Diferenciais de mortalidade por causas externas na regional Centro Sul de Belo Horizonte, Minas Gerais, 1992 a 1996

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Lenice de Castro Mendes Villela
Data de Publicação: 1999
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8QEMX2
Resumo: Este estudo teve como principal objetivo determinar o perfil da mortalidade por causas externas dos residentes em bairros e favelas, na área de abrangência do Distrito Sanitário Centro Sul de Belo Horizonte, no período de 1992 a 1996. Utilizou-se as declarações de óbitos classificadas como causas externas segundo a Classificação Internacional de Doenças, nona e décima revisão (CID 9 e 10). Foram identificados diferentes níveis de saúde da referida população. Os residentes nos bairros apresentaram níveis de saúde comparáveis com o dos países desenvolvidos (nível IV), enquanto os residentes nas favelas com o dos países subdesenvolvidos (nível II). A mortalidade por causas externas manteve-se estável, tanto nos bairros como nas favelas. A relação óbitos por causas externas / óbitos totais foi de 1 para 14,7 nos bairros e 1 para 6,2 nas favelas. As faixas etárias mais atingidas concentram-se entre os 10 a 39 anos, abrangendo os adolescentes, jovens e adultos em idade produtiva, com predominância no sexo masculino. Os acidentes de transportes nos bairros representaram percentuais de 43,0% dos óbitos por causas externas, preferencialmente no sexo masculino, na faixa etária de 10 a 39 anos e 70 a 79 anos. Os homicídios representam nas favelas, 52,0% dos óbitos por causas externas, principalmente no sexo masculino e na faixa etária de 10 a 39 anos. Outros grupos, como suicídios, as quedas acidentais e lesões cuja intenção é indeterminada, apresentam incidências menores. A necessidade de prevenção das causas externas e redução dos anos potenciais de vida perdidos, na região, deve ser cogitada pela adoção de modelos diferenciados para os dois ambientes.
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