Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1958 |
Resumo: | A década de 1970, no Brasil, foi marcada por um movimento em torno da poesia que se auto-intitulou marginal. Ao optar por permanecer à margem do sistema editorial e das convenções literárias, os poetas dessa geração buscaram produzir uma poesia anárquica e aparentemente antiliterária, cuja edição e distribuição tinha muitas vezes como mediador o próprio artista, numa produção quase sempre vista com maus olhos pela crítica literária da época. Decorridos pouco mais de trinta anos, percebe-se que, sob alguns aspectos, a poesia marginal de 1970 ainda permanece à margem das discussões críticas literárias. A reduzida crítica que trata sobre o tema, quando não se limita a questões superficiais, apresenta um posicionamento preconceituoso e muitas vezes equivocado acerca dessa produção. Preconceito, aliás, que se verifica na tentativa de “salvar” alguns poetas dessa geração - como é o caso de Ana Cristina Cesar, Paulo Leminski, Francisco Alvim e outros - de qualquer identificação com a estética marginal. Dessa maneira, na tentativa de ampliar as discussões em torno da poesia marginal de setenta, o presente trabalho vislumbrará outras possibilidades de leitura que não somente aquelas, até então, empreendidas pela crítica literária e/ou acadêmica. Buscaremos evidenciar nos textos de Ana Cristina Cesar a presença de uma voz andrógina que se configura como um dado marginal a ser considerado na produção da poeta, bem como, na produção marginal de modo geral. |
id |
UFMS_41514f388d104cf714ce0d9e0a5911f2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufms.br:123456789/1958 |
network_acronym_str |
UFMS |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMS |
repository_id_str |
2124 |
spelling |
2014-07-29T19:15:25Z2021-09-30T19:55:10Z2011https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1958A década de 1970, no Brasil, foi marcada por um movimento em torno da poesia que se auto-intitulou marginal. Ao optar por permanecer à margem do sistema editorial e das convenções literárias, os poetas dessa geração buscaram produzir uma poesia anárquica e aparentemente antiliterária, cuja edição e distribuição tinha muitas vezes como mediador o próprio artista, numa produção quase sempre vista com maus olhos pela crítica literária da época. Decorridos pouco mais de trinta anos, percebe-se que, sob alguns aspectos, a poesia marginal de 1970 ainda permanece à margem das discussões críticas literárias. A reduzida crítica que trata sobre o tema, quando não se limita a questões superficiais, apresenta um posicionamento preconceituoso e muitas vezes equivocado acerca dessa produção. Preconceito, aliás, que se verifica na tentativa de “salvar” alguns poetas dessa geração - como é o caso de Ana Cristina Cesar, Paulo Leminski, Francisco Alvim e outros - de qualquer identificação com a estética marginal. Dessa maneira, na tentativa de ampliar as discussões em torno da poesia marginal de setenta, o presente trabalho vislumbrará outras possibilidades de leitura que não somente aquelas, até então, empreendidas pela crítica literária e/ou acadêmica. Buscaremos evidenciar nos textos de Ana Cristina Cesar a presença de uma voz andrógina que se configura como um dado marginal a ser considerado na produção da poeta, bem como, na produção marginal de modo geral.ABSTRACT - The 1970s in Brazil was marked by a movement around the poetry that is self-titled marginal. By choosing to remain outside the system of editorial and literary conventions, the poets of this generation sought to produce a poetry and seemingly anarchic antiliterária, whose production and distribution was often the artist himself as a mediator in a production almost always seen with bad eyes for the critical literature of the time. After little more than thirty years, one realizes that in some ways, poetry is still marginal 1970 on the margins of literary critical discussions. The criticism that is reduced on the subject, when not limited to surface issues, presents a biased position and often mistaken about this production. Prejudice, moreover, that it occurs in an attempt to "save" some poets of this generation - as is the case of Ana Cristina Cesar, Paul Leminski, Francisco Alvim and others - from any identification with the aesthetic marginal. Thus, in order to expand the discussion around the marginal poetry of seventy, the present study other possibilities glimpsed reading not only those so far undertaken by literary criticism and / or academic. We will seek evidence in the writings of Ana Cristina Cesar the presence of an androgynous voice that takes shape as a given marginal to be considered in the production of the poet, as well as in marginal production in general.porAndroginiaPoesia MarginalAndrogynyQualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesarinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSantos, Rosana Cristina ZanelattoFreitas, Euds Cosme deinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILEuds Cosme de Freitas.pdf.jpgEuds Cosme de Freitas.