Fitorremediação de clorobenzenos em lodo de esgoto com aeração e compostagem

• Autor(a) principal: Fernanda Vieira de Oliveira
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/36432
• topic: Biossólido; Biodegradação; Reciclagem de resíduos; Compostagem; Biorremediação

A biorremediação e a compostagem são técnicas importantes para os processos de estabilização do lodo de esgoto, tornando-o mais seguro para o uso agrícola. Todavia, no processo de compostagem, há necessidade da mistura de material carbonáceo ao lodo de esgoto, sendo que nem sempre esse material é facilmente disponível. Desta forma, o cultivo de plantas diretamente no lodo de esgoto pode promover a fitorremediação de substâncias orgânicas tóxicas e também proporcionar material carbonáceo para a compostagem desse resíduo. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo avaliar os teores de alguns congêneres de clorobenzenos em lodo de esgoto, após o cultivo de Pennisetum purpureum com diferentes períodos de aeração e compostagem. O experimento foi realizado no delineamento em blocos casualizados com quatro repetições, num esquema fatorial 2 x 5, correspondendo à presença ou não de cultivo com Pennisetum purpureum em lodo de esgoto, na densidade de plantio de 50 plantas por m2, a partir do plantio de estacas, combinado com cinco períodos de aeração intermitente por 30 minutos: 0; 14; 28; 42 e 60 dias, com vazão de ar de 1.059 dm3 h-1 kg-1 de sólidos voláteis. Após 60 dias de cultivo, a gramínea foi cortada, triturada e incorporada ao lodo de esgoto e a mistura compostada por 60 dias. Ao final do cultivo e compostagem, foram realizadas análises dos teores de 1,4-DCB e 1,3,5-TCB do material orgânico. Os teores de 1,4-DCB e de 1,3,5-TCB em lodo de esgoto foram menores na ausência de cultivo de plantas nesse resíduo. Também as aerações do lodo de esgoto, por período de 60 dias, para o 1,4-DCB e de 45 dias, para o 1,3,5-TCB, promoveram as maiores reduções dessas substâncias no lodo de esgoto. A compostagem do lodo de esgoto, após o período de aeração e cultivo, não alterou os teores de 1,3,5-TCB, porém reduziu significativamente os teores de 1,4-DCB nesse resíduo.