Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Schweich-Adami, Laynna de Carvalho
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Silva, Roberto Antoniolli da, Baranoski, Adrivanio, Kassuya, Candida Aparecida Leite, Antoniolli-Silva, Andréia Conceição Milan Brochado, Oliveira, Rodrigo Juliano
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5580
Resumo: A osteoartrite (OA) pode deixar o indivíduo incapacitado para realizar suas atividades da vida diária devido ao quadro álgico. Essa é uma importante questão de saúde pública que se agrava no mundo inteiro e no Brasil, uma vez que a população passa pelo processo de envelhecimento, e isso causa um aumento nos gastos públicos com o acompanhamento e manutenção dos tratamentos que podem perdurar por anos e mesmo assim não serem resolutivos. Assim, torna-se necessária a busca por terapias inovadoras e eficazes que possam reduzir esses custos. Nesse contexto, o presente estudo relata a primeira aplicação de terapia celular com células-tronco mesenquimais do tecido adiposo no tratamento de OA refratária ao tratamento conservador realizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Na avaliação, foram usados os instrumentos Escala Visual Analógica (EVA), os questionários de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36) e Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), específicos para avaliação da OA, e fez-se uma análise do líquido sinovial (citocinas inflamatórias). A terapia celular melhorou as pontuações no WOMAC, SF-36, e EVA, e reduziu o processo Introdução As células-tronco mesenquimais (CTMs) do tecido adiposo apresentam resultados interessantes no tratamento de osteoartrite (OA).1 Os nossos resultados pré-clínicos indica- ram que as CTMs, por efeitos parácrinos e de diferenciação celular, podem levar à melhoria do reparo e da regeneração da cartilagem.2 Estes dados foram importantes para inicia- rmos um estudo clínico que utilizará as CTMs no tratamento da OA em humanos, e implantar e implementar terapias inovadoras no Centro de Processamento Celular, em parceria com o Serviço de Ortopedia, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP/EBSERH), em Campo Grande, Mato Grasso do Sul (MS), Brasil. O presente estudo relata os resultados da primeira terapia celular com CTMs do tecido adiposo em um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Relato de caso Paciente do sexo masculino, com 66 anos, 93 Kg e 1,75 m de altura, com diagnóstico de rotura de menisco medial no joelho direito com OA grau III (na classificação de Kellgren e Lawrence pela análise radiográfica), e prótese total no joelho esquerdo. Na avaliação clínica, o paciente relatou dor intermitente no joelho direito, e apresentou crepitação articular durante a movimentação, aumento da circunferên- cia do joelho, e diminuição da amplitude de movimento (ADM), sendo somente capaz de fletir a perna até 95° sem doer. Durante a entrevista, foram aplicados a Escala Visual Analógica (EVA), e os questionários de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36) e Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), este específico para OA. O paciente foi então esclarecido sobre o tratamento com CTMs, e assinou o termo de consentimento livro e esclarecido para a utilização da terapia celular. Na semana seguinte, a cirurgia de videoartroscopia foi realizada conforme a rotina do Serviço de Ortopedia do Hospital. Foi realizada a limpeza da articulação e debrida- mento leve da cartilagem afetada (►Figura 1C-D). Após uma semana, o paciente retornou ao hospital para a coleta de tecido adiposo, realizada por lipoaspiração.3 O processamento do lipoaspirado, extração, cultivo,carac- terização (imunofenotipagem: [cluster of differentiation, CD, em inglês] CD105, CD90, CD34 e CD133), e diferenciação celular (adipogênica, condrogênica e osteogênica) das CTMs foram realizados segundo Schweich et al.4 (2017). O cultivo das CTMs para o transplante ocorreu por 25 dias (3a passagem) até atingir a quantidade necessária (►Figura 2). Foi realizado teste bacteriológico antes da terapia celular. Depois, o paciente inflamatório. Observou-se redução de 0,73 do TNF, de 0,71 da IL-1b, de 0,68 da IL-8, e de 0,70 da IL-10. Já para a IL-6, observou-se aumento de 1,48 . Portanto, considera-se este tipo de terapia celular promissora no auxílio do manejo desta doença, pois melhorou o quadro álgico do paciente, reduziu os marcadores inflamatórios, e possibilitou o retorno às atividades da vida diária, o que resultou em uma melhora de sua qualidade de vida.
