Automação transversal: discussão sobre o uso de novas tecnologias para viabilizar a produção auto-regulada da arquitetura

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Estevam Quintino Gomes Junior
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/MMMD-BDNHC2
Resumo: O presente trabalho procura refletir sobre a automaçao de processos relacionados a produçao espacial e ao seu efeito sobre a adaptabilidade da arquitetura. A adaptabilidade é uma propriedade da relaçao entre habitante e arquitetura que descreve a dificuldade de se transformar um espaço para adequá-lo as necessidades do morador. Quanto menor a adaptabilidade da arquitetura, maior a resistencia do espaço a transformaçao. O conceito está relacionado tanto aos sistemas construtivos e materiais usados, como as capacidades física e intelectual do habitante de transformá-lo. Uma baixa adaptabilidade dificulta que o processo de produçao da arquitetura seja autorregulado, ou seja, que atue para corrigir os desvios (desajustes) causados por perturbaçoes (mudanças no contexto ou nos desejos da pessoa) para manterse dentro da meta (boa qualidade de ajuste). Qualidade de ajuste é uma forma de avaliar a relaçao entre o edifício e o contexto. Quanto mais desajustes na conexao entre as demandas do habitante e a arquitetura (por exemplo, instabilidade, goteira, pouca luz, muito calor, falta de privacidade), menor a qualidade de ajuste. Quando a adaptabilidade é alta, as pessoas corrigem os problemas do espaço assim que eles aparecem, como trocar uma lâmpada queimada, e o espaço permanece sempre bem ajustado. Já se a adaptabilidade é baixa, os desajustes se acumulam até que seja inevitável transformar o espaço. A baixa qualidade das construçoes nas grandes cidades está relacionada a baixa adaptabilidade, resultado da fragmentaçao do processo de produçao, da dificuldade de acesso aos materiais de construçao e da velocidade de mudança do contexto. A fragmentaçao, ou seja, a divisao do trabalho manual e intelectual, deve-se a necessidade dos empresários de desarticularem politicamente os trabalhadores do canteiro de obras para diminuírem os salários e aumentarem os lucros. Para tanto, foi preciso concentrar as decisoes nas maos dos arquitetos que, por sua vez, sao controlados pelo mercado e pelos investidores. Os arquitetos, conscientes ou nao, muitas vezes produzem espaços que estimulam a segregaçao entre pessoas de diferentes classes sociais e também contribuem para manutençao da desigualdade. Por meio dessas observaçoes, busca-se entender como a automaçao pode transformar o processo de reproduçao da desigualdade através do espaço. Procura- se argumentar, com base na revisao da literatura sobre o tema e em exemplos da prática arquitetônica, que a automaçao pode tanto intensificar como minimizar a reproduçao da desigualdade social e a reduçao da qualidade de ajuste. Por fim, é apresentado o protótipo de interface construído pelo autor com vistas a sintetizar algumas das ideias discutidas nesta dissertaçao. O resultado mostra que, se a automaçao for usada para dar mais controle ao usuário do espaço, mudando o processo de produçao e diluindo a tomada de decisoes, é possível que a adaptabilidade aumente e, consequentemente, melhore a qualidade de ajuste e mitigue os processos de reproduçao da desigualdade. No entanto, como o desenvolvimento tecnológico está subordinado a forças econômicas e políticas, as formas de automaçao mais disseminadas reforçam as divisoes existentes e nao alteram o processo de produçao. Conclui-se que é necessário continuar investigando as tecnologias computacionais e pautar o desenvolvimento de novas tecnologias para que sejam aplicadas de forma a garantir um maior envolvimento dos usuários na produçao do espaço.
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spelling Jose dos Santos Cabral FilhoSandro Canavezzi de AbreuIsabel Amalia Medero RochaEstevam Quintino Gomes Junior2019-08-11T04:02:51Z2019-08-11T04:02:51Z2018-09-25http://hdl.handle.net/1843/MMMD-BDNHC2O presente trabalho procura refletir sobre a automaçao de processos relacionados a produçao espacial e ao seu efeito sobre a adaptabilidade da arquitetura. A adaptabilidade é uma propriedade da relaçao entre habitante e arquitetura que descreve a dificuldade de se transformar um espaço para adequá-lo as necessidades do morador. Quanto menor a adaptabilidade da arquitetura, maior a resistencia do espaço a transformaçao. O conceito está relacionado tanto aos sistemas construtivos e materiais usados, como as capacidades física e intelectual do habitante de transformá-lo. Uma baixa adaptabilidade dificulta que o processo de produçao da arquitetura seja autorregulado, ou seja, que atue para corrigir os desvios (desajustes) causados por perturbaçoes (mudanças no contexto ou nos desejos da pessoa) para manterse dentro da meta (boa qualidade de ajuste). Qualidade de ajuste é uma forma de avaliar a relaçao entre o edifício e o contexto. Quanto mais desajustes na conexao entre as demandas do habitante e a arquitetura (por exemplo, instabilidade, goteira, pouca luz, muito calor, falta de privacidade), menor a qualidade de ajuste. Quando a adaptabilidade é alta, as pessoas corrigem os problemas do espaço assim que eles aparecem, como trocar uma lâmpada queimada, e o espaço permanece sempre bem ajustado. Já se a adaptabilidade é baixa, os desajustes se acumulam até que seja inevitável transformar o espaço. A baixa qualidade das construçoes nas grandes cidades está relacionada a baixa adaptabilidade, resultado da fragmentaçao do processo de produçao, da dificuldade de acesso aos materiais de construçao e da velocidade de mudança do contexto. A fragmentaçao, ou seja, a divisao do trabalho manual e intelectual, deve-se a necessidade dos empresários de desarticularem politicamente os trabalhadores do canteiro de obras para diminuírem os salários e aumentarem os lucros. Para tanto, foi preciso