O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1807 |
Resumo: | A fronteira é muito mais e vai muito mais além do que a simples noção de limite, de separação de territórios. Fronteira não é só espaço, é também tempo, são também pessoas, projetos, relacionamentos. Por suas peculiaridades e vicissitudes merece um olhar atento dos Estados e de seus povos. A devida compreensão do que se passa nas fronteiras, e cada qual possui uma realidade específica, é de fundamental importância para que suas populações não se tornem invisíveis aos olhos das autoridades, sobretudo das autoridades centrais, inclusive quando se trata de enfrentar a delicada questão do sistema prisional e do encarceramento do estrangeiro preso em território nacional. A pequena visibilidade e força política dos encarcerados, mais ainda dos encarcerados bolivianos no Brasil, não pode servir de fundamento político para que princípios elementares que regem qualquer Estado Democrático de Direito, sobretudo o princípio do respeito à dignidade da pessoa humana, seja desprezado. O papel do julgador moderno não pode ser o de apenas aplicar a lei, sem compromisso com a efetivação da Justiça e com a proteção dos mais vulneráveis. O incondicional respeito aos direitos dos apenados é tema que diz respeito à realidade das relações humanas que se passam nas fronteiras e deve, do local para o central, contar com especial atenção de todos, incluindo Corumbá, que possui grande número de bolivianos recolhidos em seus estabelecimentos penais. |
id |
UFMS_5b7ac140cb4f8556a64188bb0a2b02a6 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufms.br:123456789/1807 |
network_acronym_str |
UFMS |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMS |
repository_id_str |
2124 |
spelling |
2013-10-29T12:51:47Z2021-09-30T19:57:43Z2012https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1807A fronteira é muito mais e vai muito mais além do que a simples noção de limite, de separação de territórios. Fronteira não é só espaço, é também tempo, são também pessoas, projetos, relacionamentos. Por suas peculiaridades e vicissitudes merece um olhar atento dos Estados e de seus povos. A devida compreensão do que se passa nas fronteiras, e cada qual possui uma realidade específica, é de fundamental importância para que suas populações não se tornem invisíveis aos olhos das autoridades, sobretudo das autoridades centrais, inclusive quando se trata de enfrentar a delicada questão do sistema prisional e do encarceramento do estrangeiro preso em território nacional. A pequena visibilidade e força política dos encarcerados, mais ainda dos encarcerados bolivianos no Brasil, não pode servir de fundamento político para que princípios elementares que regem qualquer Estado Democrático de Direito, sobretudo o princípio do respeito à dignidade da pessoa humana, seja desprezado. O papel do julgador moderno não pode ser o de apenas aplicar a lei, sem compromisso com a efetivação da Justiça e com a proteção dos mais vulneráveis. O incondicional respeito aos direitos dos apenados é tema que diz respeito à realidade das relações humanas que se passam nas fronteiras e deve, do local para o central, contar com especial atenção de todos, incluindo Corumbá, que possui grande número de bolivianos recolhidos em seus estabelecimentos penais.RESÚMEN - La frontera es mucho más y va mucho más allá de la simple noción de límites, de separación de los territorios. Frontera no es sólo el espacio, también es el tiempo, también son personas, proyectos, relaciones. Por sus peculiaridades y vicisitudes merece una mirada atenta de los Estados y de sus pueblos. Una comprensión adecuada de lo que está sucediendo en las fronteras, y cada una tiene una realidad específica, es de fundamental importancia para que sus poblaciones no se conviertan en invisibles para las autoridades, especialmente las autoridades centrales, incluso cuando se trata de abordar la delicada cuestión de las cárceles y del encarcelamiento de los extranjeros detenidos en el territorio nacional. La pequeña visibilidad y fuerza política de los presos, sobretodo de los encarcelados bolivianos en Brasil, no puede actuar como fundamento político para que los principios básicos que rigen cualquier Estado Democrático de Derecho, sobretodo el principio de respeto a la dignidad de la persona humana, sea despreciado. La función del juez moderno no puede ser simplemente de aplicar la ley, sin compromiso con la realización de la justicia y la protección de los más vulnerables. El respeto irrestricto a los derechos de los presos es un asunto que concierne a la realidad de las relaciones humanas que tienen lugar a través de fronteras y debe, desde el local hasta el centro, poseer la atención especial de todos, incluyendo a Corumbá, que tiene un gran número de bolivianos encarcelados en sus establecimientos penales.porÁreas de FronteiraBorder AreasPrisãoImprisonmentBolivianosBoliviansO cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAmaral, Ana Paula MartinsFerreira Filho, Robertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILRoberto Ferreira Filho.pdf.jpgRoberto Ferreira Filho.