A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/62933 |
Resumo: | Após a Revolução Verde, iniciada na década de 1960, a agricultura tomou novos rumos graças à introdução de tecnologias e práticas agrícolas modernas (modificação genética de sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução de custo de manejo) que permitiram intensificar a produção e a produtividade agrícola. Esse modelo de produção conformou-se na agricultura convencional. No entanto, a menos de meio século de seu desenvolvimento, este tipo de agricultura tem causado preocupações sobre o seu impacto no meio ambiente e na saúde da população. Como uma proposta alternativa à agricultura convencional, a agricultura ecológica, sob diversos nomes (Orgânica, Agroecológica, Biologique, dentre outras) tem-se destacado no âmbito dos sistemas agroalimentares locais e globais, tanto em termos de produção quanto em área e comercialização. Seu desenvolvimento tem se sustentado por um mercado de investimentos econômicos, representado por grandes empresas agroalimentares e por pequenos agricultores, que converteram suas áreas para uma maneira ecológica de produção. Diante desse contexto, a inclusão ou adesão dos pequenos agricultores a esse tipo de agricultura motiva uma investigação na esfera social. Assim, a proposta dessa tese é trazer uma reflexão acerca da sustentabilidade social dos agricultores, cuja questão: “A agricultura ecológica é uma solução sustentável para todos?” surge com uma perspectiva social sobre as condições de vida e de trabalho do agricultor familiar brasileiro, e do paysan francês, investidos na prática da horticultura ecológica, especificamente dos horticultores das regiões metropolitanas de Belo Horizonte (Brasil) e da Île-de-France (França). Este questionamento recai sobre a ideia de “sustentabilidade”, compreendida não somente sob o aspecto da preservação do meio ambiente e dos ecossistemas, mas também relacionada ao tecido social e à Qualidade de Vida (QV) dos indivíduos, nesse caso, os agricultores. Assim, a questão da QV dos agricultores – onde a auto estima e a satisfação profissional estão intrissicamente ligadas às relações sociais e à organização do espaço em que eles se inserem – é analisada. Os resultados mostram, dentre outros, que a permanencia das unidades de produção depende das condições dadas aos seus proprietarios, tendo em conta as possibilidades deles desenvolverem um trabalho salubre (sem risco para a saude), prospero (com um retorno financeiro satisfatório) e prazeiroso (enquanto fonte de satisfação e de reconhecimento social). Nesta perspectiva, esta pesquisa reafirma que a agricultura ecólogica é de fato sustentavel para todos quando as variaveis de QV dos agricultores são potencializadas e incorporadas aos projetos de desenvolvimento agricola local. Constatou-se que a relação entre os valores de QV e os contextos regionais refletem nas capacidades dos agricultores em executar seus trabalhos, bem como, nos seus sentimentos de prazer e de auto confiança, ou seja, sob seus Bem-estar pessoal e profissional. As especificidades em torno das questões de Segurança Alimentar no contexto brasileiro motivam futuras pesquisas em torno de politicas publicas a partir do modelo de gestão utilizado na IDF, passiveis de serem adaptados à realidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. |
id |
UFMG_f5fab54820826331634113c4e01e69de |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/62933 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Maria Aparecida dos Santos Tubaldinihttp://lattes.cnpq.br/4266403808232338Jean-Paul BillaudMichel StreithOsmar Tomaz de SouzaChristophe BénaventJosé Antônio Souza de Deushttp://lattes.cnpq.br/6261343445739304Renata Aparecida de Souza Seidl2024-01-17T16:20:23Z2024-01-17T16:20:23Z2016-11-16http://hdl.handle.net/1843/62933Após a Revolução Verde, iniciada na década de 1960, a agricultura tomou novos rumos graças à introdução de tecnologias e práticas agrícolas modernas (modificação genética de sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução de custo de manejo) que permitiram intensificar a produção e a produtividade agrícola. Esse modelo de produção conformou-se na agricultura convencional. No entanto, a menos de meio século de seu desenvolvimento, este tipo de agricultura tem causado preocupações sobre o seu impacto no meio ambiente e na saúde da população. Como uma proposta alternativa à agricultura convencional, a agricultura ecológica, sob diversos nomes (Orgânica, Agroecológica, Biologique, dentre outras) tem-se destacado no âmbito dos sistemas agroalimentares locais e globais, tanto em termos de produção quanto em área e comercialização. Seu desenvolvimento tem se sustentado por um mercado de investimentos econômicos, representado por grandes empresas agroalimentares e por pequenos agricultores, que converteram suas áreas para uma maneira ecológica de produção. Diante desse contexto, a inclusão ou adesão dos pequenos agricultores a esse tipo de agricultura motiva uma investigação na esfera social. Assim, a proposta dessa tese é trazer uma reflexão acerca da sustentabilidade social dos agricultores, cuja questão: “A agricultura ecológica é uma solução sustentável para todos?” surge com uma perspectiva social sobre as condições de vida e de trabalho do agricultor familiar brasileiro, e do paysan francês, investidos na prática da horticultura ecológica, especificamente dos horticultores das regiões metropolitanas de Belo Horizonte (Brasil) e da Île-de-France (França). Este questionamento recai sobre a ideia de “sustentabilidade”, compreendida não somente sob o aspecto da preservação do meio ambiente e dos ecossistemas, mas também relacionada ao tecido social e à Qualidade de Vida (QV) dos indivíduos, nesse caso, os agricultores. Assim, a questão da QV dos agricultores – onde a auto estima e a satisfação profissional estão intrissicamente ligadas às relações sociais e à organização do espaço em que eles se