Próteses totais mucossuportadas ofertadas na Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte, MG: avaliação após 5 anos de uso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marilia Miranda da Conceição Araújo
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AMEN5G
Resumo: A prótese total (PT) é o tratamento reabilitador mais utilizado em pacientes edêntulos e pode resgatar a estética, a função mastigatória e a fonação. O levantamento das condições de saúde bucal da população brasileira (2011) revelou que 69% da população adulta e quase 99% dos idosos usavam ou necessitavam de algum tipo de prótese dentária. A inclusão da reabilitação protética no âmbito da Atenção Primária em Saúde é uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (2004). Esse serviço se iniciou em Belo Horizonte em julho de 2010 com a oferta de próteses totais (PTs) e próteses parciais removíveis (PPR) de acrílico. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o uso das próteses totais mucossuportadas ofertadas na Atenção Primária à Saúde após um e cinco anos de inserção com a qualidade técnica dessas próteses e a satisfação dos usuários com as mesmas). Foi realizado um estudo de seguimento com amostra de 233 usuários, aleatoriamente, selecionada do universo de 572 usuários que receberam o par de próteses totais em 2011. Avaliou-se o uso de prótese total superior e inferior, que resultou na variável dependente dicotômica: não uso; uso do par ou de uma das próteses. A qualidade técnica foi avaliada quanto a arranjo dos dentes anteriores, espaço funcional livre, estabilidade, retenção e extensão da prótese mandibular, oclusão estática e dinâmica. A integridade das próteses considerou presença de fratura da base e bordos irregulares. A avaliação da satisfação com relação a dor, retenção, estabilidade, conforto, mastigação, fala e aparência resultou em um escore de 0 a 100, que foi categorizado adotando-se o ponto de corte 70 em: insatisfeito ou muito satisfeito/satisfeito. Foram avaliadas as seguintes co-variáveis: idade, sexo, situação conjugal, anos de estudo e renda familiar, uso pregresso de próteses totais, tempo da perda de dentes superiores e frequência de retorno ao cirurgião-dentista posterior à entrega das próteses. As associações foram testadas por análise de regressão logística, o efeito das variáveis no uso de prótese total ao longo dos períodos propostos foi estimado por modelos de regressão logística com efeitos aleatórios no intercepto. A coleta dos dados por meio de entrevista e exame da cavidade bucal e das próteses foi realizada entre novembro de 2012 a janeiro de 2013 e de julho a outubro de 2016. As examinadoras foram previamente calibradas e a concordância intra e interexaminadoras foi calculada por Kappa ponderado e os coeficientes foram superiores a 0,81. A taxa de participação foi de 97,8% (228) em um ano e de 50% (114) em cinco anos pós a instalação das próteses. Não houve diferença estatisticamente significativa entre respondentes e não respondentes com relação a sexo, idade, escolarização, anos de estudo, frequência de retorno ao cirurgião-dentista e satisfação com a prótese. Entretanto, a qualidade técnica da prótese nos critérios estabilidade, oclusão estática e dinâmica foi menor entre os não respondentes. Após um ano, 64,9% usavam o par de próteses, 14% usavam uma das próteses e 21,1% não usavam. Já em cinco anos, 64,1% usavam o par de próteses, 14,9% usavam pelo menos uma das próteses e 21,0% não usavam. Observou-se que entre os indivíduos que usavam o par de próteses em cinco anos, 86,3% já usavam o par em um ano e entre os que não usavam 37,5% deixaram de usá-las após o primeiro ano. Após cinco anos, em relação à qualidade técnica das próteses, cerca de 70% foram consideradas adequadas para arranjo dos dentes anteriores, espaço funcional livre, estabilidade da prótese mandibular, oclusão estática e oclusão dinâmica. Mais de 80% das próteses mandibulares apresentaram problemas de retenção e extensão da borda. A quase totalidade das próteses não apresentava problemas de integridade. Quanto à satisfação com as próteses, 57,02% dos usuários estavam muito satisfeitos/satisfeitos. Os fatores de satisfação melhores avaliados foram estética, fala e conforto. A retenção da prótese total inferior gerou a maior insatisfação. Foi encontrada associação entre uso de próteses totais após um ano de inserção em indivíduos cujas próteses apresentavam estabilidade, espaço funcional livre entre 1 e 4 mm e estavam satisfeitos/muito satisfeitos. Após cinco anos de inserção, o uso das próteses totais foi associado à estabilidade da prótese mandibular e à satisfação. As próteses ofertadas satisfazem a população assistida e a maioria apresenta qualidade técnica e integridade. Maior uso após cinco anos de inserção foi observado entre os usuários satisfeitos e com próteses mandibulares estáveis, esse uso foi maior entre os indivíduos que já usavam após um ano de inserção, indicando maior abandono no primeiro ano. Protocolos de acompanhamento dos pacientes após a entrega das próteses totais devem ser implantados no âmbito dos serviços públicos de saúde para favorecer a adesão e sucesso do tratamento reabilitador.
