A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMG |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/1843/43057 https://orcid.org/0000-0003-1166-3646 |
Resumo: | Esta pesquisa busca analisar a emergência do cartaz de manifesto nas Jornadas de Junho nos diferentes ambientes como exercício estético-político de autoexpressão e de escrita insurgente alternativa às mídias tradicionais, como agente articulador de visibilidade, constituindo assim o caráter político, didático e transformador do próprio acontecimento. Inspirados nas coleções e nas constelações construímos um corpus de pesquisa que nos ajudou a contar o que ocorreu em junho de 2013. A partir de cartazes de manifesto e de outras narrativas sobre as Jornadas de Junho (jornalísticas, científicas e artísticas) esboçamos as complexas relações sociais e políticas daquele momento histórico. Para nos iluminar em nossas análises convocamos autores como Rancière, Didi-Huberman, Deleuze, Brecht, Bakhtin, Butler, entre outros. Os cartazes foram analisados em sua performance junto aos corpos dos manifestantes e nos ambientes por onde apareceram, sendo moldado e moldando esses ambientes na passagem de um para o outro. Para o desenvolvimento deste estudo, no exercício da construção de coleções/constelações, buscou-se organizar e examinar os cartazes/imagens desta tese como prática criativa de comunicação em um determinado contexto e ambientes em que tais conteúdos foram criados. Nosso modelo metodológico analisou não só o conjunto de imagens e cartazes por nós colecionados, mas diferentes conjuntos de dados que ajudaram a compreender o acontecimento. As diferentes fontes de dados não foram tratadas como campos isolados. Em vez disso, nosso modelo mostrou como os diferentes dados se relacionaram e se complementaram, dando uma visão mais complexa e emaranhada dos acontecimentos. O cartaz foi um “dispositivo” de insurgência que interrompeu a máquina consensual em seu modo habitual de produzir sentido e legibilidade para os acontecimentos. Permitiu que a escrita se tornasse parte da performance e do gesto político que redesenhou os percursos urbanos e as experimentações individuais. Possibilitou aos sujeitos experimentarem e expressarem suas subjetividades. Com isso compreendemos que não se tratou apenas de elaborar entendimentos sobre a própria participação/exposição nos protestos, mas de fabular uma outra experiência, de inventar outro vocabulário, apresentando novos termos, novos enunciados que se contrapusessem àqueles já legitimados. |
id |
UFMG_ffab881b7aec2c0d6cf902bd239a0940 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/43057 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Ângela Cristina Salgueiro Marqueshttp://lattes.cnpq.br/5038152185134297Bruno Guimarães MartinsElton AntunesEduardo Antônio de JesusJorge Luiz Cunha Cardoso FilhoMárcio Souza GonçalvesRicardo Lessa Filhohttp://lattes.cnpq.br/7357500688517011Rubens Rangel Silva2022-07-08T10:57:05Z2022-07-08T10:57:05Z2021-12-13http://hdl.handle.net/1843/43057https://orcid.org/0000-0003-1166-3646Esta pesquisa busca analisar a emergência do cartaz de manifesto nas Jornadas de Junho nos diferentes ambientes como exercício estético-político de autoexpressão e de escrita insurgente alternativa às mídias tradicionais, como agente articulador de visibilidade, constituindo assim o caráter político, didático e transformador do próprio acontecimento. Inspirados nas coleções e nas constelações construímos um corpus de pesquisa que nos ajudou a contar o que ocorreu em junho de 2013. A partir de cartazes de manifesto e de outras narrativas sobre as Jornadas de Junho (jornalísticas, científicas e artísticas) esboçamos as complexas relações sociais e políticas daquele momento histórico. Para nos iluminar em nossas análises convocamos autores como Rancière, Didi-Huberman, Deleuze, Brecht, Bakhtin, Butler, entre outros. Os cartazes foram analisados em sua performance junto aos corpos dos manifestantes e nos ambientes por onde apareceram, sendo moldado e moldando esses ambientes na passagem de um para o outro. Para o desenvolvimento deste estudo, no exercício da construção de coleções/constelações, buscou-se organizar e examinar os cartazes/imagens desta tese como prática criativa de comunicação em um determinado contexto e ambientes em que tais conteúdos foram criados. Nosso modelo metodológico analisou não só o conjunto de imagens e cartazes por nós colecionados, mas diferentes conjuntos de dados que ajudaram a compreender o acontecimento. As diferentes fontes de dados não foram tratadas como campos isolados. Em vez disso, nosso modelo mostrou como os diferentes dados se relacionaram e se complementaram, dando uma visão mais complexa e emaranhada dos acontecimentos. O cartaz foi um “dispositivo” de insurgência que interrompeu a máquina consensual em seu modo habitual de produzir sentido e legibilidade para os acontecimentos. Permitiu que a escrita se tornasse parte da performance e do gesto político que redesenhou os percursos urbanos e as experimentações individuais. Possibilitou aos sujeitos experimentarem e expressarem suas subjetividades. Com isso compreendemos que não se tratou apenas de elaborar entendimentos sobre a própria participação/exposição nos protestos, mas de fabular uma outra experiência, de inventar outro vocabulário, apresentando novos termos, novos enunciados que se contrapusessem àqueles já legitimados.This research seeks to analyze the emergence of the poster in the June Journeys in different environments as an aesthetic-political exercise of self-expression and insurgent writing as an alternative to traditional media, as an articulating agent of visibility, thus constituting the political, didactic and transforming character of the event itself. Inspired by the collections and constellations, we built a research corpus that helped us to tell what happened in june 2013. From manifesto posters and other narratives about the June Journeys (journalistic, scientific and artistic) we sketched the complex relationships social and political aspects of that historical moment. To enlighten us in our analyses, we call on authors such as Rancière, Didi-Huberman, Deleuze, Brecht, Bakhtin, Butler, among others. The posters were analyzed in their performance next to the bodies of the demonstrators and in the environments where they appeared, being molded and molding these environments in the passage from one to the other. For the development of this study, in the exercise of building collections/constellations, we sought to organize and examine the posters/images of this thesis as a creative practice of communication in a given context and environments in which such contents were created. Our methodological model analyzed not only the set of images and posters we collected, but different sets of data that helped to understand the event. Different data sources were not treated as isolated fields. Instead, our model showed how different data related and complemented each other, giving a more complex and tangled view of events. The poster was a “device” of insurgency that interrupted the consensual machine in its usual way of producing meaning and legibility for the events. It allowed writing to become part of the performance and political gesture that redesigned urban paths and individual experiments. It allowed the subjects to experience and express their subjectivities. With this, we understand that it was not just a matter of elaborating understandings about the participation/exhibition in the protests, but of creating another experience, of inventing another vocabulary, presenting new terms, new statements that would oppose those already legitimized.FAPEMIG - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas GeraisCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Comunicação SocialUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIALhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessCartaz de manifestoJornadas de JunhoEstética e políticaEscrita insurgenteA emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protestoThe emergence of the poster in Jornadas de Junho : politics and insurgencies of writing and image in the context of protestinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALA-emergencia-do-cartaz-nas-jornadas-de-junho_Rubens-Rangel-Silva.pdfA-emergencia-do-cartaz-nas-jornadas-de-junho_Rubens-Rangel-Silva.pdfA emergência do cartaz nas Jornadas de Junhoapplication/pdf33252809https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43057/7/A-emergencia-do-cartaz-nas-jornadas-de-junho_Rubens-Rangel-Silva.pdf0247619fdc2a5a3426ccf788fc7f66e0MD57CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43057/8/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD58LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43057/9/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD591843/430572022-07-08 07:57:05.912oai:repositorio.ufmg.br:1843/43057TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-07-08T10:57:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
The emergence of the poster in Jornadas de Junho : politics and insurgencies of writing and image in the context of protest |
title |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
spellingShingle |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto Rubens Rangel Silva Cartaz de manifesto Jornadas de Junho Estética e política Escrita insurgente |
title_short |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
title_full |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
