vesícula é a neoplasia mais comum do trato biliar e a quinta mais frequente no trato gastrointestinal. Esse câncer é considerado muito raro na maioria dos países ocidentais, mas apresenta alta incidência na Ásia e em alguns países da América do Sul. Seu principal fator de risco é a colelitíase, mas também está associado à da idade avançada, sexo feminino, alguns grupos étnicos, inflamação crônica na vesícula e junção pancreatobiliar anômala (JPBA). O carcinoma vesicular apresenta sinais e sintomas inespecíficos e por isso o diagnóstico na maioria dos casos é tardio, quando o tumor já se encontra irressecável. O prognóstico é, em geral, ruim com sobrevida de cinco anos em apenas 5 a 10% dos pacientes. A carcinogênese vesicular ainda não é bem compreendida, principalmente no que tange aos mecanismos genéticos. Com o objetivo de melhor elucidar esse mecanismo o presente trabalho avaliou o papel de oncogenes e genes supressores de tumor na tumorigênese vesicular. Sendo assim, a presença e frequência de mutações nos oncogenes KRAS, PIK3CA e BRAF e nos supressores tumorais P53 e CDKN2A foi avaliada em 12 pacientes com diagnóstico de carcinoma de vesícula. Os dados clínicos foram avaliados e a ancestralidade genômica desses indivíduos investigada. Os pacientes apresentaram média de idade de 65 anos, 75% do sexo feminino e a grande maioria (92%) apresentava colelitíase. A maior parte deles (75%) recebeu o diagnóstico com o tumor em estágio avançado. A análise de ancestralidade genômica sugere relação do componente ancestral africano com a ocorrência da doença. As análises genéticas mostraram que 25% dos pacientes apresentaram mutação no oncogene KRAS, sendo que um deles apresentou duas alterações. Uma dessas alterações (I55T) encontradas é uma mutação ainda não descrita na literatura. CDKN2A foi o gene que apresentou maior frequência de mutação (41,7%). Deleções em TP53 foram encontradas em 16,7% das amostras. Não foram encontradas mutações em BRAF e PIK3CA. De acordo com os resultados desse trabalho pode-se indicar uma importante associação do gene CDKN2A no desenvolvimento de tumores de vesícula. Os genes TP53 e KRAS, apesar de apresentarem uma frequência menor de mutações, também estão associados à carcinogênese desses tumores. Apesar de os resultados não terem demonstrado alterações nos genes BRAF e PIK3CA mais estudos são necessários para avaliar sua participação na tumorigênese vesicular. Palavras chave: Câncer de vesícula, CDKN2A, P53Gallbladder cancer is the most common malignancy of the biliary tract and the fifth most common tumor in the gastrointestinal tract. This tumor is rare in most Western countries but has high incidence in Asia and in some South American countries. Its main risk factor is cholelithiasis but it is also associated with advanced age, female sex, some ethnic groups, chronic inflammation in gallbladder and anomalous pancreaticobiliary junction (APBJ). Gallbladder carcinoma presents nonspecific signs and symptoms; in most cases the tumor is not easily diagnosed and not probe to resection. The prognosis is generally poor with a five-year survival in only 5-10 % of patients. The gallbladder carcinogenesis is not well understood, especially regarding genetic mechanisms. Aiming to further elucidate this mechanism the present study evaluated the role of oncogenes and tumor suppressor genes in vesicular tumorigenesis. Thus, the presence and frequency of mutations in the oncogenes KRAS, BRAF, and PIK3CA, and the tumor suppressors p53 and CDKN2A were determined in 12 patients with gallbladder carcinoma. Clinical data were assessed and genomic ancestry of these individuals performed. Patients had a mean age of 65 years old, 75% were female and the vast majority (92%) had cholelithiasis. Most of them (75%) had been diagnosed with advanced-stage tumor. The analysis of genomic ancestry suggests a relationship of African component ancestry with the occurrence of the disease. Genetic analysis showed that 25% of patients had mutations in KRAS oncogene, one of which presented two changes. One of these changes (I55T) is a novel mutation. The CDKN2A gene was the one with higher mutation frequency (41.7%). P53 deletions were found in 16.7% of samples. There were no mutations in BRAF and PIK3CA. According to the results of this study a significant association of the CDKN2A gene in the development of tumors of the gallbladder may be suggested. KRAS and p53 genes, despite having a lower mutation frequency, are also associated with carcinogenesis of these tumors. Although the results have not shown alterations in BRAF and PIK3CA more studies are needed to establish their involvement in gallbladder tumorigenesis.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGGenes ras/genéticaGenes P53NeoplasiasVesícula biliarGenótipoPolimorfismo genéticoCâncerLesões pré-cancerosasFenótipoGenes supressores de tumorNeoplasias da vesícula biliarOncogenes/genéticaPIK3CACDKN2AOncogeneSupressor de tumorBRAFKRASCâncer de vesículaP53Análise de mutações em oncogenes e supressores tumorais em pacientes com câncer de vesícula biliarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_cristina_s_bato.pdfapplication/pdf1704391https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9FYGNF/1/disserta__o_cristina_s_bato.pdfcdbc961e24cdff3f7cb55701bcd68e76MD51TEXTdisserta__o_cristina_s_bato.pdf.txtdisserta__o_cristina_s_bato.pdf.txtExtracted texttext/plain98931https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9FYGNF/2/disserta__o_cristina_s_bato.pdf.txt17d20896cae3714b9d9d229fb7ab88b4MD521843/BUBD-9FYGNF2020-01-30 16:01:06.943oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9FYGNFRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-30T19:01:06Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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