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spelling Raquel Conceicao FerreiraMaria Ines Barreiros SennaAndréa Maria Eleutério de Barros Lima MartinsAndrea Maria Duarte VargasMarilia Miranda da Conceição Araújo2019-08-12T16:12:02Z2019-08-12T16:12:02Z2017-01-18http://hdl.handle.net/1843/BUBD-AMEN5GA prótese total (PT) é o tratamento reabilitador mais utilizado em pacientes edêntulos e pode resgatar a estética, a função mastigatória e a fonação. O levantamento das condições de saúde bucal da população brasileira (2011) revelou que 69% da população adulta e quase 99% dos idosos usavam ou necessitavam de algum tipo de prótese dentária. A inclusão da reabilitação protética no âmbito da Atenção Primária em Saúde é uma das diretrizes da Política Nacional de Saúde Bucal (2004). Esse serviço se iniciou em Belo Horizonte em julho de 2010 com a oferta de próteses totais (PTs) e próteses parciais removíveis (PPR) de acrílico. O objetivo desse estudo foi avaliar a associação entre o uso das próteses totais mucossuportadas ofertadas na Atenção Primária à Saúde após um e cinco anos de inserção com a qualidade técnica dessas próteses e a satisfação dos usuários com as mesmas). Foi realizado um estudo de seguimento com amostra de 233 usuários, aleatoriamente, selecionada do universo de 572 usuários que receberam o par de próteses totais em 2011. Avaliou-se o uso de prótese total superior e inferior, que resultou na variável dependente dicotômica: não uso; uso do par ou de uma das próteses. A qualidade técnica foi avaliada quanto a arranjo dos dentes anteriores, espaço funcional livre, estabilidade, retenção e extensão da prótese mandibular, oclusão estática e dinâmica. A integridade das próteses considerou presença de fratura da base e bordos irregulares. A avaliação da satisfação com relação a dor, retenção, estabilidade, conforto, mastigação, fala e aparência resultou em um escore de 0 a 100, que foi categorizado adotando-se o ponto de corte 70 em: insatisfeito ou muito satisfeito/satisfeito. Foram avaliadas as seguintes co-variáveis: idade, sexo, situação conjugal, anos de estudo e renda familiar, uso pregresso de próteses totais, tempo da perda de dentes superiores e frequência de retorno ao cirurgião-dentista posterior à entrega das próteses. As associações foram testadas por análise de regressão logística, o efeito das variáveis no uso de prótese total ao longo dos períodos propostos foi estimado por modelos de regressão logística com efeitos aleatórios no intercepto. A coleta dos dados por meio de entrevista e exame da cavidade bucal e das próteses foi realizada entre novembro de 2012 a janeiro de 2013 e de julho a outubro de 2016. As examinadoras foram previamente calibradas e a concordância intra e interexaminadoras foi calculada por Kappa ponderado e os coeficientes foram superiores a 0,81. A taxa de participação foi de 97,8% (228) em um ano e de 50% (114) em cinco anos pós a instalação das próteses. Não houve diferença estatisticamente significativa entre respondentes e não respondentes com relação a sexo, idade, escolarização, anos de estudo, frequência de retorno ao cirurgião-dentista e satisfação com a prótese. Entretanto, a qualidade técnica da prótese nos critérios estabilidade, oclusão estática e dinâmica foi menor entre os não respondentes. Após um ano, 64,9% usavam o par de próteses, 14% usavam uma das próteses e 21,1% não usavam. Já em cinco anos, 64,1% usavam o par de próteses, 14,9% usavam pelo menos uma das próteses e 21,0% não usavam. Observou-se que entre os indivíduos que usavam o par de próteses em cinco anos, 86,3% já usavam o par em um ano e entre os que não usavam 37,5% deixaram de usá-las após o primeiro ano. Após cinco anos, em relação à qualidade técnica das próteses, cerca de 70% foram consideradas adequadas para arranjo dos dentes anteriores, espaço funcional livre, estabilidade da prótese