Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil.
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/SAGF-8HTN7B |
Resumo: | No presente trabalho foi estudado a reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 pelo Toxoplasma gondii. Para determinar se o genótipo das cepas pode modificar o padrão de proteção, a primo infecção e o desafio foram realizados utilizando diferentes cepas recombinantes tipo I-III de T. gondii. Os camundongos foram primo infectados com a cepa D8, não virulenta, e desafiados após 45 ou 180 dias da primo infecção com as cepas EGS, CH3 e N, recombinantes tipo I-III. Após trinta dias do desafio, os cistos cerebrais obtidos dos camundongos sobreviventes foram inoculados em camundongos BALB/c ou C57BL/6 para a realização do bioensaio e em camundongos swiss para induzir uma infecção aguda e replicação dos taquizoítos que foram obtidos pela lavagem do peritônio. As amostras de DNA purificadas dos taquizoítos foram submetidas à PCR-RFLP utilizando os marcadores cS10-A6 e L363 para distinguir diferentes cepas de T. gondii em possíveis coinfecções. A resposta imune anti-T. gondii foi avaliada por meio da dosagem de IFN- e IL-10 em sobrenadantes de culturas de esplenócitos obtidos de camundongos BALB/c e C57BL/6, 45 e 180 dias após a primo infecção e estimulados in vitro com antígeno de T. gondii. No plasma destes animais foram dosados os níveis de IgG total, IgG1, IgG2a, IgM e IgA. A PCR-RFLP demonstrou que 45 dias após a primo infecção com a cepa D8 a reinfecção ocorreu em camundongos BALB/c desafiados com as cepas EGS e N ou EGS, CH3 e N aos 180 dias da primo infecção. Os camundongos C57BL/6 se reinfectaram com as cepas EGS, CH3 e N aos 45 e 180 dias após a primo infecção. Em camundongos BALB/c foram detectados altos níveis de IFN- após a infecção com D8, sem diferença significativa entre 45 e 180 dias. Entretanto, foram observados níveis significativamente maiores de IL-10 na cultura de esplenócitos e de IgG1 e IgA plasmáticos quando foram testadas as amostras obtidas aos 180 dias de infecção. Os níveis de IFN- após infecção com D8 foram mais baixos em camundongos C57BL/6 que em camundongos BALB/c. Em camundongos C57BL/6 foram observados níveis plasmáticos maiores de IgG1 e IgG2a quando testadas as amostras obtidas aos 180 dias da primo infecção em comparação às amostras obtidas aos 45 dias. Em conclusão, camundongos BALB/c e C57BL/6 são susceptíveis a reinfecção com diferentes cepas de T. gondii e a susceptibilidade de camundongos BALB/c se correlaciona com o aumento da produção de IL-10. Foi demonstrado que a reinfecção pelo T. gondii depende da linhagem de camundongo, do tempo de infecção e do genótipo da cepa utilizada no desafio. |
id |
UFMG_fa62c50f3db514eddc3d6b2835bd7f2f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/SAGF-8HTN7B |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Ricardo Wagner de Almeida VitorMaria Regina Reis AmendoeiraRossiane Claudia VommaroErika Martins BragaMucio Flavio Barbosa RibeiroGeane Peroni Brandao2019-08-11T09:34:08Z2019-08-11T09:34:08Z2008-08-22http://hdl.handle.net/1843/SAGF-8HTN7BNo presente trabalho foi estudado a reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 pelo Toxoplasma gondii. Para determinar se o genótipo das cepas pode modificar o padrão de proteção, a primo infecção e o desafio foram realizados utilizando diferentes cepas recombinantes tipo I-III de T. gondii. Os camundongos foram primo infectados com a cepa D8, não virulenta, e desafiados após 45 ou 180 dias da primo infecção com as cepas EGS, CH3 e N, recombinantes tipo I-III. Após trinta dias do desafio, os cistos cerebrais obtidos dos camundongos sobreviventes foram inoculados em camundongos BALB/c ou C57BL/6 para a realização do bioensaio e em camundongos swiss para induzir uma infecção aguda e replicação dos taquizoítos que foram obtidos pela lavagem do peritônio. As amostras de DNA purificadas dos taquizoítos foram submetidas à PCR-RFLP utilizando os marcadores cS10-A6 e L363 para distinguir diferentes cepas de T. gondii em possíveis coinfecções. A resposta imune anti-T. gondii foi avaliada por meio da dosagem de IFN- e IL-10 em sobrenadantes de culturas de esplenócitos obtidos de camundongos BALB/c e C57BL/6, 45 e 180 dias após a primo infecção e estimulados in vitro com antígeno de T. gondii. No plasma destes animais foram dosados os níveis de IgG total, IgG1, IgG2a, IgM e IgA. A PCR-RFLP demonstrou que 45 dias após a primo infecção com a cepa D8 a reinfecção ocorreu em camundongos BALB/c desafiados com as cepas EGS e N ou EGS, CH3 e N aos 180 dias da primo infecção. Os camundongos C57BL/6 se reinfectaram com as cepas EGS, CH3 e N aos 45 e 180 dias após a primo infecção. Em camundongos BALB/c foram detectados altos níveis de IFN- após a infecção com D8, sem diferença significativa entre 45 e 180 dias. Entretanto, foram observados níveis significativamente maiores de IL-10 na cultura de esplenócitos e de IgG1 e IgA plasmáticos quando foram testadas as amostras obtidas aos 180 dias de infecção. Os níveis de IFN- após infecção com D8 foram mais baixos em camundongos C57BL/6 que em camundongos BALB/c. Em camundongos C57BL/6 foram observados níveis plasmáticos maiores de IgG1 e IgG2a quando testadas as amostras obtidas aos 180 dias da primo infecção em comparação às amostras obtidas aos 45 dias. Em conclusão, camundongos BALB/c e C57BL/6 são susceptíveis a reinfecção com diferentes cepas de T. gondii e a susceptibilidade de camundongos BALB/c se correlaciona com o aumento da produção de IL-10. Foi demonstrado que a reinfecção pelo T. gondii depende da linhagem de camundongo, do tempo de infecção e do genótipo da cepa utilizada no desafio.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaToxoplasma gondii InfecçãoCepas recombinantescepas recombinantestoxoplasmose experimentalreinfecçãoAvaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_geane.pdfapplication/pdf6981151https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SAGF-8HTN7B/1/tese_geane.pdf7e309fb8fb5f36a95e901fca4c5d6abeMD51TEXTtese_geane.pdf.txttese_geane.pdf.txtExtracted texttext/plain240224https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SAGF-8HTN7B/2/tese_geane.pdf.txt5758e0e5df84c571b265aa852c3db9baMD521843/SAGF-8HTN7B2019-11-14 05:03:24.735oai:repositorio.ufmg.br:1843/SAGF-8HTN7BRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T08:03:24Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
