Detalhes bibliográficos
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
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spelling Arnola Cecilia RietzlerMarcela Martins Ribeiro2019-08-11T01:55:56Z2019-08-11T01:55:56Z2011-04-01http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8UEQQNO objetivo deste trabalho foi testar a sensibilidade em relação a duas substâncias de referência, cloreto de sódio (NaCl) e dodecil sulfato de sódio- DSS - (C12H25SO4Na) e de amostras de água do reservatório da Pampulha, à Ceriodaphnia cornuta para verificar seu potencial como organismo-teste em estudos ecotoxicológicos. Além disso, foram obtidas informações quanto à reprodução e longevidade desta espécie no contexto individual e populacional. Paralelamente foram conduzidos experimentos utilizando Ceriodaphnia silvestrii e Ceriodaphnia dubia, já padronizadas, visando comparar suas respostas às de C. cornuta. A metodologia utilizada para os testes de toxicidade aguda (letais) e crônica (sub-letais) foi a descrita pela ABNT (2003a, 2003b), respectivamente. Nos experimentos individuais, 8 a 10 fêmeas foram mantidas em 20mL de água de cultivo e monitoradas ao longo do ciclo de vida. Para determinação do crescimento populacional, 30 fêmeas foram colocadas em recipientes de 2L com água de cultivo, sendo realizada a contagem de organismos em dias alternados, durante 15 dias. Os experimentos foram alimentados com Pseudokirchneriella subcapitata (2x105cél mL-1) e 0,02 mL de um composto de ração de peixe e levedura (RL). Dentre os dados do ciclo de vida, não foram verificadas diferenças estatisticamente significativas para as primíparas. Os tempos médios corresponderam a 3,8; 4,0; 4,1 dias para C. cornuta, C. silvestrii e C. dubia, respectivamente. Também não houve diferenças em relação ao número de neonatas produzidas por estas primíparas, com médias correspondentes de 3,5; 2,6 e 2,6 neonatas/fêmea. C. cornuta, a espécie menor, em média, apresentou menor longevidade, 20,6 dias, enquanto C. silvestrii e C. dubia, 33,8 e 34,5 dias, respectivamente. Ao longo do ciclo de vida, C. cornuta produziu em média 34,0 neonatas/fêmea, distribuídas em 6,8 ninhadas com 4,6 neonatas/ninhada/fêmea. C. silvestrii produziu 111,2 neonatas/fêmea, 16,5 ninhadas e 6,4 neonatas/ninhada/fêmea. Para C. dubia, houve uma produção média de 100,0 neonatas/fêmea, 15,8 ninhadas e 6,1 neonatas/ninhada/fêmea. As taxas intrínsecas de crescimento populacional foram 0,37; 0,31 e 0,30 para C. cornuta, C. silvestrii e C. dubia, respectivamente, as quais corresponderam a densidades populacionais de 9080, 4338 e 2885 indivíduos, mostrando diferenças de C. cornuta em relação às outras duas espécies. Os resultados dos testes de toxicidade aguda, tanto para o cloreto de sódio quanto para dodecil sulfato de sódio, não mostraram diferenças estatisticamente significativas de sensibilidade entre as espécies em 24h e 48h. Para NaCl, os respectivos valores médios de CE50;24h e CE50;48h para C.cornuta foram 1,67g L-1 e 1,04g L-1 ; para C. silvestrii 1,97g L-1 e 1,28g L-1 e para C. dubia 1,60g L-1 e 1,02g L-1 . Para DSS, os valores médios de CE50;24h e CE50;48h corresponderam a 4,28mg L-1 e 2,09mg L-1 para C.cornuta; 4,96mg L-1 e 3,35mg L-1 para C.silvestrii; e 4,19mg L-1 e 2,71mg L-1 para C.dubia. Quanto aos testes de toxicidade crônica, também não foram verificadas diferenças entre as espécies em relação ao cloreto de sódio, com médias de CI25 de 0,32; 0,37 e 0,30 g L-1 para C. cornuta, C. silvestrii e C. dubia, respectivamente. Porém, houve diferenças significativas em relação ao dodecil sulfato de sódio, com médias de CI25 de 1,31; 2,32 e 2,09 mg L-1, respectivamente. Os resultados dos ensaios de toxicidade crônica com amostras de água do reservatório da Pampulha utilizando C. cornuta como organismoteste mostraram que ela foi tão sensível quanto C.silvestrii e C.dubia. Os resultados do trabalho mostraram a viabilidade do cultivo de C. cornuta e seu potencial para ser utilizada como organismo-teste em estudos ecotoxicológicosThe aim of this study was to essay sensivity in relation to two reference substances, sodium chloride (NaCl) and sodium dodecyl sulfate-SDS-(C12H25SO4Na) and water samples from Pampulha reservoir to Ceriodaphnia cornuta in order to evaluate its potential as test organisms in ecotoxicological studies. In