Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Campo Grande - MS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Travi, Maria Isabel Carneiro
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/388
Resumo: Introdução: A preferência por alimentos com alta densidade energética e por atividades de lazer sedentário é vista como elemento determinante do aumento da prevalência de obesidade infantil no mundo. O excesso de peso constitui importante fator de risco à saúde destas crianças, implicando na necessidade do planejamento de ações preventivas e assistenciais. Não se dispunha, até então, da medida de prevalência de sobrepeso e de obesidade infantil em Campo Grande, MS, nem dos possíveis fatores sócio-culturais e de hábitos de vida associados a essa prevalência. Objetivo: Determinar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares do ensino fundamental da cidade de Campo Grande, através do índice de massa corporal (IMC) e associar o excesso de peso e circunferência de cintura alterada com hábitos de vida, peso ao nascer, tempo de aleitamento, renda familiar per capita, escolaridade e IMC dos pais. Métodos: Realizou-se um estudo de corte transversal com 728 escolares de 6 a 11 anos do ensino fundamental, em 2006, na cidade de Campo Grande, MS. Sobrepeso foi definido como percentil de índice de massa corporal entre 85 e 95 e obesidade como percentil = 95 (recomendados pela International Obesity Task Force) com utilização das tabelas e curvas do CDC 2000, por idade e gênero. A circunferência de cintura alterada foi definida como superior ao percentil 90, de McCarthy et al (2001). Os pais responderam aos questionários sobre os hábitos de vida e condições sócio-econômicas. Resultados: A média de sobrepeso foi de 16,6% e a de obesidade foi de 14,5%. As prevalências de sobrepeso e de obesidade foram de 21,7 e 15,7% nas crianças das escolas particulares e de 11,5 e 13,3% nas das escolas públicas, respectivamente, com diferença estatisticamente significativa (p = 0,0003). As crianças das escolas públicas apresentaram prevalência de obesidade (13,3%) maior do que de sobrepeso (11,5%) e próxima à prevalência das crianças das escolas particulares (15,7%). Observou-se significância estatística entre o excesso de peso e a menor freqüência de tomada de café da manhã (p = 0,0261) e a prática de exercícios não programados (p < 0,0000). A obesidade em um dos pais resultou em 2,3 vezes mais chance dos filhos serem obesos. Não amamentação ou a amamentação por menos de 3 meses associou-se positivamente ao excesso de peso, com significância estatística (p = 0,0313). Não se observou associação do excesso de peso com sexo, idade, cor, outros hábitos alimentares avaliados, peso ao nascer, renda familiar per capita e escolaridade dos pais. Conclusões: A prevalência geral de sobrepeso e de obesidade infantil na cidade de Campo Grande foi similar à prevalência média de outras cidades brasileiras, mas a prevalência de obesidade nas crianças das escolas públicas foi maior do que a média nacional. As crianças das escolas públicas apresentaram maior prevalência de obesidade do que de sobrepeso. A menor freqüência de tomada de café da manhã e da prática de exercícios não programados e a obesidade dos pais constituíram fatores de exposição ao excesso de peso nas crianças da amostra analisada.
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spelling 2011-08-22T18:03:15Z2021-09-30T19:55:46Z2008https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/388Introdução: A preferência por alimentos com alta densidade energética e por atividades de lazer sedentário é vista como elemento determinante do aumento da prevalência de obesidade infantil no mundo. O excesso de peso constitui importante fator de risco à saúde destas crianças, implicando na necessidade do planejamento de ações preventivas e assistenciais. Não se dispunha, até então, da medida de prevalência de sobrepeso e de obesidade infantil em Campo Grande, MS, nem dos possíveis fatores sócio-culturais e de hábitos de vida associados a essa prevalência. Objetivo: Determinar a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares do ensino fundamental da cidade de Campo Grande, através do índice de massa corporal (IMC) e associar o excesso de peso e circunferência de cintura alterada com hábitos de vida, peso ao nascer, tempo de aleitamento, renda familiar per capita, escolaridade e IMC dos pais. Métodos: Realizou-se um estudo de corte transversal com 728 escolares de 6 a 11 anos do ensino fundamental, em 2006, na cidade de Campo Grande, MS. Sobrepeso foi definido como percentil de índice de massa corporal entre 85 e 95 e obesidade como percentil = 95 (recomendados pela International Obesity Task Force) com utilização das tabelas e curvas do CDC 2000, por idade e gênero. A circunferência de cintura alterada foi definida como superior ao percentil 90, de McCarthy et al (2001). Os pais responderam aos questionários sobre os hábitos de vida e condições sócio-econômicas. Resultados: A média de sobrepeso foi de 16,6% e a de obesidade foi de 14,5%. As prevalências de sobrepeso e de obesidade foram de 21,7 e 15,7% nas crianças das escolas particulares e de 11,5 e 13,3% nas das escolas públicas, respectivamente, com diferença estatisticamente significativa (p = 0,0003). As crianças das escolas públicas apresentaram prevalência de obesidade (13,3%) maior do que de sobrepeso (11,5%) e próxima à prevalência das crianças das escolas particulares (15,7%). Observou-se significância estatística entre o excesso de peso e a menor freqüência de tomada de café da manhã (p = 0,0261) e a prática de exercícios não programados (p < 0,0000). A obesidade em um dos pais resultou em 2,3 vezes mais chance dos filhos serem obesos. Não amamentação ou a amamentação por menos de 3 meses associou-se positivamente ao excesso de peso, com significância estatística (p = 0,0313). Não se observou associação do excesso de peso com sexo, idade, cor, outros hábitos alimentares avaliados, peso ao nascer, renda familiar per capita e escolaridade dos pais. Conclusões: A prevalência geral de sobrepeso e de obesidade infantil na cidade de Campo Grande foi similar à prevalência média de outras cidades brasileiras, mas a prevalência de obesidade nas crianças das escolas públicas foi maior do que a média nacional. As crianças das escolas públicas apresentaram maior prevalência de obesidade do que de sobrepeso. A menor freqüência de tomada de café da manhã e da prática de exercícios não programados e a obesidade dos pais constituíram fatores de exposição ao excesso de peso nas crianças da amostra analisada.Background: The preference for highly energetic foods and for sedentary leisure activities is seen as an element determining the increase of childhood obesity prevalence in the world. Overweight stands for an important factor of health risk for children, bringing about the need for planning preventive measures. Until recently, no data about the prevalence of childhood overweight and obesity in Campo Grande were available. Neither was the identification of possible socio-cultural factors and lifestyle associated with this prevalence. Aim: To determine the prevalence of overweight and obesity in elementary schoolchildren in Campo Grande through the body mass index (BMI), and associate overweight and altered waist circumference with lifestyle, birth weight, nursing time, per capita family income and parents’ schooling and BMI. Methods: A cross-sectional study was carried out with 728 elementary schoolchildren aged 6 to 11, in 2006, in Campo Grande, MS. Overweight was defined as BMI percentiles between 85 and 95; obesity was defined as percentile more than or equal to 95 (recommended by the International Obesity Task Force) using tables and curves from CDC 2000, in relation to age and sex. Altered waist circumference was defined as higher than percentile 90, according to McCarthy et al (2001). Data about lifestyle and socio-economic aspects were obtained through questionnaires filled in by the children’s parents. Results: Mean overweight was 16,6% and mean obesity was 14,5%. Prevalence of overweigh and obesity were 21,7 and 15,7% for private school children and 11,5 and 13,3% for public school children, respectively, with statistically significant difference (p = 0,0003). Public school children presented obesity (13,3%) higher than overweight prevalence (11,5%) and close to the prevalence of private school children (15,7%). Statistical significance was observed between overweight and lower breakfast-taking frequency (p = 0,0261) and non-programmed physical exercise practice (p = 0,0000). Obesity in one of the parents implied 2,3 times more chance to have obese children. Non-nursed children or those who had been nursed for less than three months were positively associated with overweight, with statistical significance (p = 0,0313). No association of the children’s excess weight with gender, age, colour, other feeding habits analysed, birth weight, per capita family income and parents’ schooling was observed. Conclusions: The general prevalence of childhood overweight and obesity in Campo Grande was similar to the mean prevalence in other Brazilian cities, but obesity prevalence in public school children was higher than the national average. Public school children presented higher prevalence of obesity than overweight. Lower breakfast-taking frequency and non-programmed physical exercises practice, as well as parents’ obesity, accounted for factors of exposure of the children analysed to overweight.porCriançaObesidadeSobrepesoPrevalênciaPrevalência de sobrepeso e obesidade em escolares da cidade de Campo Grande - MSinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisBastos, Paulo Roberto Haidamus de OliveiraTravi, Maria Isabel Carneiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILMaria Isabel Carneiro Travi.pdf.jpgMaria Isabel Carneiro Travi.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1290https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/388/4/Maria%20Isabel%20Carneiro%20Travi.pdf.jpg3b2b4415d2c6d123d793dd331b3fc0eeMD54TEXTMaria Isabel Carneiro Travi.pdf.txtMaria Isabel Carneiro Travi.pdf.txtExtracted texttext/plain258507https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/388/3/Maria%20Isabel%20Carneiro%20Travi.pdf.txt856679d3565b303c3a26756166f1ef22MD53ORIGINALMaria Isabel Carneiro Travi.pdfMaria Isabel Carneiro Travi.pdfapplication/pdf1066131https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/388/1/Maria%20Isabel%20Carneiro%20Travi.pdfd985fb4021ffe42fc801ff2868b4d83cMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/388/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/3882024-05-07 10:07:51.581oai:repositorio.ufms.br:123456789/388Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242024-05-07T14:07:51Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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