inserem – é analisada. Os resultados mostram, dentre outros, que a permanencia das unidades de produção depende das condições dadas aos seus proprietarios, tendo em conta as possibilidades deles desenvolverem um trabalho salubre (sem risco para a saude), prospero (com um retorno financeiro satisfatório) e prazeiroso (enquanto fonte de satisfação e de reconhecimento social). Nesta perspectiva, esta pesquisa reafirma que a agricultura ecólogica é de fato sustentavel para todos quando as variaveis de QV dos agricultores são potencializadas e incorporadas aos projetos de desenvolvimento agricola local. Constatou-se que a relação entre os valores de QV e os contextos regionais refletem nas capacidades dos agricultores em executar seus trabalhos, bem como, nos seus sentimentos de prazer e de auto confiança, ou seja, sob seus Bem-estar pessoal e profissional. As especificidades em torno das questões de Segurança Alimentar no contexto brasileiro motivam futuras pesquisas em torno de politicas publicas a partir do modelo de gestão utilizado na IDF, passiveis de serem adaptados à realidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte.After the Green revolution, which began in the years 1960, agriculture took new directions thanks to the introduction of technologies and modern practices (genetic modification of seeds, intensive use of manures, and mechanization of the farms) which made it possible to intensify the production and raise the agricultural productivity. This model of production was formed within the conventional agriculture. However, after less than one century of development, this model of agriculture generated a number of concerns as well for its environmental impact and as well on public health. As an alternative to the conventional agriculture, the ecological agriculture - with its various denominations (Organic, Agro- ecological, Biological, inter alia) - has created its own marks in terms of production and marketing in local and global agro- alimentary systems. Its development was maintained thanks to growing demand and investment of large agro- alimentary companies and family farmers who converted their surfaces to an ecological mode of production. In this context, the inclusion and the adhesion of the small farmers to this type of agriculture is the main framework of this research. The thesis proposes therefore to carry out a reflection around the social sustainability of the farmers with this main question: “Is ecological agriculture a sustainable solution for all?” - which emerges within a social perspective through the analysis of quality of life of Brazilian family farmers and the French peasants, actives within market- gardening inside metropolitan regions of Belo Horizonte (Brazil) and the Metropolitan region of the Ile-de-France (France). This questioning cross the idea of “sustainability”, understood not only like safeguarding of the environment and the ecosystems, but also as taking into account the "social factory" and the living conditions of the individuals, in this case, of the farmers. Thus, the question of the quality of life (QOL) of the farmers – where self-esteem and the job satisfaction are intrinsically related to the social relations and the organization of the space of which they form part – is analysed. The results show inter alia, that the permanence of the production units depends on the conditions given to its owner, taking account of possibilities of developing a salubrious work (without health risk), prosper (with a sufficient financial return) and pleasant (as a source of satisfaction and social recognition). Our work reaffirms thus that ecological agriculture is in fact sustainable for all when the variables of the QOL of the farmers are potentiated and incorporated in the local agricultural development. In addition it's observed that the relation between the values of the QOL and the regional contexts reflects as well in the capacities of the farmers to carry their work as in their feelings of pleasure and self-confidence, i.e. of personal and professional well being. The specificities around the questions of food security in the Brazilian context direct the future research towards arrangements of management strategies used in France and liable to be adapted to the reality of the Belo Horizonte metropolitan region.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFMGBrasilIGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessAgricultura familiarQualidade de vidaDesenvolvimento sustentávelIlha de França (França)Belo Horizonte, Região Metropolitana deAgricultor familiarPaysanQualidade de vidaAgricultura orgânica/biologiqueSistema agroalimentarSustentabilidade socialA agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese completa com capa.pdftese completa com capa.pdfapplication/pdf6811812https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62933/6/tese%20completa%20com%20capa.pdfe68f761e3e179bba7eab4ca90ece660aMD56CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62933/4/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD54LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62933/7/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD571843/629332024-01-17 13:20:23.991oai:repositorio.ufmg.br:1843/62933TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2024-01-17T16:20:23Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
title |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
spellingShingle |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil Renata Aparecida de Souza Seidl Agricultor familiar Paysan Qualidade de vida Agricultura orgânica/biologique Sistema agroalimentar Sustentabilidade social Agricultura familiar Qualidade de vida Desenvolvimento sustentável Ilha de França (França) Belo Horizonte, Região Metropolitana de |
title_short |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
title_full |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