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1339https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/4/Roberto%20Ferreira%20Filho.pdf.jpg0e8d37c2419eff7ff5d476f42e6c04cbMD54TEXTRoberto Ferreira Filho.pdf.txtRoberto Ferreira Filho.pdf.txtExtracted texttext/plain257076https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/3/Roberto%20Ferreira%20Filho.pdf.txtaca4520865260ad94281b0fe8e3068e0MD53ORIGINALRoberto Ferreira Filho.pdfRoberto Ferreira Filho.pdfapplication/pdf757258https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/1/Roberto%20Ferreira%20Filho.pdf5d43efcc0f0f2f68e3bdf4e847dad2a5MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/18072021-09-30 15:57:43.978oai:repositorio.ufms.br:123456789/1807Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:57:43Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
title |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
spellingShingle |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS Ferreira Filho, Roberto Áreas de Fronteira Border Areas Prisão Imprisonment Bolivianos Bolivians |
title_short |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
title_full |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
title_fullStr |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
title_full_unstemmed |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
title_sort |
O cumprimento de pena pelo boliviano preso em Corumbá-MS |
author |
Ferreira Filho, Roberto |
author_facet |
Ferreira Filho, Roberto |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Amaral, Ana Paula Martins |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ferreira Filho, Roberto |
contributor_str_mv |
Amaral, Ana Paula Martins |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Áreas de Fronteira Border Areas Prisão Imprisonment Bolivianos Bolivians |
topic |
Áreas de Fronteira Border Areas Prisão Imprisonment Bolivianos Bolivians |
description |
A fronteira é muito mais e vai muito mais além do que a simples noção de limite, de separação de territórios. Fronteira não é só espaço, é também tempo, são também pessoas, projetos, relacionamentos. Por suas peculiaridades e vicissitudes merece um olhar atento dos Estados e de seus povos. A devida compreensão do que se passa nas fronteiras, e cada qual possui uma realidade específica, é de fundamental importância para que suas populações não se tornem invisíveis aos olhos das autoridades, sobretudo das autoridades centrais, inclusive quando se trata de enfrentar a delicada questão do sistema prisional e do encarceramento do estrangeiro preso em território nacional. A pequena visibilidade e força política dos encarcerados, mais ainda dos encarcerados bolivianos no Brasil, não pode servir de fundamento político para que princípios elementares que regem qualquer Estado Democrático de Direito, sobretudo o princípio do respeito à dignidade da pessoa humana, seja desprezado. O papel do julgador moderno não pode ser o de apenas aplicar a lei, sem compromisso com a efetivação da Justiça e com a proteção dos mais vulneráveis. O incondicional respeito aos direitos dos apenados é tema que diz respeito à realidade das relações humanas que se passam nas fronteiras e deve, do local para o central, contar com especial atenção de todos, incluindo Corumbá, que possui grande número de bolivianos recolhidos em seus estabelecimentos penais. |
publishDate |
2012 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2012 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2013-10-29T12:51:47Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-09-30T19:57:43Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1807 |
url |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1807 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMS instname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) instacron:UFMS |
instname_str |
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) |
instacron_str |
UFMS |
institution |
UFMS |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMS |
collection |
Repositório Institucional da UFMS |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/4/Roberto%20Ferreira%20Filho.pdf.jpg https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/3/Roberto%20Ferreira%20Filho.pdf.txt https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/1/Roberto%20Ferreira%20Filho.pdf https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1807/2/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
0e8d37c2419eff7ff5d476f42e6c04cb aca4520865260ad94281b0fe8e3068e0 5d43efcc0f0f2f68e3bdf4e847dad2a5 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) |
repository.mail.fl_str_mv |
ri.prograd@ufms.br |
_version_ |
1815448057170362368 |