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1286https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/4/Euds%20Cosme%20de%20Freitas.pdf.jpgefb3af1461f9c9ecf167dd8e9c0f2560MD54TEXTEuds Cosme de Freitas.pdf.txtEuds Cosme de Freitas.pdf.txtExtracted texttext/plain305048https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/3/Euds%20Cosme%20de%20Freitas.pdf.txtb0af516b0f223ff80f07d27098d0a1aeMD53ORIGINALEuds Cosme de Freitas.pdfEuds Cosme de Freitas.pdfapplication/pdf1017444https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/1/Euds%20Cosme%20de%20Freitas.pdfdaaf3f0a1bed15eef39a758c9bf5824cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/19582021-09-30 15:55:10.523oai:repositorio.ufms.br:123456789/1958Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:55:10Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
title |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
spellingShingle |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar Freitas, Euds Cosme de Androginia Poesia Marginal Androgyny |
title_short |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
title_full |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
title_fullStr |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
title_full_unstemmed |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
title_sort |
Qualquer coisa de intermédio: a marginalidade andrógina de Ana Cristina Cesar |
author |
Freitas, Euds Cosme de |
author_facet |
Freitas, Euds Cosme de |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Santos, Rosana Cristina Zanelatto |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Freitas, Euds Cosme de |
contributor_str_mv |
Santos, Rosana Cristina Zanelatto |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Androginia Poesia Marginal Androgyny |
topic |
Androginia Poesia Marginal Androgyny |
description |
A década de 1970, no Brasil, foi marcada por um movimento em torno da poesia que se auto-intitulou marginal. Ao optar por permanecer à margem do sistema editorial e das convenções literárias, os poetas dessa geração buscaram produzir uma poesia anárquica e aparentemente antiliterária, cuja edição e distribuição tinha muitas vezes como mediador o próprio artista, numa produção quase sempre vista com maus olhos pela crítica literária da época. Decorridos pouco mais de trinta anos, percebe-se que, sob alguns aspectos, a poesia marginal de 1970 ainda permanece à margem das discussões críticas literárias. A reduzida crítica que trata sobre o tema, quando não se limita a questões superficiais, apresenta um posicionamento preconceituoso e muitas vezes equivocado acerca dessa produção. Preconceito, aliás, que se verifica na tentativa de “salvar” alguns poetas dessa geração - como é o caso de Ana Cristina Cesar, Paulo Leminski, Francisco Alvim e outros - de qualquer identificação com a estética marginal. Dessa maneira, na tentativa de ampliar as discussões em torno da poesia marginal de setenta, o presente trabalho vislumbrará outras possibilidades de leitura que não somente aquelas, até então, empreendidas pela crítica literária e/ou acadêmica. Buscaremos evidenciar nos textos de Ana Cristina Cesar a presença de uma voz andrógina que se configura como um dado marginal a ser considerado na produção da poeta, bem como, na produção marginal de modo geral. |
publishDate |
2011 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2011 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2014-07-29T19:15:25Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-09-30T19:55:10Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1958 |
url |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1958 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMS instname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) instacron:UFMS |
instname_str |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) |
instacron_str |
UFMS |
institution |
UFMS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMS |
collection |
Repositório Institucional da UFMS |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/4/Euds%20Cosme%20de%20Freitas.pdf.jpg https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/3/Euds%20Cosme%20de%20Freitas.pdf.txt https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/1/Euds%20Cosme%20de%20Freitas.pdf https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1958/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
efb3af1461f9c9ecf167dd8e9c0f2560 b0af516b0f223ff80f07d27098d0a1ae daaf3f0a1bed15eef39a758c9bf5824c 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) |
repository.mail.fl_str_mv |
ri.prograd@ufms.br |
_version_ |
1815447975789330432 |