Sífilis e gestação: estudo comparativo de dois períodos (2006 e 2011) em população de puérperas
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1599 |
Resumo: | Introdução: Em 2005 a sífilis SF em gestantes foi incluída na lista de agravos de notificação compulsória, na tentativa de controlar a transmissão vertical. Objetivos: comparar dois períodos distintos para verificação da sífilis congênita SC como fator de assistência pré-natal, caracterizando as populações de puérperas dos anos de 2006 e 2011 quanto aos dados sócio-demográficos e verificar a frequência de sífilis, de outras doenças sexualmente transmissíveis DSTs e infecções pré-natais nas populações avaliadas e as características relacionadas à infecção sifilítica nessas populações. Materiais e métodos: trata-se de um estudo observacional transversal comparativo retrospectivo e prospectivo dos casos de SC ocorridos em dois períodos distintos, de quatro maternidades da cidade de Campo Grande MS. O diagnóstico baseou-se nos critérios propostos pelo Ministério da Saúde. Verificaram-se os exames realizados durante o pré-natal ou no ato da internação. Resultados: A prevalência de SC observada no período de 2006 foi 2,3% (12/512); e 0,58% (3/512) no ano de 2011. Das gestantes em 2006, 75% (9/512) com diagnóstico positivo relataram o acompanhamento pré-natal prévio, e todas no ano de 2011 (3/512) o realizaram. Receberam o tratamento adequado 20% (3/512) das gestantes infectadas em 2006 e 13% (2/512) em 2011. Quanto ao tratamento do parceiro, 33% (5/512) realizaram no ano de 2006 e 7% (1/512) no ano de 2011. Tiveram o rastreamento dos filhos realizado 33% (5/512) no ano de 2006 e 13% (2/512) no ano de 2011. Nenhum dos grupos apresentou contaminação concomitante de SF com outras doenças sexualmente transmissíveis DST, mas foi observado aumento significativo de outras doenças infecciosas durante o pré-natal no ano de 2011 em relação ao ano de 2006, principalmente de toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus. Conclusão: os dados encontrados no presente estudo reafirmam que as taxas de sífilis congênita SC devem ser utilizadas como referência de qualidade da assistência perinatal, visto que se trata de uma doença completamente evitável por meio de assistência adequada. Em ambos os períodos, os dados sócio-demográficos desvelaram o desconhecimento sobre a importância da prevenção da sífilis, além da atenção e o cuidado que devem existir no momento do preenchimento do cartão da gestante, informações estas que podem ajudar a melhorar a atenção pré-natal. A infecção por clamídia esteve elevada nos dois períodos avaliados. Mesmo o índice de infecção de SF sendo menor no segundo período (2011), não houve melhora significativa na assistência pré-natal, considerando que o índice preconizado pelo Ministério da Saúde (um caso para cada mil nascidos vivos) não foi alcançado. Em nenhum período ocorreu o tratamento adequado das pacientes, dos parceiros ou o rastreamento dos filhos, embora a doença tenha sido identificada antes do parto no primeiro período (2006) em 33% (5/512) e em 13% (2/512) no segundo período (2011). |
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2012-08-27T13:57:28Z2021-09-30T19:56:16Z2012https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1599Introdução: Em 2005 a sífilis SF em gestantes foi incluída na lista de agravos de notificação compulsória, na tentativa de controlar a transmissão vertical. Objetivos: comparar dois períodos distintos para verificação da sífilis congênita SC como fator de assistência pré-natal, caracterizando as populações de puérperas dos anos de 2006 e 2011 quanto aos dados sócio-demográficos e verificar a frequência de sífilis, de outras doenças sexualmente transmissíveis DSTs e infecções pré-natais nas populações avaliadas e as características relacionadas à infecção sifilítica nessas populações. Materiais e métodos: trata-se de um estudo observacional transversal comparativo retrospectivo e prospectivo dos casos de SC ocorridos em dois períodos distintos, de quatro maternidades da cidade de Campo Grande MS. O diagnóstico baseou-se nos critérios propostos pelo Ministério da Saúde. Verificaram-se os exames realizados durante o pré-natal ou no ato da internação. Resultados: A prevalência de SC observada no período de 2006 foi 2,3% (12/512); e 0,58% (3/512) no ano de 2011. Das gestantes em 2006, 75% (9/512) com diagnóstico positivo relataram o acompanhamento pré-natal prévio, e todas no ano de 2011 (3/512) o realizaram. Receberam o tratamento adequado 20% (3/512) das gestantes infectadas em 2006 e 13% (2/512) em 2011. Quanto ao tratamento do parceiro, 33% (5/512) realizaram no ano de 2006 e 7% (1/512) no ano de 2011. Tiveram o rastreamento dos filhos realizado 33% (5/512) no ano de 2006 e 13% (2/512) no ano de 2011. Nenhum dos grupos apresentou contaminação concomitante de SF com outras doenças sexualmente transmissíveis DST, mas foi observado aumento significativo de outras doenças infecciosas durante o pré-natal no ano de 2011 em relação ao ano de 2006, principalmente de toxoplasmose, rubéola e citomegalovírus. Conclusão: os dados encontrados no presente estudo reafirmam que as taxas de sífilis congênita