A dosagem da frutosamina no diagnóstico do Diabetes Mellitus – contribuição do estudo longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-BRASIL)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: William Pedrosa de Lima
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/31873
Resumo: A frutosamina é o resultado da glicação não enzimática da glicose às proteínas, notadamente a albumina. Sua utilização tem sido historicamente associada ao monitoramento do diabetes mellitus, e, mais recentemente, como teste diagnóstico. A frutosamina fornece informação sobre o controle do diabetes nas últimas duas a quatro semanas, período intimamente relacionado à meia vida da albumina. Um dos objetivos deste trabalho é a avaliação do seu desempenho frente aos outros marcadores para hiperglicemia já estabelecidos, glicemia plasmática de jejum (GJ), glicemia 2h após sobrecarga oral de glicose (2-h PD) e hemoglobina glicada (A1c), podendo contribuir para a definição do seu papel no diagnóstico do diabetes. Outro objetivo é a geração de um intervalo de referência específico para a população brasileira, ainda não disponível. Trata-se de um estudo transversal com dados de base (2008-2010) de 2288 indivíduos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A geração do intervalo de referência seguiu o protocolo sugerido pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Os níveis de frutosamina foram determinados pelo método colorimétrico (Nitroblue Terrazolium - NBT). Associações entre a frutosamina e os outros marcadores foram estabelecidas pelo coeficiente de correlação de Spearman. A avaliação entre os desempenhos diagnósticos foi realizada pela Área sob a Curva (AUC – Curva ROC). A frutosamina apresentou correlações significativas com a GJ, r=0,26 (p<0,001), a 2-h PD, r=0,10 (p<0,001) e A1c r=0,22 (p<0,001). As correlações entre glicemia de jejum e A1c foram semelhantes entre si, mas superiores à correlação com 2-h PD. A AUC da frutosamina (0,741), quando utilizados os critérios baseados na glicemia de jejum, foi similar à da A1c (0,782) para diagnóstico do diabetes (p=0,207). Quando utilizado 2-h PD como critério diagnóstico, a área da A1c (0,745) foi similar à área da frutosamina (0,678) com significância limítrofe (p=0,053). Glicemia de jejum e 2-h PD mostraram AUCs (0,844 e 0,801, respectivamente) superiores à da frutosamina (0,700), quando o diabetes foi estabelecido pela A1c (p=0,005 e p=0,064, respectivamente). Um total de 466 indivíduos foram selecionados para o estabelecimento do intervalo de referência. Foram excluídos os indivíduos sabidamente diabéticos, indivíduos com alterações nos testes clássicos para hiperglicemia e aqueles com alterações nos testes de microalbuminúria e creatinina. O intervalo de referência foi de 186 a 248 μmol/L para mulheres e de 196 a 269 μmol/L para homens. Os níveis de frutosamina foram maiores nos homens do que nas mulheres (p = 0,006) e na população não branca (p = 0,034). Além disso, apresentou correlação negativa com o índice de massa corporal (r = -0,117; p = 0,011). Frutosamina é associada com GJ, 2hPD e A1c, sendo potencialmente útil no diagnóstico além do seu já reconhecido papel no monitoramento do diabetes. Estudos adicionais, capazes de sugerir valores de corte apropriados para o rastreio do diabetes, devem ser considerados. O intervalo de referência criado neste estudo permitirá uma interpretação mais adequada do teste de frutosamina, especialmente em situações em que a hemoglobina glicada não poderá ser utilizada.
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Um dos objetivos deste trabalho é a avaliação do seu desempenho frente aos outros marcadores para hiperglicemia já estabelecidos, glicemia plasmática de jejum (GJ), glicemia 2h após sobrecarga oral de glicose (2-h PD) e hemoglobina glicada (A1c), podendo contribuir para a definição do seu papel no diagnóstico do diabetes. Outro objetivo é a geração de um intervalo de referência específico para a população brasileira, ainda não disponível. Trata-se de um estudo transversal com dados de base (2008-2010) de 2288 indivíduos do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). A geração do intervalo de referência seguiu o protocolo sugerido pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Os níveis de frutosamina foram determinados pelo método colorimétrico (Nitroblue Terrazolium - NBT). Associações entre a frutosamina e os outros marcadores foram estabelecidas pelo coeficiente de correlação de Spearman. A avaliação entre os desempenhos diagnósticos foi realizada pela Área sob a Curva (AUC – Curva ROC). A frutosamina apresentou correlações significativas com a GJ, r=0,26 (p<0,001), a 2-h PD, r=0,10 (p<0,001) e A1c r=0,22 (p<0,001). As correlações entre glicemia de jejum e A1c foram semelhantes entre si, mas superiores à correlação com 2-h PD. A AUC da frutosamina (0,741), quando utilizados os critérios baseados na glicemia de jejum, foi similar à da A1c (0,782) para diagnóstico do diabetes (p=0,207). Quando utilizado 2-h PD como critério diagnóstico, a área da A1c (0,745) foi similar à área da frutosamina (0,678) com significância limítrofe (p=0,053). Glicemia de jejum e 2-h PD mostraram AUCs (0,844 e 0,801, respectivamente) superiores à da frutosamina (0,700), quando o diabetes foi estabelecido pela A1c (p=0,005 e p=0,064, respectivamente). Um total de 466 indivíduos foram selecionados para o estabelecimento do intervalo de