title_fullStr |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
title_full_unstemmed |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
title_sort |
A agricultura ecológica sob o ângulo da qualidade de vida dos agricultores : abordagem comparativa entre duas regiões na França e no Brasil |
author |
Renata Aparecida de Souza Seidl |
author_facet |
Renata Aparecida de Souza Seidl |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Maria Aparecida dos Santos Tubaldini |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4266403808232338 |
dc.contributor.advisor2.fl_str_mv |
Jean-Paul Billaud |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Michel Streith |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Osmar Tomaz de Souza |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Christophe Bénavent |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
José Antônio Souza de Deus |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6261343445739304 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Renata Aparecida de Souza Seidl |
contributor_str_mv |
Maria Aparecida dos Santos Tubaldini Jean-Paul Billaud Michel Streith Osmar Tomaz de Souza Christophe Bénavent José Antônio Souza de Deus |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Agricultor familiar Paysan Qualidade de vida Agricultura orgânica/biologique Sistema agroalimentar Sustentabilidade social |
topic |
Agricultor familiar Paysan Qualidade de vida Agricultura orgânica/biologique Sistema agroalimentar Sustentabilidade social Agricultura familiar Qualidade de vida Desenvolvimento sustentável Ilha de França (França) Belo Horizonte, Região Metropolitana de |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Agricultura familiar Qualidade de vida Desenvolvimento sustentável Ilha de França (França) Belo Horizonte, Região Metropolitana de |
description |
Após a Revolução Verde, iniciada na década de 1960, a agricultura tomou novos rumos graças à introdução de tecnologias e práticas agrícolas modernas (modificação genética de sementes, uso intensivo de insumos industriais, mecanização e redução de custo de manejo) que permitiram intensificar a produção e a produtividade agrícola. Esse modelo de produção conformou-se na agricultura convencional. No entanto, a menos de meio século de seu desenvolvimento, este tipo de agricultura tem causado preocupações sobre o seu impacto no meio ambiente e na saúde da população. Como uma proposta alternativa à agricultura convencional, a agricultura ecológica, sob diversos nomes (Orgânica, Agroecológica, Biologique, dentre outras) tem-se destacado no âmbito dos sistemas agroalimentares locais e globais, tanto em termos de produção quanto em área e comercialização. Seu desenvolvimento tem se sustentado por um mercado de investimentos econômicos, representado por grandes empresas agroalimentares e por pequenos agricultores, que converteram suas áreas para uma maneira ecológica de produção. Diante desse contexto, a inclusão ou adesão dos pequenos agricultores a esse tipo de agricultura motiva uma investigação na esfera social. Assim, a proposta dessa tese é trazer uma reflexão acerca da sustentabilidade social dos agricultores, cuja questão: “A agricultura ecológica é uma solução sustentável para todos?” surge com uma perspectiva social sobre as condições de vida e de trabalho do agricultor familiar brasileiro, e do paysan francês, investidos na prática da horticultura ecológica, especificamente dos horticultores das regiões metropolitanas de Belo Horizonte (Brasil) e da Île-de-France (França). Este questionamento recai sobre a ideia de “sustentabilidade”, compreendida não somente sob o aspecto da preservação do meio ambiente e dos ecossistemas, mas também relacionada ao tecido social e à Qualidade de Vida (QV) dos indivíduos, nesse caso, os agricultores. Assim, a questão da QV dos agricultores – onde a auto estima e a satisfação profissional estão intrissicamente ligadas às relações sociais e à organização do espaço em que eles se inserem – é analisada. Os resultados mostram, dentre outros, que a permanencia das unidades de produção depende das condições dadas aos seus proprietarios, tendo em conta as possibilidades deles desenvolverem um trabalho salubre (sem risco para a saude), prospero (com um retorno financeiro satisfatório) e prazeiroso (enquanto fonte de satisfação e de reconhecimento social). Nesta perspectiva, esta pesquisa reafirma que a agricultura ecólogica é de fato sustentavel para todos quando as variaveis de QV dos agricultores são potencializadas e incorporadas aos projetos de desenvolvimento agricola local. Constatou-se que a relação entre os valores de QV e os contextos regionais refletem nas capacidades dos agricultores em executar seus trabalhos, bem como, nos seus sentimentos de prazer e de auto confiança, ou seja, sob seus Bem-estar pessoal e profissional. As especificidades em torno das questões de Segurança Alimentar no contexto brasileiro motivam futuras pesquisas em torno de politicas publicas a partir do modelo de gestão utilizado na IDF, passiveis de serem adaptados à realidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. |
publishDate |
2016 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2016-11-16 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2024-01-17T16:20:23Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2024-01-17T16:20:23Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/62933 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/62933 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Geografia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
IGC - DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62933/6/tese%20completa%20com%20capa.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62933/4/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/62933/7/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e68f761e3e179bba7eab4ca90ece660a cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589505195704320 |