Análise da cobrança por serviços de limpeza pública: exemplos internacionais e o caso de Belo Horizonte
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/RAOA-BELRK3 |
Resumo: | Devido a um aumento da complexidade e dos custos da prestação de serviços de limpeza urbana, municípios brasileiros, com respaldo nas Leis 11.445/2007 e 12.305/2010, têm buscado cobrar pelo gerenciamento de resíduos sólidos urbanos, com fins de equacionar financeiramente as contas públicas. Entretanto, eles vêm encontrando dificuldades na elaboração desta cobrança, muitas vezes sofrendo questionamentos por parte da população e do poder judiciário, chegando até mesmo a serem revogadas por não obedecer aos critérios legais e técnicos exigidos, além de serem construídos sem transparência e justiça para com os usuários. Sabendo que uma cobrança que seja justa e inclusiva contribui para gestão de resíduos sólidos ambientalmente eficiente, este trabalho teve como objetivo estudar as diversas formas de cobrança e propor elementos que subsidiem uma nova forma de cobrança para a cidade de Belo Horizonte, utilizando de revisão bibliográfica, entrevistas e obtenção e análise de dados governamentais. Foi constatado que países desenvolvidos utilizam o sistema proporcional de cobrança (PAYT), sob formas distintas, enquanto os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, ainda estão em fase de implementar a cobrança, fazendo isto através de taxa fixa. A cobrança em Belo Horizonte, feita por taxa fixa utilizando unicamente o parâmetro de frequência de coleta, consegue atingir uma autossuficiência financeira de apenas 60%, e da forma que é realizada não comtempla os princípios do poluidor-pagador e responsabilidade compartilhada. Como propostas de alteração, foram sugeridas a divisão da taxa entre uma parcela fixa e uma variável, com inclusão dos parâmetros consumo de água e energia, área construída e uso do imóvel, além da alteração do veículo de cobrança do boleto de IPTU para o de água ou energia. Dessa forma, espera-se que a nova cobrança seja mais justa, em maior concordância com o princípio do poluidor-pagador, além de aumentar a arrecadação sem que haja reajuste do valor da taxa. Os esquemas PAYT de peso, contenedor e frequência foram considerados inviáveis para Belo Horizonte, porém para o futuro recomenda-se a cobrança feita pelo método de sacos/adesivos, por ser o método PAYT mais simples, barato e que traz bons resultados. |
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Raphael Tobias de Vasconcelos BarrosLisete Celina LangeAline Souza MagalhaesJosé Francisco do Prado FilhoBruno Ribas Alzamora2019-08-12T05:57:07Z2019-08-12T05:57:07Z2019-03-07http://hdl.handle.net/1843/RAOA-BELRK3Devido a um aumento da complexidade e dos custos da prestação de serviços de limpeza urbana, municípios brasileiros, com respaldo nas Leis 11.445/2007 e 12.305/2010, têm buscado cobrar pelo gerenciamento de resíduos sólidos urbanos, com fins de equacionar financeiramente as contas públicas. Entretanto, eles vêm encontrando dificuldades na elaboração desta cobrança, muitas vezes sofrendo questionamentos por parte da população e do poder judiciário, chegando até mesmo a serem revogadas por não obedecer aos critérios legais e técnicos exigidos, além de serem construídos sem transparência e justiça para com os usuários. Sabendo que uma cobrança que seja justa e inclusiva contribui para gestão de resíduos sólidos ambientalmente eficiente, este trabalho teve como objetivo estudar as diversas formas de cobrança e propor elementos que subsidiem uma nova forma de cobrança para a cidade de Belo Horizonte, utilizando de revisão bibliográfica, entrevistas e obtenção e análise de dados governamentais. Foi constatado que países desenvolvidos utilizam o sistema proporcional de cobrança (PAYT), sob formas distintas, enquanto os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil, ainda estão em fase de implementar a cobrança, fazendo isto através de taxa fixa. A cobrança em Belo Horizonte, feita por taxa fixa utilizando unicamente o parâmetro de frequência de coleta, consegue atingir uma autossuficiência financeira de apenas 60%, e da forma que é realizada não comtempla os princípios do poluidor-pagador e responsabilidade compartilhada. Como propostas de alteração, foram sugeridas a divisão da taxa entre uma parcela fixa e uma variável, com inclusão dos parâmetros consumo de água e energia, área construída e uso do imóvel, além da alteração do veículo de cobrança do boleto de IPTU para o de água ou energia. Dessa forma, espera-se que a nova cobrança seja mais justa, em maior concordância com o princípio do poluidor-pagador, além de aumentar a arrecadação sem que haja reajuste do valor da taxa. Os esquemas PAYT de peso, contenedor e frequência foram considerados inviáveis para Belo Horizonte, porém para o futuro recomenda-se a cobrança feita pelo método de sacos/adesivos, por ser o método PAYT mais simples, barato e que traz bons resultados.There has been an increase in the complexity and costs of providing urban waste management services. Thereby, with the backup of the laws 11.445/2007 and 12.305/2010, Brazilian municipalities have been attempting to charge for the services provision, in order to financially equalize the public budgets. However, they have been encountering difficulties in elaborating such charges, that are often being questioned by the citizens and the judiciary, many times being revoked for not satisfying the technical and legal criteria. Knowing that a fair and inclusive charging contributes to an environmentally efficient waste management, this study had the objective to study the many forms of charging and to propose elements that subside a new charging for the city of Belo Horizonte, Brazil, utilizing literature review, interviews, an analysis of governmental data. It was observed that the developed countries utilize the variable charging (PAYT), under its distinct forms, while the developing countries, including Brazil, are still trying to implement the charging, and are doing this through flat rates. The charging in Belo Horizonte, done by flat rate utilizing solely frequency of collection as a parameter, manages to reach a financial self-sufficiency o only 60%, and the ways it´s done does not contemplate the polluter pays and shared responsibility principles. As alterations proposals, it were suggested the tax division into a fix and variable rate, and the inclusion of the parameters water and electric energy consumption, constructed area and property use, besides the alteration of the charging vehicle, from the property tax bill to the water or energy bill. Thus, it is expected the new rate to be fairer, in a stronger harmony with the polluter pays principle, besides raising the income without the need to raise the tax prices. The PAYT schemes by weight, frequency and container were considered not feasible for Belo Horizonte, but in the future a charge made through the bag/sticker method is recommendable, for it´s the simplest and cheapest PAYT method, capable of bringing good results.Universidade Federal de Minas GeraisUFMGEngenharia sanitáriaResíduos sólidos AdministraçãoSaneamentoBelo Horizonte (MG)Formas de cobrançaGestão sustentável de resíduos sólidosPAYTBelo HorizonteAnálise da cobrança por serviços de limpeza pública: exemplos internacionais e o caso de Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALdisserta__o_mestrado_bruno_ribas_final.pdfapplication/pdf4163179https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RAOA-BELRK3/1/disserta__o_mestrado_bruno_ribas_final.pdfc5b579947b32a9e9826c4c3cc09242c6MD51TEXTdisserta__o_mestrado_bruno_ribas_final.pdf.txtdisserta__o_mestrado_bruno_ribas_final.pdf.txtExtracted texttext/plain341550https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/RAOA-BELRK3/2/disserta__o_mestrado_bruno_ribas_final.pdf.txt2c55b3878c5a226f076c88dbad86c313MD521843/RAOA-BELRK32019-11-14 09:46:31.757oai:repositorio.ufmg.br:1843/RAOA-BELRK3Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T12:46:31Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
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