id UFMS_4f03fb809672da7a7c2a77e61f46e933
oai_identifier_str oai:repositorio.ufms.br:123456789/5580
network_acronym_str UFMS
network_name_str Repositório Institucional da UFMS
repository_id_str 2124
spelling 2023-01-30T20:15:49Z2022-08-042021-10-10https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5580A osteoartrite (OA) pode deixar o indivíduo incapacitado para realizar suas atividades da vida diária devido ao quadro álgico. Essa é uma importante questão de saúde pública que se agrava no mundo inteiro e no Brasil, uma vez que a população passa pelo processo de envelhecimento, e isso causa um aumento nos gastos públicos com o acompanhamento e manutenção dos tratamentos que podem perdurar por anos e mesmo assim não serem resolutivos. Assim, torna-se necessária a busca por terapias inovadoras e eficazes que possam reduzir esses custos. Nesse contexto, o presente estudo relata a primeira aplicação de terapia celular com células-tronco mesenquimais do tecido adiposo no tratamento de OA refratária ao tratamento conservador realizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Na avaliação, foram usados os instrumentos Escala Visual Analógica (EVA), os questionários de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36) e Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), específicos para avaliação da OA, e fez-se uma análise do líquido sinovial (citocinas inflamatórias). A terapia celular melhorou as pontuações no WOMAC, SF-36, e EVA, e reduziu o processo Introdução As células-tronco mesenquimais (CTMs) do tecido adiposo apresentam resultados interessantes no tratamento de osteoartrite (OA).1 Os nossos resultados pré-clínicos indica- ram que as CTMs, por efeitos parácrinos e de diferenciação celular, podem levar à melhoria do reparo e da regeneração da cartilagem.2 Estes dados foram importantes para inicia- rmos um estudo clínico que utilizará as CTMs no tratamento da OA em humanos, e implantar e implementar terapias inovadoras no Centro de Processamento Celular, em parceria com o Serviço de Ortopedia, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP/EBSERH), em Campo Grande, Mato Grasso do Sul (MS), Brasil. O presente estudo relata os resultados da primeira terapia celular com CTMs do tecido adiposo em um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Relato de caso Paciente do sexo masculino, com 66 anos, 93 Kg e 1,75 m de altura, com diagnóstico de rotura de menisco medial no joelho direito com OA grau III (na classificação de Kellgren e Lawrence pela análise radiográfica), e prótese total no joelho esquerdo. Na avaliação clínica, o paciente relatou dor intermitente no joelho direito, e apresentou crepitação articular durante a movimentação, aumento da circunferên- cia do joelho, e diminuição da amplitude de movimento (ADM), sendo somente capaz de fletir a perna até 95° sem doer. Durante a entrevista, foram aplicados a Escala Visual Analógica (EVA), e os questionários de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36) e Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), este específico para OA. O paciente foi então esclarecido sobre o tratamento com CTMs, e assinou o termo de consentimento livro e esclarecido para a utilização da terapia celular. Na semana seguinte, a cirurgia de videoartroscopia foi realizada conforme a rotina do Serviço de Ortopedia do Hospital. Foi realizada a limpeza da articulação e debrida- mento leve da cartilagem afetada (►Figura 1C-D). Após uma semana, o paciente retornou ao hospital para a coleta de tecido adiposo, realizada por lipoaspiração.3 O processamento do lipoaspirado, extração, cultivo,carac- terização (imunofenotipagem: [cluster of differentiation, CD, em inglês] CD105, CD90, CD34 e CD133), e diferenciação celular (adipogênica, condrogênica e osteogênica) das CTMs foram realizados segundo Schweich et al.4 (2017). O cultivo das CTMs para o transplante ocorreu por 25 dias (3a passagem) até atingir a quantidade necessária (►Figura 2). Foi realizado teste bacteriológico antes da terapia celular. Depois, o paciente inflamatório. Observou-se redução de 0,73 do TNF, de 0,71 da IL-1b, de 0,68 da IL-8, e de 0,70 da IL-10. Já para a IL-6, observou-se aumento de 1,48 . Portanto, considera-se este tipo de terapia celular promissora no auxílio do manejo desta doença, pois melhorou o quadro