addition, information on the reproduction and longevity of those species in the individual and population context was obtained. Parallel experiments were conducted using Ceriodaphnia dubia and Ceriodaphnia silvestrii, already standardized, in order to compare their responses to those of C. cornuta. The methodology used for acute toxicity essays (lethal) and chronic toxicity essays (sublethal) was described by ABNT (2003a, 2003b) respectively. In individual experiments, 8 to 10 females were kept in 20 mL of water for cultivation and monitored throughout the life cycle. In order to determine population growth, 30 females were placed in containers with 2L water, the counting of organism being carried out every other day during 15 days. The experiments were fed with Pseudokirchneriella subcapitata (2x105cel mL-1) and a 0.02 mL fish meal and yeast (RL) compound. No statistically significant differences for primipara were found among lifespan data. The average times corresponded to 3.8, 4.0, 4.1 days for C. cornuta, C. silvestrii and C. dubia, respectively. Furthermore, there were no differences compared to the number of neonates produced by primipara, with corresponding averages of 3.5, 2.6 and 2.6 neonates per female. C. cornuta, the smallest specie, presented lower average longevity, 20.6 days, while C. silvestrii and C. dubia presented 33.8 and 34.5 days, respectively. C. cornuta reproduced 34.0 neonates per female on average distributed in 6.8 litters with 4.6 neonates/brood/female throughout the lifecycle. The C. silvestrii has reproduced 111.2 neonates per female, 16.5 litters, 6.4 neonates / brood / female. For C. dubia, the average reproduction was of 100.0 neonates/female, 15.8 litters, 6.1 neonates/brood/female. The intrinsic rates of increase were 0.37, 0.31 and 0.30 for C. cornuta, C. silvestrii and C. dubia, respectively, which corresponded to densities of 9080, 4338 and 2885 individuals respectively, showing differences in C. cornuta compared to other species. The results of acute toxicity tests for both sodium chloride and for sodium dodecyl sulfate do not show statistically significant differences of sensitivity between the species in 24h and 48h. For NaCl, the respectives mean values of EC50;24h and EC50;48h for C. cornuta were 1.67 g L-1 and 1.04 g L-1; for C. silvestrii 1.97 g L-1 and 1.28 g L-1 and C. dubia 1.60 g L-1 and 1.02 g L-1. For SDS, the mean values of EC50;24h and EC50;48h correspond to 4.28 mg L-1 and 2.09 mg L-1 for C. cornuta 4.96 mg L-1 and 3.35 mg L-1, for C. silvestrii and 4.19 mg L-1 and 2.71 mg L- 1 for C. dubia. Regarding chronic toxicity tests, no differences were found between species in relation to sodium chloride with CI25 averages of 0.32, 0.37 and 0.30 g L-1 for C. cornuta, C. silvestrii and C. dubia, respectively. However, there were significant differences in relation to sodium dodecyl sulfate, with CI25 averages of 1.31, 2.32 and 2.09 mg L-1, respectively. The results of chronic toxicity tests with samples of water from the reservoir using C. cornuta as test organisms showed that it was as sensitive as C. silvestrii and C. dubia. The results of the study showed the feasibility of cultivation of C. cornuta and its potential to be used as test organisms in ecotoxicological studiesUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGToxicologia ambientalEcologiaCeriodaphnia cornutaOrganismo-testeCeriodaphnia cornutaCiclo de vidaSensibilidadeO potencial de Ceriodaphnia cornuta Sars (1885) fa rigaudi comoorganismo-teste em estudos ecotoxicológicos: uma comparação congênereinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_marcela_banca_final.pdfapplication/pdf2031056https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8UEQQN/1/disserta__o_marcela_banca_final.pdf749c51df9ce7c1112de68b00a97c875aMD51TEXTdisserta__o_marcela_banca_final.pdf.txtdisserta__o_marcela_banca_final.pdf.txtExtracted texttext/plain192603https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8UEQQN/2/disserta__o_marcela_banca_final.pdf.txt7dd1458297206acc1364efd134ae56c3MD521843/BUOS-8UEQQN2019-11-14 10:26:00.357oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8UEQQNRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T13:26Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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