title_fullStr |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
title_full_unstemmed |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
title_sort |
A emergência do cartaz nas Jornadas de Junho: políticas e insurgências da escrita e da imagem em contexto de protesto |
author |
Rubens Rangel Silva |
author_facet |
Rubens Rangel Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Ângela Cristina Salgueiro Marques |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5038152185134297 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Bruno Guimarães Martins |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Elton Antunes |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Eduardo Antônio de Jesus |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Jorge Luiz Cunha Cardoso Filho |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Márcio Souza Gonçalves |
dc.contributor.referee5.fl_str_mv |
Ricardo Lessa Filho |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7357500688517011 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Rubens Rangel Silva |
contributor_str_mv |
Ângela Cristina Salgueiro Marques Bruno Guimarães Martins Elton Antunes Eduardo Antônio de Jesus Jorge Luiz Cunha Cardoso Filho Márcio Souza Gonçalves Ricardo Lessa Filho |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cartaz de manifesto Jornadas de Junho Estética e política Escrita insurgente |
topic |
Cartaz de manifesto Jornadas de Junho Estética e política Escrita insurgente |
description |
Esta pesquisa busca analisar a emergência do cartaz de manifesto nas Jornadas de Junho nos diferentes ambientes como exercício estético-político de autoexpressão e de escrita insurgente alternativa às mídias tradicionais, como agente articulador de visibilidade, constituindo assim o caráter político, didático e transformador do próprio acontecimento. Inspirados nas coleções e nas constelações construímos um corpus de pesquisa que nos ajudou a contar o que ocorreu em junho de 2013. A partir de cartazes de manifesto e de outras narrativas sobre as Jornadas de Junho (jornalísticas, científicas e artísticas) esboçamos as complexas relações sociais e políticas daquele momento histórico. Para nos iluminar em nossas análises convocamos autores como Rancière, Didi-Huberman, Deleuze, Brecht, Bakhtin, Butler, entre outros. Os cartazes foram analisados em sua performance junto aos corpos dos manifestantes e nos ambientes por onde apareceram, sendo moldado e moldando esses ambientes na passagem de um para o outro. Para o desenvolvimento deste estudo, no exercício da construção de coleções/constelações, buscou-se organizar e examinar os cartazes/imagens desta tese como prática criativa de comunicação em um determinado contexto e ambientes em que tais conteúdos foram criados. Nosso modelo metodológico analisou não só o conjunto de imagens e cartazes por nós colecionados, mas diferentes conjuntos de dados que ajudaram a compreender o acontecimento. As diferentes fontes de dados não foram tratadas como campos isolados. Em vez disso, nosso modelo mostrou como os diferentes dados se relacionaram e se complementaram, dando uma visão mais complexa e emaranhada dos acontecimentos. O cartaz foi um “dispositivo” de insurgência que interrompeu a máquina consensual em seu modo habitual de produzir sentido e legibilidade para os acontecimentos. Permitiu que a escrita se tornasse parte da performance e do gesto político que redesenhou os percursos urbanos e as experimentações individuais. Possibilitou aos sujeitos experimentarem e expressarem suas subjetividades. Com isso compreendemos que não se tratou apenas de elaborar entendimentos sobre a própria participação/exposição nos protestos, mas de fabular uma outra experiência, de inventar outro vocabulário, apresentando novos termos, novos enunciados que se contrapusessem àqueles já legitimados. |
publishDate |
2021 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2021-12-13 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2022-07-08T10:57:05Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2022-07-08T10:57:05Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/43057 |
dc.identifier.orcid.pt_BR.fl_str_mv |
https://orcid.org/0000-0003-1166-3646 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/43057 https://orcid.org/0000-0003-1166-3646 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43057/7/A-emergencia-do-cartaz-nas-jornadas-de-junho_Rubens-Rangel-Silva.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43057/8/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/43057/9/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0247619fdc2a5a3426ccf788fc7f66e0 cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1803589415053819904 |