álgico do paciente, reduziu os marcadores inflamatórios, e possibilitou o retorno às atividades da vida diária, o que resultou em uma melhora de sua qualidade de vida.Osteoarthritis (OA) can incapacitate the individual to perform their activities of daily living due to pain. This is an important public health issue that worsens worldwide and in Brazil, since the population goes through an aging process, and has caused increased public spending on the monitoring and maintenance of treatments that can last for years and still not be resolutive. Thus, the search for innovative and effective therapies that can reduce costs becomes necessary. In this context, the present study reports the first application of cell therapy with adipose-derived stem cells in the treatment of cases of OA that are refractory to the conservative treatment, performed in the Brazilian Unified Health System (Sistema Único de Saúde, SUS). The evaluation was performed with the application of the Visual Analog Scale (VAS), the Short Form Health Survey (SF- 36) and the Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), specifics for OA evaluation, and also an analysis of the synovial fluid (inflammatory cytokines). The cell therapy improved the scores on the WOMAC, SF-36 and EVA, and reduced the inflammatory process. We observed a reduction of 0.73 in the TNF, of 0,71 in IL-1b, of 0.68 in IL-8, and of 0,70 in IL-10. For IL-6, an increase of 1,48 was observed. Therefore, this cell therapy can be considered promising in aiding the management of this disease, since it improved the patient’s pain, reduced inflammatory markers, and enabled the return to activities of daily living, which resulted in an improvement in their quality of life.porRevista brasileira de ortopediaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCNPQ::CIENCIAS DA SAUDETerapia celularDor articularInflamaçãoSistema Único de SaúdeOrtopediaMedicina regenerativaEfeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleSchweich-Adami, Laynna de CarvalhoSilva, Roberto Antoniolli daBaranoski, AdrivanioKassuya, Candida Aparecida LeiteAntoniolli-Silva, Andréia Conceição Milan BrochadoOliveira, Rodrigo JulianoBrasilreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82031https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/5580/3/license.txt9671aa5ac42cb06edaf75013367dfe04MD53CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/5580/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALs-0041-1733797.pdfs-0041-1733797.pdfEfeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasilapplication/pdf1919549https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/5580/1/s-0041-1733797.pdf705c6c1d94ed0046d855fa2db0153ba1MD51123456789/55802023-01-30 16:15:49.751oai:repositorio.ufms.br:123456789/5580TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTyBFWENMVVNJVkEKCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnZpYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgdm9jw6ogKG8ocykgYXV0b3IoZXMpIG91IHByb3ByaWV0w6FyaW8gZG8gZGlyZWl0byBhdXRvcmFsKSBjb25jZWRlIMOgIEZ1bmRhw6fDo28gVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgTWF0byBHcm9zc28gZG8gU3VsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSBkaXN0cmlidWlyIHN1YSBzdWJtaXNzw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIGVtIHRvZG8gbyBtdW5kbyBlbSBmb3JtYXRvIGltcHJlc3NvIGUgZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIG91IHbDrWRlby4KClZvY8OqIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIEZ1bmRhw6fDo28gVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgTWF0byBHcm9zc28gZG8gU3VsIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFkdXppciBvIHN1Ym1pc3PDo28gYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBhIEZ1bmRhw6fDo28gVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgTWF0byBHcm9zc28gZG8gU3VsIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBlbnZpbyBwYXJhIGZpbnMgZGUgc2VndXJhbsOnYSwgYmFja3VwIGUgcHJlc2VydmHDp8Ojby4KClZvY8OqIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VibWlzc8OjbyDDqSBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gVm9jw6ogdGFtYsOpbSByZXByZXNlbnRhIHF1ZSBhIHN1YSBzdWJtaXNzw6NvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIG5vIG1lbGhvciBkZSBzZXUgY29uaGVjaW1lbnRvLCBxdWFscXVlciB1bSBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMuCgpTZSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGNvbnRpdmVyIG1hdGVyaWFsIHBhcmEgbyBxdWFsIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcHJvcHJpZXTDoXJpbyBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciDDoCBGdW5kYcOnw6NvIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIE1hdG8gR3Jvc3NvIGRvIFN1bCBvcyBkaXJlaXRvcyBleGlnaWRvcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgZSBtYXRlcmlhbCBkZSBwcm9wcmllZGFkZSBkZSB0ZXJjZWlyb3Mgw6kgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBkZW50cm8gZG8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTRSBBIFNVQk1JU1PDg08gRVNUSVZFUiBCQVNFQURBIEVNIFRSQUJBTEhPIFFVRSBGT0kgUEFUUk9DSU5BRE8gT1UgQVBPSUFETyBQT1IgVU1BIEFHw4pOQ0lBIE9VIE9SR0FOSVpBw4fDg08gUVVFIE7Dg08gQSBGVU5EQcOHw4NPIFVOSVZFUlNJREFERSBGRURFUkFMIERFIE1BVE8gR1JPU1NPIERPIFNVTCwgVk9Dw4ogUkVQUkVTRU5UQSBRVUUgVEVNIENVTVBSSURPIFFVQUxRVUVSIERJUkVJVE8gREUgUkVWSVPDg08gT1UgT1VUUkFTIE9CUklHQcOHw5VFUyBSRVFVRVJJREFTIFBPUiBUQUlTIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCkEgRnVuZGHDp8OjbyBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBNYXRvIEdyb3NzbyBkbyBTdWwgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIHNldSAocykgbm9tZSAocykgY29tbyBhdXRvciAoZXMpIG91IHByb3ByaWV0w6FyaW8gKHMpIGRhIHN1Ym1pc3PDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBuZW5odW1hIGFsdGVyYcOnw6NvLCBhIG7Do28gc2VyIGNvbW8gcGVybWl0aWRvIHBvciBlc3RlIGxpY2Vuw6dhLCBwYXJhIG8gc2V1IGVudmlvLgoKRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242023-01-30T20:15:49Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
title Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
spellingShingle Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
Schweich-Adami, Laynna de Carvalho
CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Terapia celular
Dor articular
Inflamação
Sistema Único de Saúde
Ortopedia
Medicina regenerativa
title_short Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
title_full Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
title_fullStr Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
title_full_unstemmed Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
title_sort Efeitos das células-tronco mesenquimais no tratamento da osteoartrite de joelho: um relato de caso no Sistema Único de Saúde do Brasil
author Schweich-Adami, Laynna de Carvalho
author_facet Schweich-Adami, Laynna de Carvalho
Silva, Roberto Antoniolli da
Baranoski, Adrivanio
Kassuya, Candida Aparecida Leite
Antoniolli-Silva, Andréia Conceição Milan Brochado
Oliveira, Rodrigo Juliano
author_role author
author2 Silva, Roberto Antoniolli da
Baranoski, Adrivanio
Kassuya, Candida Aparecida Leite
Antoniolli-Silva, Andréia Conceição Milan Brochado
Oliveira, Rodrigo Juliano
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Schweich-Adami, Laynna de Carvalho
Silva, Roberto Antoniolli da
Baranoski, Adrivanio
Kassuya, Candida Aparecida Leite
Antoniolli-Silva, Andréia Conceição Milan Brochado
Oliveira, Rodrigo Juliano
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
topic CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Terapia celular
Dor articular
Inflamação
Sistema Único de Saúde
Ortopedia
Medicina regenerativa
dc.subject.por.fl_str_mv Terapia celular
Dor articular
Inflamação
Sistema Único de Saúde
Ortopedia
Medicina regenerativa
description A osteoartrite (OA) pode deixar o indivíduo incapacitado para realizar suas atividades da vida diária devido ao quadro álgico. Essa é uma importante questão de saúde pública que se agrava no mundo inteiro e no Brasil, uma vez que a população passa pelo processo de envelhecimento, e isso causa um aumento nos gastos públicos com o acompanhamento e manutenção dos tratamentos que podem perdurar por anos e mesmo assim não serem resolutivos. Assim, torna-se necessária a busca por terapias inovadoras e eficazes que possam reduzir esses custos. Nesse contexto, o presente estudo relata a primeira aplicação de terapia celular com células-tronco mesenquimais do tecido adiposo no tratamento de OA refratária ao tratamento conservador realizada no Sistema Único de Saúde (SUS). Na avaliação, foram usados os instrumentos Escala Visual Analógica (EVA), os questionários de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36) e Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), específicos para avaliação da OA, e fez-se uma análise do líquido sinovial (citocinas inflamatórias). A