A práxis educativa do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST): desafios e possibilidades no diálogo com instituições universitárias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sonia Maria Roseno
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUBD-9UGH67
Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar o percurso da práxis educativa do MST em suas parcerias com duas instituições de ensino: UFMG e UNESP. Analisamos como a especificidade do jeito organizativo e formativo do MST vem dialogando com a formação desenvolvida na universidade e como esse processo repercute na práxis do Movimento, que busca alcançar a formação do intelectual orgânico: educadores e educadoras, militantes que trabalham a capacitação desde a Educação Infantil, Fundamental, EJA, Médio e caminhando para o Ensino Superior. Identificamos que a dinâmica organizativa possibilitou apreender o ser enquanto educador e, ao mesmo tempo, enquanto militante. Evidenciamos que a inserção dos sujeitos no MST proporciona traços identitários que os configuram como sujeitos coletivos onde quer que estejam inseridos, em todos os processos de aprendizagem (FREIRE, 1970, CASTELLS; 1999). Leva-se em conta que centralidade da formação no Movimento reside na luta pela terra, considerada por vários autores como 'lócus' gerador da Educação do Campo (KOLLING, 1999). Partindo da compreensão que a escolha metodológica necessita identificar-se com o ser pesquisador/a e o objeto da pesquisa, assim, fizemos a escolha pelo Materialismo Histórico Dialético (MHD), por considerarmos ser o que mais se aproxima com a proposta metodológica de compreender a práxis formativa e educativa do Movimento em suas várias determinações, contradições e totalidade dentro da luta de classes (THOMPSON, 1987; MARX & ENGELS, 1974). A pesquisa foi realizada com quatro sujeitos egressos dos cursos de graduação em Geografia e Licenciatura em Educação do Campo, realizados por meio de parceria entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual Paulistana Júlio de Mesquita Filho Campus Presidente Prudente (UNESP), e com duas lideranças de instâncias nacionais do MST. Nos resultados, consideramos que a materialização da organicidade interna desvendou que não importa o local que estejam estes sujeitos, eles possuem um jeito próprio para se inter-relacionar com outros sujeitos e com novos espaços. Neste sentido, concluímos a análise não com um ponto final, mas com inúmeras considerações em compreender a práxis formativa e educativa do MST, nos seus 30 anos e suas parcerias.
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Evidenciamos que a inserção dos sujeitos no MST proporciona traços identitários que os configuram como sujeitos coletivos onde quer que estejam inseridos, em todos os processos de aprendizagem (FREIRE, 1970, CASTELLS; 1999). Leva-se em conta que centralidade da formação no Movimento reside na luta pela terra, considerada por vários autores como 'lócus' gerador da Educação do Campo (KOLLING, 1999). Partindo da compreensão que a escolha metodológica necessita identificar-se com o ser pesquisador/a e o objeto da pesquisa, assim, fizemos a escolha pelo Materialismo Histórico Dialético (MHD), por considerarmos ser o que mais se aproxima com a proposta metodológica de compreender a práxis formativa e educativa do Movimento em suas várias determinações, contradições e totalidade dentro da luta de classes (THOMPSON, 1987; MARX & ENGELS, 1974). A pesquisa foi realizada com quatro sujeitos egressos dos cursos de graduação em Geografia e Licenciatura em Educação do Campo, realizados por meio de parceria entre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade Estadual Paulistana Júlio de Mesquita Filho Campus Presidente Prudente (UNESP), e com duas lideranças de instâncias nacionais do MST. Nos resultados, consideramos que a materialização da organicidade interna desvendou que não importa o local que estejam estes sujeitos, eles possuem um jeito próprio para se inter-relacionar com outros sujeitos e com novos espaços. Neste sentido, concluímos a análise não com um ponto final, mas com inúmeras considerações em compreender a práxis formativa e educativa do MST, nos seus 30 anos e suas parcerias.The present study had as objective investigates the course of the educational praxis of MST in their partnerships with two teaching institutions: UFMG and UNESP. We analyzed how the specificity of organizational and formative way of MST it is dialoguing with the formation developed in the university and how this process it echoes in the praxis of the Movement that looks for to reach the formation of the Organic Intellectual: Educators, Militants who works the capacitation since the Childhood Education, Basic Education, EJA (Portuguese acronym for youth and adult education), Medium and walking for Higher Education. We identified how the organizational dynamics enabled apprehend the being while educator and at the same time while militant. We evidenced that the insert of the subjects in MST provides identities traits that configure them as collective subjects wherever they are inserted, in all of the learning processes (FREIRE, 1970, CASTELLS; 1999). Once centrality of formation in the Movement lies in the struggle for land, considered by many authors as a 'locus' generator of the Field Education (KOLLING, 1999).Leaving of the understanding that the methodological choice needs to identify with researcher and the object of the research, like this, we made the choice by MHD, for we consider that it more approaches with the methodological proposal to understand the praxis formative and educational of the Movement in their several determinations, contradictions and totality inside of the fight of classes (THOMPSON, 1987; MARX & ENGELS, 1974). The research was accomplished with four subjects alumnus of the Degree courses, among the partnership with the Landless Rural Workers Movement (MST - acronym in Portuguese), the Federal University of Minas Gerais (UFMG) through the Course of Degree in Education of the Field, and the University State from São Paulo "Júlio de Mesquita Filho" Campus Presidente Prudente, (UNESP) through the Course of Geography and with two leaderships of the national instances of MST. In the results we considered that the materialization of the internal organicity revealed us that doesn't import the place that these people are. The same ones possess an own way to interrelate with other subjects and with new spaces. In this sense we concluded the analysis not with a final point, but with countless considerations in understanding the formative and educational praxis of MST, in their 30 years and their partnerships.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGTrabalhadores ruraisEnsino superiorProfessores FormaçãoEducação ruralMovimento dos Trabalhadores Rurais sem TerraTrabalhadores Rurais Sem TerraEducação SuperiorPráxis Formativa e EducativaMovimento dosEducação do CampoA práxis educativa do movimento dos trabalhadores rurais sem terra (MST): desafios e possibilidades no diálogo com instituições universitáriasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_completa_sonia_com_imagens_ok.pdfapplication/pdf27652364https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9UGH67/1/tese_completa_sonia_com_imagens_ok.pdfb7e409a375396909c528d54725ccdf38MD51TEXTtese_completa_sonia_com_imagens_ok.pdf.txttese_completa_sonia_com_imagens_ok.pdf.txtExtracted texttext/plain571336https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-9UGH67/2/tese_completa_sonia_com_imagens_ok.pdf.txta69cf8446e0a54897326807b9ddccee7MD521843/BUBD-9UGH672019-11-14 20:49:38.574oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUBD-9UGH67Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T23:49:38Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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