Sphaerophorus globosus (Huds.) Vain. (Sphaerophoraceae: Ascomycota liquenizado), uma espécie de distribuição bipolar?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dourado, Ana Letícia Simal
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2875
Resumo: Liquens são organismos simbiontes compostos por um micobionte (fungo) e um ou mais fotobiontes (algas verdes ou cianobactérias). Devido ao seu caráter pioneiro e capacidade de adaptação a condições climáticas extremas, os liquens apresentam grande sucesso na colonização dos mais diversos ambientes. Estudos realizados na Antártica continental e marítima, Chile, Argentina, região Ártica da América do Norte, da Ásia e da Europa levantaram um total de 148 espécies com distribuição bipolar. Este trabalho objetivou descrever padrões filogeográficos de Sphaerophorus globosus (Huds.) Vain., espécie com ocorrência descrita para ambos os polos e regiões temperadas. As análises moleculares, auxiliadas pela identificação morfológica e química, foram realizadas com material herborizado (especialmente do hemisfério norte) e com amostras coletadas em expedições antárticas entre novembro de 2014 e março de 2015. Após as extrações de DNA, regiões dos genomas nuclear e mitocondrial foram amplificadas e sequenciadas. Análises filogeográficas, que agregam padrões filogenéticos com informações espaciais foram comparadas com os dados morfológicos da espécie estudada. De acordo com redes haplotípicas geradas, espécimes antárticos se agrupam e compartilham haplótipos com espécimes árticos; e espécimes herborizados identificados como S. globosus, com S. tuckermanii Räsänen, S. fragilis (L.) Pers. e morfotipos P1 e P2 (denominados pelo presente estudo) compartilham outros haplótipos, sendo todos esses espécimes oriundos do hemisfério norte. Com isso espera-se contribuir para o conhecimento sobre os padrões de dispersão e evolução de liquens e inserir o Brasil no panorama dos estudos genéticos com espécies de distribuição bipolar.
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As análises moleculares, auxiliadas pela identificação morfológica e química, foram realizadas com material herborizado (especialmente do hemisfério norte) e com amostras coletadas em expedições antárticas entre novembro de 2014 e março de 2015. Após as extrações de DNA, regiões dos genomas nuclear e mitocondrial foram amplificadas e sequenciadas. Análises filogeográficas, que agregam padrões filogenéticos com informações espaciais foram comparadas com os dados morfológicos da espécie estudada. De acordo com redes haplotípicas geradas, espécimes antárticos se agrupam e compartilham haplótipos com espécimes árticos; e espécimes herborizados identificados como S. globosus, com S. tuckermanii Räsänen, S. fragilis (L.) Pers. e morfotipos P1 e P2 (denominados pelo presente estudo) compartilham outros haplótipos, sendo todos esses espécimes oriundos do hemisfério norte. 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