terapia celular melhorou as pontuações no WOMAC, SF-36, e EVA, e reduziu o processo Introdução As células-tronco mesenquimais (CTMs) do tecido adiposo apresentam resultados interessantes no tratamento de osteoartrite (OA).1 Os nossos resultados pré-clínicos indica- ram que as CTMs, por efeitos parácrinos e de diferenciação celular, podem levar à melhoria do reparo e da regeneração da cartilagem.2 Estes dados foram importantes para inicia- rmos um estudo clínico que utilizará as CTMs no tratamento da OA em humanos, e implantar e implementar terapias inovadoras no Centro de Processamento Celular, em parceria com o Serviço de Ortopedia, do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (HUMAP/EBSERH), em Campo Grande, Mato Grasso do Sul (MS), Brasil. O presente estudo relata os resultados da primeira terapia celular com CTMs do tecido adiposo em um paciente do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Relato de caso Paciente do sexo masculino, com 66 anos, 93 Kg e 1,75 m de altura, com diagnóstico de rotura de menisco medial no joelho direito com OA grau III (na classificação de Kellgren e Lawrence pela análise radiográfica), e prótese total no joelho esquerdo. Na avaliação clínica, o paciente relatou dor intermitente no joelho direito, e apresentou crepitação articular durante a movimentação, aumento da circunferên- cia do joelho, e diminuição da amplitude de movimento (ADM), sendo somente capaz de fletir a perna até 95° sem doer. Durante a entrevista, foram aplicados a Escala Visual Analógica (EVA), e os questionários de qualidade de vida Short Form Health Survey (SF-36) e Western Ontario and McMaster Universities (WOMAC), este específico para OA. O paciente foi então esclarecido sobre o tratamento com CTMs, e assinou o termo de consentimento livro e esclarecido para a utilização da terapia celular. Na semana seguinte, a cirurgia de videoartroscopia foi realizada conforme a rotina do Serviço de Ortopedia do Hospital. Foi realizada a limpeza da articulação e debrida- mento leve da cartilagem afetada (►Figura 1C-D). Após uma semana, o paciente retornou ao hospital para a coleta de tecido adiposo, realizada por lipoaspiração.3 O processamento do lipoaspirado, extração, cultivo,carac- terização (imunofenotipagem: [cluster of differentiation, CD, em inglês] CD105, CD90, CD34 e CD133), e diferenciação celular (adipogênica, condrogênica e osteogênica) das CTMs foram realizados segundo Schweich et al.4 (2017). O cultivo das CTMs para o transplante ocorreu por 25 dias (3a passagem) até atingir a quantidade necessária (►Figura 2). Foi realizado teste bacteriológico antes da terapia celular. Depois, o paciente inflamatório. Observou-se redução de 0,73 do TNF, de 0,71 da IL-1b, de 0,68 da IL-8, e de 0,70 da IL-10. Já para a IL-6, observou-se aumento de 1,48 . Portanto, considera-se este tipo de terapia celular promissora no auxílio do manejo desta doença, pois melhorou o quadro álgico do paciente, reduziu os marcadores inflamatórios, e possibilitou o retorno às atividades da vida diária, o que resultou em uma melhora de sua qualidade de vida.
publishDate 2021
dc.date.issued.fl_str_mv 2021-10-10
dc.date.available.fl_str_mv 2022-08-04
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-01-30T20:15:49Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5580
url https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/5580
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Revista brasileira de ortopedia
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMS
instname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
instacron:UFMS
instname_str Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
instacron_str UFMS
institution UFMS
reponame_str Repositório Institucional da UFMS
collection Repositório Institucional da UFMS
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/5580/3/license.txt
https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/5580/2/license_rdf
https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/5580/1/s-0041-1733797.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 9671aa5ac42cb06edaf75013367dfe04
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
705c6c1d94ed0046d855fa2db0153ba1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
repository.mail.fl_str_mv ri.prograd@ufms.br
_version_ 1793867316976418816