Avaliação dos níveis plasmáticos de VEGF em idosos com transtorno depressivo maior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lucelia Scarabeli Silva Barroso
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AQ3NWB
Resumo: O transtorno depressivo maior (TDM) é o principal transtorno psiquiátrico cuja causa é multifatorial. Em relação a população idosa, a prevalência do TDM é de 7%, sendo responsável por 1,6% da incapacitação desta faixa etária. O fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) é um dos fatores que têm sido correlacionados a etiologia e/ou desenvolvimento desta doença, porém aindasão limitadas as informações a respeito do seu papel no TDM principalmente, em relação à população idosa. O objetivo deste trabalho foi avaliar a concentração plasmática de VEGF em pacientes idosos com diagnóstico de TDM, associando-os com parâmetros clínicos. Os sujeitos foram recrutados no Ambulatório de Psicogeriatria do Instituto Jenny de Andrade Faria do Hospital das Clínicas da UFMG. Foram incluídos indivíduos idosos com TDM (n=39) e sem outros diagnósticos psiquiátricos e sem histórico ou evidência de demências. Indivíduos sem depressão foram utilizados como controles (n=31). Todos os sujeitos foram avaliados clinicamente por psiquiatras e neuropsicólogos com o auxílio da ferramenta MINI-Plus. Para avaliação da gravidade dos sintomas depressivos utilizou-se a HDRS-21. Foram coletados também dados demográficos, presença de comorbidades clínicas e os medicamentos utilizados pelos participantes. O plasma foi obtido a partir de sangue total colhido em tubo com EDTA e armazenado a -80°C até as análises. O VEGF plasmático foi dosado por imunoensaio (tecnologia Luminex® - Merck- Millipore®). Os resultados mostraram que os níveis plasmáticos de VEGF estão diminuídos nos idosos com TDM (Grupo Depressão) em relação aos idosos controles (Grupo Controle). Quando estratificamos em depressão leve, com o início tardio e com episódio único, demonstrou-se que esses idosos apresentam níveis reduzidos de VEGF. Análises de correlação foram realizadas e encontramos uma correlação negativa entre os níveis de VEGF na depressão de início precoce com sintomas depressivos leves. Concluiu-se, assim, que o VEGF é um possível marcador em potencial para o início do estabelecimento do TDM, principalmente em idosos. Nossos resultados também reforçam a relevância de alterações vasculares na depressão geriátrica com a redução dos níveis de VEGF nos idosos com TDM de início tardio, podendo esse fator de crescimento ser o elo entre essas duas situações.
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Os sujeitos foram recrutados no Ambulatório de Psicogeriatria do Instituto Jenny de Andrade Faria do Hospital das Clínicas da UFMG. Foram incluídos indivíduos idosos com TDM (n=39) e sem outros diagnósticos psiquiátricos e sem histórico ou evidência de demências. Indivíduos sem depressão foram utilizados como controles (n=31). Todos os sujeitos foram avaliados clinicamente por psiquiatras e neuropsicólogos com o auxílio da ferramenta MINI-Plus. Para avaliação da gravidade dos sintomas depressivos utilizou-se a HDRS-21. Foram coletados também dados demográficos, presença de comorbidades clínicas e os medicamentos utilizados pelos participantes. O plasma foi obtido a partir de sangue total colhido em tubo com EDTA e armazenado a -80°C até as análises. O VEGF plasmático foi dosado por imunoensaio (tecnologia Luminex® - Merck- Millipore®). Os resultados mostraram que os níveis plasmáticos de VEGF estão diminuídos nos idosos com TDM (Grupo Depressão) em relação aos idosos controles (Grupo Controle). Quando estratificamos em depressão leve, com o início tardio e com episódio único, demonstrou-se que esses idosos apresentam níveis reduzidos de VEGF. Análises de correlação foram realizadas e encontramos uma correlação negativa entre os níveis de VEGF na depressão de início precoce com sintomas depressivos leves. Concluiu-se, assim, que o VEGF é um possível marcador em potencial para o início do estabelecimento do TDM, principalmente em idosos. Nossos resultados também reforçam a relevância de alterações vasculares na depressão geriátrica com a redução dos níveis de VEGF nos idosos com TDM de início tardio, podendo esse fator de crescimento ser o elo entre essas duas situações.Major depressive disorder (MDD) is the leading psychiatric and multifactorial disorder. In relation to the elderly population, the prevalence of MDD is 7%, accounting for 1.6% of disability in this age group. Vascular endothelial growth factor (VEGF) is one of the factors that have been correlated with the etiology and / or development of this disease, but the information about its role in MDD is still limited, mainly in relation to the elderly population. The objective of this study was to evaluate the VEGF plasma concentration in elderly patients diagnosed with MDD, associating them with clinical parameters. The subjects were recruitedat the Psychogeriatric Outpatient Clinic of the Jenny de Andrade Faria Institute, Hospital das Clínicas, UFMG. We included elderly individuals with MDD (n = 39) and without other psychiatric diagnoses, and without history or evidence of dementias. Subjects without depression were used as controls (n = 31). All subjects were clinically evaluated by psychiatrists and neuropsychologists with the help of the MINI-Plus tool. HDRS-21 was used to assess the severity of depressive symptoms. Demographic data, the presence of clinical comorbidities and the medications used by the participants were also collected. Plasma was obtained from whole blood collected in EDTA tube and stored at -80 ° C until analysis. Plasma VEGF was measured by immunoassay (Luminex® technology - Merck-Millipore®). The results showed that plasma levels of VEGF aredecreased in the elderly with TDM (Depression Group) in relation to the elderly controls (Control Group). Our results showed that when stratified into mild depression, late onset and single episode, these elderly individuals have been shown decreased levels of VEGF. Correlation analyzes were performed and we found a negative correlation between VEGF levels in early-onset depression with mild depressive symptoms. We concluded, therefore, that VEGF is a potential marker for the onset of TDM, especially in the elderly. Our results also reinforce the relevance of vascular changes in geriatric depression with the reduction of VEGF levels in the elderly with late-onset MDD, and this growth factor may bethe link between these two situations.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGIdosoVolume plasmáticoMedicinaTranstorno depressivo maiorFator A de crescimento do endotélio vascularMedicina MolecularAvaliação dos níveis plasmáticos de VEGF em idosos com transtorno depressivo maiorinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdissert_impressao_lucelia_finall.pdfapplication/pdf997189https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AQ3NWB/1/dissert_impressao_lucelia_finall.pdf9b190788cc6aeb784b106d5012ac2cf3MD51TEXTdissert_impressao_lucelia_finall.pdf.txtdissert_impressao_lucelia_finall.pdf.txtExtracted texttext/plain119900https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-AQ3NWB/2/dissert_impressao_lucelia_finall.pdf.txtfc7c78d7a7ffe56db11a99eaee7969f7MD521843/BUOS-AQ3NWB2020-01-29 18:20:34.154oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-AQ3NWBRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-01-29T21:20:34Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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