mandibular, oclusão estática e oclusão dinâmica. Mais de 80% das próteses mandibulares apresentaram problemas de retenção e extensão da borda. A quase totalidade das próteses não apresentava problemas de integridade. Quanto à satisfação com as próteses, 57,02% dos usuários estavam muito satisfeitos/satisfeitos. Os fatores de satisfação melhores avaliados foram estética, fala e conforto. A retenção da prótese total inferior gerou a maior insatisfação. Foi encontrada associação entre uso de próteses totais após um ano de inserção em indivíduos cujas próteses apresentavam estabilidade, espaço funcional livre entre 1 e 4 mm e estavam satisfeitos/muito satisfeitos. Após cinco anos de inserção, o uso das próteses totais foi associado à estabilidade da prótese mandibular e à satisfação. As próteses ofertadas satisfazem a população assistida e a maioria apresenta qualidade técnica e integridade. Maior uso após cinco anos de inserção foi observado entre os usuários satisfeitos e com próteses mandibulares estáveis, esse uso foi maior entre os indivíduos que já usavam após um ano de inserção, indicando maior abandono no primeiro ano. Protocolos de acompanhamento dos pacientes após a entrega das próteses totais devem ser implantados no âmbito dos serviços públicos de saúde para favorecer a adesão e sucesso do tratamento reabilitador.The total prosthesis (TP) is the most used rehabilitating treatment in edentulous patients and it may rescue the aesthetics, the masticatory function and the phonation. The survey of the oral health conditions of the Brazilian population (2011) revealed that 69% of the adult population and almost 99% of the elderly used or needed some sort of dental prosthesis. The inclusion of the prosthetic rehabilitation in the scope of Basic Assistance in Health is one of the guidelines of the National Policy in Oral Health (2004). This service was started in Belo Horizonte in July 2010 with the offer of total prosthesis (TPs) and partial removable prosthesis (PRP) of acrylic. The aim of this study was to evaluate the association between the uses of the total prosthesis mucus-supported offered in the Primary Care in Health after one and five years of the insertion with the technical quality of these prostheses and the satisfaction of the users towards them. A follow-up study was carried out with a sample of 233 users at random, selected within a universe of 572 users who had received the pair of full prosthesis in 2011. The use of the total prosthesis both inferior and superior was evaluated, which resulted in the dichotomous dependent variable: no use; use of the pair or of one of the prosthesis. The technical quality was evaluated with regards to the arrangement of the anterior teeth, free functional space, stability, retention and extension of the mandibular prosthesis, static and dynamic occlusion. The integrity of the prosthesis considered the presence of fracture of the basis and irregular edges. The evaluation of the satisfaction concerning the pain, retention, stability, comfort, mastication, speech and appearance resulted in a score ranging from 0 to 100, which was categorized adopting the cut-off point of 70 to dissatisfied or very satisfied/satisfied. The following co-variables were assessed: age, gender, marital status, years of schooling and family income, previous use of total prosthesis, time for upper teeth loss and frequency of visits to the dental surgeon after the placement of the prosthesis. The associations were tested through a logical regression analysis; the effect of the variables in the use of total prosthesis along the proposed periods was estimated via logistic regression models with random effects in the intercept. The data collection through interviews and examination of the oral cavity and the prosthesis was carried out between November 2012 to January 2013 and from July to October 2016. The