Contribuição do senso de coerência para a promoção da saúde bucal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/418 |
Resumo: | A promoção da saúde visa assegurar a igualdade de oportunidades e proporcionar os meios que permitam a todas as pessoas realizar completamente seu potencial de saúde. Para tanto, é necessário entender as origens da saúde, pressuposto da teoria salutogênica. A idéia central dessa teoria é o senso de coerência (SOC) que expressa à visão que as pessoas têm da vida e a capacidade de adaptação das mesmas em situações estressantes em relação à promoção da saúde. Considerando que as mães têm uma forte influência na educação dos filhos e, consequentemente no comportamento dos mesmos, essa pesquisa teve por objetivo analisar a associação entre SOC materno e condição de saúde bucal de seus filhos. A amostra final foi constituída por 640 pares (mães e filhos) que foram selecionados através de sorteio. Os resultados revelaram que a idade das mães variou entre 18 e 57 anos, com média de 30,1±6,6 anos (média±desvio padrão) e mediana de 29 anos. Predomínio de boa escolaridade e condição socioeconômica favorável em alguns aspectos apesar da renda familiar per capita estar no patamar de até ½ salário mínimo. O SOC das mães variou entre 13 e 59 pontos, com média de 33,28±9,39 pontos e mediana de 33 pontos. Observou-se que mães com menor média do SOC não tinham uma boa percepção da própria saúde bucal. O índice ceo-d das crianças (n=640) de 4 e 5 anos de idade apresentou o valor de 1,97±2,91(média±desvio padrão). Do total de crianças 355 (55,5%) eram livres de cárie dentária e 337 (52,7%) tinham placa dentária visível e 84 (29,5%) apresentavam lesões cariosas com envolvimento pulpar. Não houve diferença entre os valores do SOC em relação à condição bucal dos filhos, no entanto, houve diferença do SOC materno conforme a percepção materna da saúde bucal dos filhos. Dessa forma esse estudo confirmou uma associação entre menores valores do SOC e condições socioeconômicas adversas, e em situação de estresse, uma visão desfavorável das mães em relação à saúde bucal. A percepção materna não foi condizente com aspectos clínicos da condição bucal dos filhos. Os resultados do estudo mostram que houve associação entre o SOC materno e a percepção de saúde bucal dos filhos. |
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Considerando que as mães têm uma forte influência na educação dos filhos e, consequentemente no comportamento dos mesmos, essa pesquisa teve por objetivo analisar a associação entre SOC materno e condição de saúde bucal de seus filhos. A amostra final foi constituída por 640 pares (mães e filhos) que foram selecionados através de sorteio. Os resultados revelaram que a idade das mães variou entre 18 e 57 anos, com média de 30,1±6,6 anos (média±desvio padrão) e mediana de 29 anos. Predomínio de boa escolaridade e condição socioeconômica favorável em alguns aspectos apesar da renda familiar per capita estar no patamar de até ½ salário mínimo. O SOC das mães variou entre 13 e 59 pontos, com média de 33,28±9,39 pontos e mediana de 33 pontos. Observou-se que mães com menor média do SOC não tinham uma boa percepção da própria saúde bucal. O índice ceo-d das crianças (n=640) de 4 e 5 anos de idade apresentou o valor de 1,97±2,91(média±desvio padrão). Do total de crianças 355 (55,5%) eram livres de cárie dentária e 337 (52,7%) tinham placa dentária visível e 84 (29,5%) apresentavam lesões cariosas com envolvimento pulpar. Não houve diferença entre os valores do SOC em relação à condição bucal dos filhos, no entanto, houve diferença do SOC materno conforme a percepção materna da saúde bucal dos filhos. Dessa forma esse estudo confirmou uma associação entre menores valores do SOC e condições socioeconômicas adversas, e em situação de estresse, uma visão desfavorável das mães em relação à saúde bucal. A percepção materna não foi condizente com aspectos clínicos da condição bucal dos filhos. 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