Construindo gênero na infância: reflexões para uma parentalidade não-sexista

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rezende de Moura, Tathiany
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Perspectivas em Diálogo
Texto Completo: https://periodicos.ufms.br/index.php/persdia/article/view/11101
Resumo: Pensar sobre gênero, sexualidade e educação infantil demanda diferenciação entre o caráter biológico do caráter cultural e social dos papeis de gênero. Sexo está relacionado ao biológico, que não define os comportamentos masculino ou feminino, estes ligados a questões psicológicas e culturais, ou seja, ao gênero. Sexualidade é um elemento da configuração do ser humano, que começa a se desenvolver na infância num processo natural e cultural que influenciará o comportamento desde o nascimento até a morte. Neste trabalho, a autora busca encontrar ferramentas para refletir sobre uma parentalidade ativa para uma educação que promova a igualdade de gênero. Por volta dos 3 anos de idade, as crianças conseguem se definir como pertencentes a um determinado gênero, mas ainda sem identificar quais comportamentos são apropriados para membros desse grupo. As crianças reconhecem e definem o gênero utilizando exteriorizações reforçadas pelos adultos, que as educam a brincar de formas que influenciam e reforçam a ideologia. Ao brincar a criança desenvolve aspectos físicos, linguísticos, sociais e cognitivos e aprendem os atributos de personalidade mais apropriadas para o seu sexo. Assim como as formas de brincar, a linguagem utilizada pelos adultos pode marcar e produzir diferenças e reforçar a dualidade entre meninos e meninas. A desconstrução dessa dualidade propõe que as atividades físicas ou intelectuais, linguagens, brinquedos e brincadeiras, tratem as crianças sem a divisão de sexo ou gênero, considerando a faixa etária, mas sem expectativas de desempenho, habilidades inerentes ou atividades pré-determinadas socialmente relacionadas ao sexo ou ao gênero da criança.
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