examiners were previously calibrated and the agreement intra and inter-examiners was calculated using pondered Kappa and the coefficients were superior to 0,81. The participation rate was 97,8% (228) in one year and 50% (114) in five years after the placement of the prosthesis. There was no statistically significant difference between the responsive and the non-responsive concerning gender, age, schooling, frequency of visits to the dental surgeon and satisfaction towards the prosthesis. However, the technical quality of the prosthesis within the criteria of stability, static and dynamic occlusions was lower among the non-responsive. After one year, 64,9% used the pair of prosthesis, 14% used one of the prosthesis and 21,1% did not use any. In five years, 64,1% used the pair of prosthesis, 14,9% used at least one of the prosthesis and 21,0% did not use any. It was observed that among the subjects who used the pair of prosthesis in five years, 86,3% already used the pair in one year and among those who did not use them 37,5% abandoned their use after the first year. After five years, regarding the technical quality of the prosthesis, around 70% were considered adequate for the arrangement of the anterior teeth, free functional space, and mandibular prosthesis stability, static and dynamic occlusion. More than 80% of the mandibular prosthesis presented retention problems and ridge extension. The almost full totality of the prosthesis did not present integrity problems. Concerning the satisfaction towards the prosthesis, 57,02% of the users were very satisfied/satisfied. The satisfaction factors better evaluated were aesthetics, speech and comfort. The inferior full prosthesis retention resulted in the higher level of dissatisfaction. Associations between the uses of full prosthesis were found after one year of placement in subjects whose prosthesis presented stability, free functional space ranging between 1 and 4 mm and were satisfied/very satisfied. After five years of placement, the use of full prosthesis was associated to the stability of the mandibular prosthesis and satisfaction. The offered prosthesis satisfies the assisted population and the majority presents technical quality and integrity. A greater use after five years of placement was observed among the satisfied users and those who had stable mandibular prosthesis; this use was higher among the subjects who already used that one year after the placement, indicating a greater rate of abandonment in the first year. Follow-up protocols of the patients after the placement of the full prosthesis must be implemented in the scope of public health services to favor the adhesion and success of the rehabilitating treatment.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGPrótese dentária completaQualidade da assistencia à saúdePrótese dentáriaAtenção primária à saúdePrótese totalAtenção Primária à SaúdeQualidade da assistência à saúdeSatisfação do pacientePróteses totais mucossuportadas ofertadas na Atenção Primária à Saúde em Belo Horizonte, MG: avaliação após 5 anos de usoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_final_mar_lia_25042017_abnt.pdfapplication/pdf2772323https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMEN5G/1/disserta__o_final_mar_lia_25042017_abnt.pdf69b67e61e3bd63f34b11fab1245df135MD51TEXTdisserta__o_final_mar_lia_25042017_abnt.pdf.txtdisserta__o_final_mar_lia_25042017_abnt.pdf.txtExtracted texttext/plain201116https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-AMEN5G/2/disserta__o_final_mar_lia_25042017_abnt.pdf.txtcd199cd8c061f91a4c14f632c40e4a4bMD521843/BUBD-AMEN5G2019-11-14 18:29:55.739oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-AMEN5GRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T21:29:55Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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