Dinâmica de circulação dos vírus dengue em Dourados/MS : um estudo sentinela

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Roberto Dias de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1883
Resumo: O dengue tornou-se nos últimos 50 anos um grave problema de saúde pública mundial, expondo aproximadamente, todo ano, metade da população do planeta ao risco de infecção. A maioria das pesquisas sobre circulação viral é conduzida na vigência de epidemias, onde a dinâmica de transmissão está elucidada, sendo escassos os relatos sobre o período interepidêmico. Assim, objetivou-se no presente trabalho descrever a dinâmica de circulação dos vírus dengue no município de Dourados, Mato Grosso do Sul, no ano de 2008, através da vigilância sentinela de casos febris. Realizou-se um estudo descritivo, transversal em dois tempos, para o qual quatro unidades de saúde foram definidas como sentinela para dengue e os pacientes com febre e/ou exantema, sem foco infeccioso aparente eram convidados a participarem do estudo, tendo duas amostras de sangue colhidas, uma na fase aguda dos sintomas e outra na convalescência. As amostras foram submetidas a ensaio imunoenzimático para diagnóstico de dengue (infecção aguda), bem como para diagnóstico diferencial de rubéola e toxoplasmose. O ano de estudo foi caracteristicamente interepidêmico, sendo registrada uma incidência de 1,7/10.000, índice 99,4% menor que o registrado durante a epidemia. Foram realizadas 93 coletas durante o estudo (26,6% na fase convalescente), as quais metade ocorrendo nos primeiros quatro meses do ano, quando as condições ambientais eram propícias ao desenvolvimento e sobrevivência do vetor. A região leste da cidade apresentou o maior número de casos sentinela (42%). A circulação viral na interepidemia ocorreu de maneira semelhante à epidemia, acometendo predominantemente a raça branca e a faixa etária de 20 a 49 anos, diferindo apenas na freqüência das manifestações clínicas. Foram detectados seis casos agudos de dengue (presença de anticorpos IgM) e nove de toxoplasmose, evidenciando, desta forma, a importância do diagnóstico diferencial nos casos sintomáticos porém sorologicamente não reagentes para dengue. Quanto à rubéola, em mais de 95% dos casos, foi detectado apenas marcador de infecção passada, provavelmente associado à vacinação. Novos estudos são necessários tanto para identificar o sorotipo viral circulante quanto para estimar o percentual de infecção prévia de dengue.
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Realizou-se um estudo descritivo, transversal em dois tempos, para o qual quatro unidades de saúde foram definidas como sentinela para dengue e os pacientes com febre e/ou exantema, sem foco infeccioso aparente eram convidados a participarem do estudo, tendo duas amostras de sangue colhidas, uma na fase aguda dos sintomas e outra na convalescência. As amostras foram submetidas a ensaio imunoenzimático para diagnóstico de dengue (infecção aguda), bem como para diagnóstico diferencial de rubéola e toxoplasmose. O ano de estudo foi caracteristicamente interepidêmico, sendo registrada uma incidência de 1,7/10.000, índice 99,4% menor que o registrado durante a epidemia. Foram realizadas 93 coletas durante o estudo (26,6% na fase convalescente), as quais metade ocorrendo nos primeiros quatro meses do ano, quando as condições ambientais eram propícias ao desenvolvimento e sobrevivência do vetor. A região leste da cidade apresentou o maior número de casos sentinela (42%). A circulação viral na interepidemia ocorreu de maneira semelhante à epidemia, acometendo predominantemente a raça branca e a faixa etária de 20 a 49 anos, diferindo apenas na freqüência das manifestações clínicas. Foram detectados seis casos agudos de dengue (presença de anticorpos IgM) e nove de toxoplasmose, evidenciando, desta forma, a importância do diagnóstico diferencial nos casos sintomáticos porém sorologicamente não reagentes para dengue. Quanto à rubéola, em mais de 95% dos casos, foi detectado apenas marcador de infecção passada, provavelmente associado à vacinação. Novos estudos são necessários tanto para identificar o sorotipo viral circulante quanto para estimar o percentual de infecção prévia de dengue.Dengue has become in the last 50 years a major public health problem worldwide, exposing approximately every year, half of the planet's population to the risk of infection. Most studies on viral movement is conducted in the course of epidemics, where the dynamics of transmission is clarified, and few reports on the interepidemic period. The objective in the present work describe the dynamic movement of dengue virus in the city of Dourados, Mato Grosso do Sul, in the year 2008, through the sentinel surveillance of fever cases. There was a descriptive study, cross in two stages, where four units of health were defined as sentinel for dengue and patients with fever and / or rash, with no apparent infectious focus were invited to participate in the study, taking two samples of blood collected, one in acute phase of symptoms and another in convalescence. The samples were tested by enzyme immunoassay for diagnosis of dengue (acute infection) and for differential diagnosis of rubella and toxoplasmosis. The year was characteristically interepidemic period, and recorded an incidence of 1.7 / 10,000, index lower than the 99.4% recorded during the epidemic. 93 collections were made during the study (26.6% in the convalescent phase), with half occurring in the first four months of the year when environmental conditions were conducive to development and survival of the vector. The region east of the city had the largest number of sentinel cases (42%). A viral movement interepidemic period occurs in a manner similar to the epidemic, affecting predominantly the white race and age 20 to 49 years, differing only in the frequency of clinical manifestations. We found six acute cases of dengue (presence of IgM antibodies) and 9 of toxoplasmosis, thus highlighting the importance of differential diagnosis in symptomatic cases but serologically non-reactive for dengue. As for rubella in over 95% of cases, was detected only marker of past infection, possibly associated with vaccination. Further studies are necessary both to identify the viral serotype circulating as to estimate the percentage of previous dengue infection.porDengue - epidemiologiaDengue - epidemiologyDengue - parasitologiaDengue - parasitologyVigilância de Evento SentinelaSentinel SurveillanceDinâmica de circulação dos vírus dengue em Dourados/MS : um estudo sentinelainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCunha, Rivaldo Venâncio daOliveira, Roberto Dias deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILROBERTO DIAS DE OLIVEIRA.pdf.jpgROBERTO DIAS DE OLIVEIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1130https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1883/4/ROBERTO%20DIAS%20DE%20OLIVEIRA.pdf.jpg146de29eda085a0d53a892adbbb54b26MD54TEXTROBERTO DIAS DE OLIVEIRA.pdf.txtROBERTO DIAS DE OLIVEIRA.pdf.txtExtracted texttext/plain127597https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1883/3/ROBERTO%20DIAS%20DE%20OLIVEIRA.pdf.txtf0a5dc3dc0c4d0e2c423248746558b4dMD53LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1883/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52ORIGINALROBERTO DIAS DE OLIVEIRA.pdfROBERTO DIAS DE OLIVEIRA.pdfapplication/pdf2718731https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1883/1/ROBERTO%20DIAS%20DE%20OLIVEIRA.pdff275f7417c8a5203e02e91818452893dMD51123456789/18832021-09-30 15:58:01.111oai:repositorio.ufms.br:123456789/1883Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:58:01Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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