referência. Foram excluídos os indivíduos sabidamente diabéticos, indivíduos com alterações nos testes clássicos para hiperglicemia e aqueles com alterações nos testes de microalbuminúria e creatinina. O intervalo de referência foi de 186 a 248 μmol/L para mulheres e de 196 a 269 μmol/L para homens. Os níveis de frutosamina foram maiores nos homens do que nas mulheres (p = 0,006) e na população não branca (p = 0,034). Além disso, apresentou correlação negativa com o índice de massa corporal (r = -0,117; p = 0,011). Frutosamina é associada com GJ, 2hPD e A1c, sendo potencialmente útil no diagnóstico além do seu já reconhecido papel no monitoramento do diabetes. Estudos adicionais, capazes de sugerir valores de corte apropriados para o rastreio do diabetes, devem ser considerados. O intervalo de referência criado neste estudo permitirá uma interpretação mais adequada do teste de frutosamina, especialmente em situações em que a hemoglobina glicada não poderá ser utilizada.Fructosamine is the result of non-enzymatic glycation of glucose to proteins, notably albumin. Its use has historically been associated with monitoring of diabetes mellitus, and more recently as a diagnostic test. Fructosamine provides information on the control of diabetes in the last 2 to 4 weeks, a period closely related to the half-life of albumin. One of the objectives of this sstudyy is the evaluation of its performance against other established diagnostic markers, fasting plasma glucose (FPG), 2 h glucose after oral glucose overload (2-hr PG) and glycated hemoglobin (A1c) may contribute to the definition of its role in the diagnosis of diabetes. Another aim is the generation of a specific reference interval for the Brazilian population, not yet available. This is a cross-sectional study with baseline data (2008-2010) of 2228 individuals from the Longitudinal Study of Adult Health (ELSA-Brazil). The establishment of the reference interval followed the protocol suggested by the Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). The levels of fructosamine were determined by the colorimetric method (Nitroblue Terrazolium - NBT). Associations between the fructosamine and the other markers were defined by Spearman's correlation coefficient. The evaluation between the diagnostic performances was performed by the Area under the Curve (AUC – ROC curve). Fructosamine presented significant correlations with FPG, r = 0.26 (p <0.001), 2-hr PG, r = 0.10 (p <0.001) and A1c r = 0.22 (p <0.001). The correlations between FPG and A1c were similar to each other, but higher than the correlation with 2-h PG. The AUC of the fructosamine (0.741), when using criteria based on FPG, was similar to A1c (0.782) for diabetes diagnosis (p = 0.207). When 2h PG was used as the diagnostic criterion, the area of A1c (0.745) was similar to the area of fructosamine (0.678) with borderline significance (p = 0.053). Fasting glucose and 2-h PG had AUCs (0.844 and 0.801, respectively) higher than that of fructosamine (0.700) when diabetes was defined by A1c (p = 0.005 and p = 0.064, respectively). A total of 466 individuals were selected for the establishment of the reference interval. Those individuals known to be diabetic, individuals with alterations in the classic tests for hyperglycemia and those with alterations in the tests of microalbuminuria and creatinine were excluded. The reference interval was 186 to 248 μmol / L for women and 196 to 269 μmol/L for men. The levels of fructosamine were higher in males than in females (p = 0.006) and in the non-white population (p = 0.034). In addition, it presented a negative correlation with body mass index (r = -0.117; p = 0.011). Frutosamine is associated with FPG, 2h-PG and A1c, potentially useful in the diagnosis in additional to its recognized role in monitoring of diabetes. Additional studies suggesting appropriate cutoff values for diabetes screening, should be considered. The reference range created in this study will allow a more adequate interpretation of the fructosamine test, especially in situations where glycated hemoglobin cannot be used.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PatologiaUFMGBrasilMEDICINA - FACULDADE DE MEDICINAFrutosaminaDiabetes mellitusDiagnósticoSaúde do AdultoGlucoseHiperglicemiaFrutosaminaGlicoseDiabetes mellitusHiperglicemiaA dosagem da frutosamina no diagnóstico do Diabetes Mellitus – contribuição do estudo longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-BRASIL)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTESE Willam Pedrosa Doutorado UFMG 2019.pdfTESE Willam Pedrosa Doutorado UFMG 2019.pdfapplication/pdf1425992https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31873/1/TESE%20Willam%20Pedrosa%20Doutorado%20UFMG%202019.pdf0f2f88abae6e22ec7fd5bd8bd05330c8MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31873/2/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD52TEXTTESE Willam Pedrosa Doutorado UFMG 2019.pdf.txtTESE Willam Pedrosa Doutorado UFMG 2019.pdf.txtExtracted texttext/plain190922https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/31873/3/TESE%20Willam%20Pedrosa%20Doutorado%20UFMG%202019.pdf.txt597e48180a7e46a8bdbcef63e0449af3MD531843/318732020-01-16 03:31:14.385oai:repositorio.ufmg.br:1843/31873TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-16T06:31:14Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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