Avaliação do perfil evolutivo da retocolite ulcerativa em ambulatório de referência brasileiro para doenças intestinais, no período de 20 anos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ricardo Pereira Mendes
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AQBRBZ
Resumo: A retocolite ulcerativa (RCU) caracteriza-se por ser doença intestinal inflamatória crônica cujo acometimento limita-se à mucosa do intestino grosso. Embora possa ser, teoricamente, curada pela proctocolectomia, o tratamento medicamentoso é a principal forma de manejo da doença. O estudo objetiva avaliar o comportamento da RCU em centro brasileiro de referência para tratamento de doenças intestinais ao longo de 20 anos. Foram selecionados de forma sequencial 101 pacientes comdiagnóstico de RCU, para análise retrospectiva a partir da avaliação deprontuários. As características dos pacientes e suas doenças foram descritas, e as probabilidades cumulativas de uso de medicações foram avaliadas pelo método de Kaplan-Meier. A mediana de idade ao diagnóstico foi de 34 anos, com predominância do sexo feminino. Aproximadamente 14% dos pacientes tinham proctite, 42% colite esquerda e 40% colite extensa. Durante o ano do diagnóstico,a probabilidade acumulada de um paciente receber aminossalicilato foi de 78% e a de receber imunossupressor, 15%. No 10º ano, essa probabilidade passou para 90 e 59%, respectivamente. Houve, ao longo dos anos, tendência à redução na necessidade de uso de corticoide. No ano do diagnóstico, 62,1% dos pacientes usaram corticoide e, no 10º ano, essa taxa foi de 28,3%. Concluiu-se que alguns dados epidemiológicos diferem da literatura mundial, como acometimento maior do sexo feminino e alta percentagem de colite extensa ao diagnóstico. Observou-se que a maioria dos pacientes necessitou de imunossupressor para atingir a remissão clínica. Os pacientes com mais de 50 anos de idade ao diagnóstico tiveram menor necessidade de iniciar imunossupressor, e o uso deste não se associou à extensão da doença.
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