concentrar as decisoes nas maos dos arquitetos que, por sua vez, sao controlados pelo mercado e pelos investidores. Os arquitetos, conscientes ou nao, muitas vezes produzem espaços que estimulam a segregaçao entre pessoas de diferentes classes sociais e também contribuem para manutençao da desigualdade. Por meio dessas observaçoes, busca-se entender como a automaçao pode transformar o processo de reproduçao da desigualdade através do espaço. Procura- se argumentar, com base na revisao da literatura sobre o tema e em exemplos da prática arquitetônica, que a automaçao pode tanto intensificar como minimizar a reproduçao da desigualdade social e a reduçao da qualidade de ajuste. Por fim, é apresentado o protótipo de interface construído pelo autor com vistas a sintetizar algumas das ideias discutidas nesta dissertaçao. O resultado mostra que, se a automaçao for usada para dar mais controle ao usuário do espaço, mudando o processo de produçao e diluindo a tomada de decisoes, é possível que a adaptabilidade aumente e, consequentemente, melhore a qualidade de ajuste e mitigue os processos de reproduçao da desigualdade. No entanto, como o desenvolvimento tecnológico está subordinado a forças econômicas e políticas, as formas de automaçao mais disseminadas reforçam as divisoes existentes e nao alteram o processo de produçao. Conclui-se que é necessário continuar investigando as tecnologias computacionais e pautar o desenvolvimento de novas tecnologias para que sejam aplicadas de forma a garantir um maior envolvimento dos usuários na produçao do espaço.This thesis is about how the automation of spatial production relates to the adaptability of architecture. Adaptability is a property of the relationship between inhabitant and architecture and describes the effort required to fit the space to the users needs. The lower the adaptability of the architecture, the greater the resistance of the space to modification. The concept is related to the construction system and materials used, as well as to the residents physical and intellectual skills needed to transform it. A low adaptability increases the effort for creating a self-regulated production of space which can be described as acting to correct the deviations caused by disturbances (changes in the context or in the inhabitants desires) to stay within the goal (good fit). Goodness of fit is a way of rating the relationship between building and context. The more misfits between the demands of the inhabitant and the architecture (for example, instability, gutter, too little light, too much heat, lack of privacy), the lower the quality of adjustment. When adaptability is high, people change the space as soon as the deviations appear, such as replacing a burned-out light bulb, maintaining the space always well-adjusted. If the adaptability is low, the misfits accumulate until it is inevitable to transform the space. The generalized poor quality of the buildings in the big cities is partially caused by to the low adaptability which in turn is the result of: the division of labor on the process of production; the difficult accessibility of building materials; and the speed of change of the context. The division of manual and intellectual labor is due to entrepreneurs need to politically dismantle workers at the construction site to reduce wages and increase profits. In order to do so, decisions had to be centralized in the hands of the architects, who in turn are controlled by the market and the investors. Architects, usually unconsciously, design spaces that increase segregation between people of different social classes and also contribute to the maintenance of inequality. From these observations we try to understand how the automation of architecture affects the process that reproduces inequality. Based on a review of researches and in examples of the architectural practice, we found that automation of architecture can increase or decrease the reproduction of social inequality and the quality of adjustment depending on how it is done. Furthermore is presented an interface prototyped by the author that synthesize some of the ideas discussed in this thesis. The results shows that if automation is used to give more control to the user it could be able to increase the adaptability, consequently improving the goodness of fit and reducing the inequality. However, as technological development is subjected to economic and political forces, the more widespread forms of automation reinforce existing divisions and do not change the process of production. The conclusion shows the necessity to continue the investigation of the computational technologies and to promote the development of new ones that increase users participation in the production of the space.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGAutomaçãoInteração socialArquitetura e tecnologiaParticipaçãoAutomaçaoArquitetura adaptativaFabricaçao digitalparticipativaArquitetura interativaArquiteturaAutomação transversal: discussão sobre o uso de novas tecnologias para viabilizar a produção auto-regulada da arquiteturainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALestevam_gomes__2018__automa__o_transversal.pdfapplication/pdf13507408https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MMMD-BDNHC2/1/estevam_gomes__2018__automa__o_transversal.pdf7764dd716f9e9b1bf3eccb95f884b722MD51TEXTestevam_gomes__2018__automa__o_transversal.pdf.txtestevam_gomes__2018__automa__o_transversal.pdf.txtExtracted texttext/plain368800https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/MMMD-BDNHC2/2/estevam_gomes__2018__automa__o_transversal.pdf.txtc6b35f532cd4f48de373ea3e6f1b39e0MD521843/MMMD-BDNHC22019-11-14 07:01:57.811oai:repositorio.ufmg.br:1843/MMMD-BDNHC2Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T10:01:57Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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