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Maria de Fatima Martins HortaPaulo Sergio Lacerda BeiraoGloria Regina FrancoRenato Arruda MortaraDébora FoguelThiago de Castro Gomes2019-08-13T16:34:40Z2019-08-13T16:34:40Z2010-11-05http://hdl.handle.net/1843/UCSD-8HFK4KChamamos de leishporina uma citolisina que foi descrita pelo nosso grupo inicialmente em L. amazonensis, mas cuja atividade citolítica foi também detectada em L. major, L. panamensis e L. guyanensis (Noronha,1996; Noronha et al., 1996). A atividade citolítica de L. amazonensis foi detectada em promastigotas e amastigotas, mas toda a caracterização desta atividade foi feita em promastigotas. Assim, nosso grupo mostrou que promastigotas contêm uma atividade lítica capaz de lisar hemácias e células nucleadas, incluindo o macrófago, a célula hospedeira do gênero Leishmania (Noronha et al., 1996). Posteriormente, utilizando a técnica de patch-clamp, nosso grupo mostrou que a lesão celular causada pelo extrato do parasita é mediada pela formação de poros não seletivos na membrana-alvo, demonstrando que a citolisina de L. amazonensis é uma citolisina formadora de poros, de onde veio o nome leishporina (Noronha et al., 2000). O fato de parasitas do gênero Leishmania, causadores de diversas formas de leishmaniose, possuírem uma molécula formadora de poros gera a questão óbvia de qual seria a sua função. A resposta a esta questão depende, no entanto, de conhecermos a identidade da leishporina. Embora já tenhamos determinado várias características desta citolisina e do seu mecanismo de ação (Noronha et al., 1994; Noronha et al., 1996; Noronha et al., 2000; Almeida-Campos & Horta, 2000), não sabíamos sobre sua identidade molecular. Na busca dessa identidade, os resultados do presente trabalho utilizamos duas abordagens diferentes que, além de nos apontar para algumas moléculas candidatas a mediarem a atividade formadora de poros, elucidaram aspectos importantes sobre os requisitos necessários para que ocorra a lise. Assim, demonstramos que a leishporina se liga às membranas alvo e são removidas do extrato por hemácias ou lipossomos compostos de DPPC. Demonstramos ainda que o sítio de ligação da citolisina e o requisito mínimo para sua atuação são fosfolipídeos das membranas-alvo. Quanto à identificação da leishporina, utilizando técnicas de cromatografia, obtivemos várias frações líticas de extratos ricos em membrana de promastigotas, onde se localiza a leishporina. Algumas delas possuíam apenas lisofosfolipídeos e em outras, havia também proteínas, sendo que uma delas foi identificada como a HSP70 de L. amazonensis. A ligação seletiva da leishporina em lipossomos de DPPC também apontou para algumas proteínas como candidatas, sendo que uma delas, de PM por volta de 48 kDa, possivelmente a gp46 que sabidamente se ligou aos lipossomos. Outras proteínas que se ligaram aos lipossomos foram: a gp63, a beta-tubulina, a GAPDH, e uma de 80 kDa, ainda não identificada. A termolabilidade do extrato total, em contraposição à termoresistência dos lisofosfolipídeos bem como a termoresistência do extrato tratado com proteinase K, nos fez hipotetizar que a leishporina seja um complexo lipoprotéico cuja parte lipídica seria a responsável pela atividade formadora de poros e a parte protéica possa ser algumas das proteínas já identificadas ou apenas seu inibidor. Além disso, pela primeira vez, fomos capazes de visualizar, por Microscopia de Força Atômica, estruturas pore-like na superfície de hemácias e de filmes lipídicos derivados de lipossomos de dipalmitoilfosfatidilcolina (DPPC) lisados pela leishporina.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGLeishporinaBioquímicaLeishmaniaLeishmania amazonensisestruturas pore-likeLeishmaniacitolisinaCitólise mediada por leishporina de Leishmania (Leishmania) amazonensis: requisitos para a ligação da citolisina à membrana, visualização de estruturas pore-like e estratégias para sua identificaçãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_de_doutorado___thiago_de_castro_gomes___corre__o.pdfapplication/pdf4364496https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/UCSD-8HFK4K/1/tese_de_doutorado___thiago_de_castro_gomes___corre__o.pdf4751a9e9613c8e05088c465717c83788MD51tese_de_doutorado_thiago_de_castro_gomes.pdfapplication/pdf11565382https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/UCSD-8HFK4K/2/tese_de_doutorado_thiago_de_castro_gomes.pdff9d3e039a15c40f11d7001d25613aff5MD52TEXTtese_de_doutorado___thiago_de_castro_gomes___corre__o.pdf.txttese_de_doutorado___thiago_de_castro_gomes___corre__o.pdf.txtExtracted texttext/plain185251https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/UCSD-8HFK4K/3/tese_de_doutorado___thiago_de_castro_gomes___corre__o.pdf.txt24ec02b144ed303e13338572111db157MD53tese_de_doutorado_thiago_de_castro_gomes.pdf.txttese_de_doutorado_thiago_de_castro_gomes.pdf.txtExtracted texttext/plain185151https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/UCSD-8HFK4K/4/tese_de_doutorado_thiago_de_castro_gomes.pdf.txt399b6741ef6bfa29ba6fd4430aee0f8fMD541843/UCSD-8HFK4K2019-11-14 15:26:45.474oai:repositorio.ufmg.br:1843/UCSD-8HFK4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T18:26:45Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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