title |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
spellingShingle |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. Geane Peroni Brandao cepas recombinantes toxoplasmose experimental reinfecção Parasitologia Toxoplasma gondii Infecção Cepas recombinantes |
title_short |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
title_full |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
title_fullStr |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
title_full_unstemmed |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
title_sort |
Avaliação da reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 com cepas de Toxoplasma gondii isoladas no Brasil. |
author |
Geane Peroni Brandao |
author_facet |
Geane Peroni Brandao |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Ricardo Wagner de Almeida Vitor |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Maria Regina Reis Amendoeira |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Rossiane Claudia Vommaro |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Erika Martins Braga |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Mucio Flavio Barbosa Ribeiro |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Geane Peroni Brandao |
contributor_str_mv |
Ricardo Wagner de Almeida Vitor Maria Regina Reis Amendoeira Rossiane Claudia Vommaro Erika Martins Braga Mucio Flavio Barbosa Ribeiro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
cepas recombinantes toxoplasmose experimental reinfecção |
topic |
cepas recombinantes toxoplasmose experimental reinfecção Parasitologia Toxoplasma gondii Infecção Cepas recombinantes |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Parasitologia Toxoplasma gondii Infecção Cepas recombinantes |
description |
No presente trabalho foi estudado a reinfecção de camundongos BALB/c e C57BL/6 pelo Toxoplasma gondii. Para determinar se o genótipo das cepas pode modificar o padrão de proteção, a primo infecção e o desafio foram realizados utilizando diferentes cepas recombinantes tipo I-III de T. gondii. Os camundongos foram primo infectados com a cepa D8, não virulenta, e desafiados após 45 ou 180 dias da primo infecção com as cepas EGS, CH3 e N, recombinantes tipo I-III. Após trinta dias do desafio, os cistos cerebrais obtidos dos camundongos sobreviventes foram inoculados em camundongos BALB/c ou C57BL/6 para a realização do bioensaio e em camundongos swiss para induzir uma infecção aguda e replicação dos taquizoítos que foram obtidos pela lavagem do peritônio. As amostras de DNA purificadas dos taquizoítos foram submetidas à PCR-RFLP utilizando os marcadores cS10-A6 e L363 para distinguir diferentes cepas de T. gondii em possíveis coinfecções. A resposta imune anti-T. gondii foi avaliada por meio da dosagem de IFN- e IL-10 em sobrenadantes de culturas de esplenócitos obtidos de camundongos BALB/c e C57BL/6, 45 e 180 dias após a primo infecção e estimulados in vitro com antígeno de T. gondii. No plasma destes animais foram dosados os níveis de IgG total, IgG1, IgG2a, IgM e IgA. A PCR-RFLP demonstrou que 45 dias após a primo infecção com a cepa D8 a reinfecção ocorreu em camundongos BALB/c desafiados com as cepas EGS e N ou EGS, CH3 e N aos 180 dias da primo infecção. Os camundongos C57BL/6 se reinfectaram com as cepas EGS, CH3 e N aos 45 e 180 dias após a primo infecção. Em camundongos BALB/c foram detectados altos níveis de IFN- após a infecção com D8, sem diferença significativa entre 45 e 180 dias. Entretanto, foram observados níveis significativamente maiores de IL-10 na cultura de esplenócitos e de IgG1 e IgA plasmáticos quando foram testadas as amostras obtidas aos 180 dias de infecção. Os níveis de IFN- após infecção com D8 foram mais baixos em camundongos C57BL/6 que em camundongos BALB/c. Em camundongos C57BL/6 foram observados níveis plasmáticos maiores de IgG1 e IgG2a quando testadas as amostras obtidas aos 180 dias da primo infecção em comparação às amostras obtidas aos 45 dias. Em conclusão, camundongos BALB/c e C57BL/6 são susceptíveis a reinfecção com diferentes cepas de T. gondii e a susceptibilidade de camundongos BALB/c se correlaciona com o aumento da produção de IL-10. Foi demonstrado que a reinfecção pelo T. gondii depende da linhagem de camundongo, do tempo de infecção e do genótipo da cepa utilizada no desafio. |
publishDate |
2008 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2008-08-22 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2019-08-11T09:34:08Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2019-08-11T09:34:08Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/SAGF-8HTN7B |
url |
http://hdl.handle.net/1843/SAGF-8HTN7B |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SAGF-8HTN7B/1/tese_geane.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/SAGF-8HTN7B/2/tese_geane.pdf.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
7e309fb8fb5f36a95e901fca4c5d6abe 5758e0e5df84c571b265aa852c3db9ba |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589277801512960 |