Estudo clínico e histopatológico dos efeitos da radiação ionizante com dose subletal em camundongos

• Autor(a) principal: Igor de Campos Fontes
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/64962
• topic: Modelo experimental; Síndrome Aguda da Radiação; Radiação; Radiação ionizante; Patologia; Radiação Ionizante; Síndrome Aguda da Radiação; Modelos Animais

A radiação ionizante tem sido utilizada em vários tratamentos de doenças, principalmente na área oncológica, mostrando-se uma interessante ferramenta junto a quimioterapia para a cura ou tratamento paliativo de pacientes. Por outro lado, a radiação pode ser utilizada também como uma arma de destruição em massa, que gera compostos radioativos de difícil rastreamento impedindo o controle clínico adequado dos pacientes. A exposição à radiação acidental ou presumida por radioterapia, pode gerar efeitos colaterais, caracterizados pela chamada doença aguda da radiação e os tratamentos direcionados para as lesões induzidas pela radiação dependem dos sintomas, da dose de exposição bem como do tecido irradiado. Devido às diversas possibilidades de exposição à radiação e as variadas formas de apresentação das doenças causadas pela radiação, modelos experimentais capazes de mimetizar algumas destas situações são importantes ferramentas de estudo. Nesse contexto, o modelo animal de doença de radiação utilizado neste estudo avaliou os efeitos da exposição no corpo inteiro de camundongos C57BL/6, durante um período aproximado de 30 dias após doses letais (7 Gray), subletais (5 Gray) por uma taxa de dose de 0,75 min1 de raios Gama. Os dados clínicos analisados foram: temperatura e peso corporal, alterações de mucosa e consumo de alimentos. As análises anatomopatológicas foram realizadas nos seguintes órgãos: intestino, pulmão e medula óssea nos grupos de 5 Gy e do grupo controle sem irradiação ao final de 30 dias. Clinicamente, foi observado que a sobrevida do grupo 7 Gy foi reduzida chegando até 11 dias pós-irradiação e os animais de grupo 5Gy sobreviveram aproximadamente 30 dias após irradiação. As alterações de mucosas e extremidades (patas e focinho) foram mais frequentes no grupo de animais 7 Gy em relação aos animais do grupo 5 Gy. A análise da medula óssea demonstrou hipoplasia de progenitores hematopoiéticos e um aumento do número de adipócitos no grupo 5 Gy. No pulmão foi observado intenso processo inflamatório com espessamento de septo alveolar após 30 dias de irradiação. No intestino as células caliciformes, bem como a arquitetura do colón, estavam preservadas e sem alterações de criptas ou de mucosa ao final do experimento