SC devem ser utilizadas como referência de qualidade da assistência perinatal, visto que se trata de uma doença completamente evitável por meio de assistência adequada. Em ambos os períodos, os dados sócio-demográficos desvelaram o desconhecimento sobre a importância da prevenção da sífilis, além da atenção e o cuidado que devem existir no momento do preenchimento do cartão da gestante, informações estas que podem ajudar a melhorar a atenção pré-natal. A infecção por clamídia esteve elevada nos dois períodos avaliados. Mesmo o índice de infecção de SF sendo menor no segundo período (2011), não houve melhora significativa na assistência pré-natal, considerando que o índice preconizado pelo Ministério da Saúde (um caso para cada mil nascidos vivos) não foi alcançado. Em nenhum período ocorreu o tratamento adequado das pacientes, dos parceiros ou o rastreamento dos filhos, embora a doença tenha sido identificada antes do parto no primeiro período (2006) em 33% (5/512) e em 13% (2/512) no segundo período (2011).Introduction: In 2005, syphilis in pregnant women was included in the list of diseases of compulsory notification, in an attempt to control the vertical transmission. Objectives: to compare two different periods in order to identify congenital syphilis (CS) as a prenatal assistance factor characterizing populations of puerperas in 2006 and 2011, regarding the socio-demographic data; to check the frequency of syphilis, other sexually transmitted diseases (STD) and prenatal infections in the populations evaluated as well as the syphilitic infection-related characteristics. Materials and methods: this is a retrospective and prospective comparative cross-sectional observational study of CS cases during two periods, in four maternity hospitals in Campo Grande MS. The diagnosis was based on the criteria proposed by the Ministry of Health. The examinations conducted during the prenatal period or at the moment of hospitalization were checked. Results: The prevalence of CS observed was 2,3% (12/512) in 2006 and 0,58% (3/512) in 2011. In 2006, 75% (9/512) of the pregnant women with a positive diagnosis reported prenatal care, whereas the entire group of pregnant women (3/512) was assisted in 2011. In 2006, 20% (3/512) and in 2011, 13% (2/512) of the infected pregnant women were given adequate treatment. In 2006, 33% (5/512) and in 2011, 7% (1/512) of the partners were treated. In 2006, 33% (5/512) and in 2011, 13% (2/512) of the children were monitored. Neither group presented concomitant contamination of syphilis with other STD, but there was an increase in the incidence of other infectious diseases during the prenatal period in 2011, especially toxoplasmosis, rubella and Cytomegalovirus. Conclusion: the data found in the study reaffirm that congenital syphilis rates should be used as a reference for the quality of perinatal care, since it can be a completely preventable disease when adequately assisted. In both periods, socio-demographic data showed lack of knowledge about the importance of syphilis prevention, in addition to the attention and care that should occur when filling in the pregnant card, as the information can help improve prenatal care. There was a significant increase in the identification of other infectious diseases during prenatal care in 2011, when compared to 2006. Chlamydial infection was high in both periods assessed. Even though the syphilis infection rate was smaller in the second period, there was no significant improvement in prenatal care, considering that the index recommended by the Ministry of Health (one case per 1000 live births) was not achieved. In neither period was there an adequate treatment of the patients or their partners; nor were the children monitored, although the disease was identified before the birth in 33% (5/512) of the cases in 2006 and 13% (2/512) in the second period.porSífilisSífilis CongênitaCuidado Pré-NatalInfecções Sexualmente TransmissíveisSífilis e gestação: estudo comparativo de dois períodos (2006 e 2011) em população de puérperasSyphilis and pregnancy: a comparative study of two periods (2006-2011) in puerpera populationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisFigueiró-Filho, Ernesto AntônioFreire, Silvia Segovia Araujoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILSegovia.pdf.jpgSegovia.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1113https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1599/4/Segovia.pdf.jpgb550fe4e0a949f4996e77965563c891dMD54TEXTSegovia.pdf.txtSegovia.pdf.txtExtracted texttext/plain133716https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1599/3/Segovia.pdf.txt843e1522fee0eec4f58937a9485bc93dMD53ORIGINALSegovia.pdfSegovia.pdfapplication/pdf1409410https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1599/1/Segovia.pdf909e11646e936b485be96b7fb6caddeeMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1599/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/15992024-05-24 07:26:20.503oai:repositorio.ufms.br:123456789/1599Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-05-24T11:26:20Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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