Anfotericina b lipossomal no tratamento da leishmaniose visceral- experiência em um serviço de referência em Mato Grosso do Sul
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFMS |
Texto Completo: | https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1876 |
Resumo: | Para o tratamento da Leishmaniose visceral (LV) são utilizados no Brasil o antimoniato de N-metilglucamina (Glucantime®) e desoxicolato de Anfotericina como primeira e segunda escolhas respectivamente. Devido aos diversos efeitos adversos destes, a Anfotericina B lipossomal tem se mostrado uma opção mais segura proporcionando tratamento mais curto. Este trabalho teve o objetivo de descrever a experiência do uso da Anfotericina B lipossomal no tratamento da leishmaniose visceral em um centro de referência em Campo Grande-MS. Foram analisados dados demográficos, clínicos e laboratoriais dos prontuários clínicos de pacientes com idade superior a 14 anos, com diagnóstico de leishmaniose visceral e que foram submetidos a tratamento com anfotericina B lipossomal. Sessenta e um pacientes participaram do estudo. Tratamento prévio com antimoniato N-metilglucamina ou desoxicolato de Anfotericina B foi feito por 83,6% dos pacientes. O maior motivo pela troca das medicações foi insuficiência renal induzida pelo desoxicolato de anfotericina B em 47,5% (29/61) dos pacientes. Reações adversas estiveram presentes em 18% (11/61) dos pacientes. Coinfecção HIV-LV esteve presente em 19,7% (12/61) dos pacientes, 31% (19/61) tinham idade ≥ 60 anos, 63,9% (39/61) tinham outras comorbidades. Desfecho favorável (cura clínica inicial) foi observado em 86,8% (53/61) pacientes e desfecho desfavorável (recidiva e/ou óbito) em 21,3% (13/61) pacientes, sendo que na casuística a maioria dos pacientes tinha sinais de gravidade 75,4% (46/61). Foi observado que não só o HIV/Aids e comorbidades tendem a um desfecho fatal, mas também outras complicação como infecções podem contribuir para um desfecho desfavorável da doença. Nos pacientes do estudo a Anfotericina B lipossomal mostrou ser uma opção segura, considerando-se a ocorrência de grande parte dos pacientes com cura clínica inicial de LV. |
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2013-11-20T13:16:32Z2021-09-30T19:55:13Z2011https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1876Para o tratamento da Leishmaniose visceral (LV) são utilizados no Brasil o antimoniato de N-metilglucamina (Glucantime®) e desoxicolato de Anfotericina como primeira e segunda escolhas respectivamente. Devido aos diversos efeitos adversos destes, a Anfotericina B lipossomal tem se mostrado uma opção mais segura proporcionando tratamento mais curto. Este trabalho teve o objetivo de descrever a experiência do uso da Anfotericina B lipossomal no tratamento da leishmaniose visceral em um centro de referência em Campo Grande-MS. Foram analisados dados demográficos, clínicos e laboratoriais dos prontuários clínicos de pacientes com idade superior a 14 anos, com diagnóstico de leishmaniose visceral e que foram submetidos a tratamento com anfotericina B lipossomal. Sessenta e um pacientes participaram do estudo. Tratamento prévio com antimoniato N-metilglucamina ou desoxicolato de Anfotericina B foi feito por 83,6% dos pacientes. O maior motivo pela troca das medicações foi insuficiência renal induzida pelo desoxicolato de anfotericina B em 47,5% (29/61) dos pacientes. Reações adversas estiveram presentes em 18% (11/61) dos pacientes. Coinfecção HIV-LV esteve presente em 19,7% (12/61) dos pacientes, 31% (19/61) tinham idade ≥ 60 anos, 63,9% (39/61) tinham outras comorbidades. Desfecho favorável (cura clínica inicial) foi observado em 86,8% (53/61) pacientes e desfecho desfavorável (recidiva e/ou óbito) em 21,3% (13/61) pacientes, sendo que na casuística a maioria dos pacientes tinha sinais de gravidade 75,4% (46/61). Foi observado que não só o HIV/Aids e comorbidades tendem a um desfecho fatal, mas também outras complicação como infecções podem contribuir para um desfecho desfavorável da doença. Nos pacientes do estudo a Anfotericina B lipossomal mostrou ser uma opção segura, considerando-se a ocorrência de grande parte dos pacientes com cura clínica inicial de LV.For the treatment of visceral leishmaniasis (VL) are used in Brazil, the N-methylglucamine antimoniate (Glucantime ®) and deoxycholate amphotericin as first and second choices, respectively. Due to these various adverse effects, liposomal amphotericin B has been shown to be a safer option providing shorter treatment. This study aimed to describe the experience of the use of liposomal amphotericin B for treatment of visceral leishmaniasis in a reference center in Campo Grande-MS. We analyzed demographic, clinical and laboratory medical records of patients older than 14 years, diagnosed with visceral leishmaniasis and were treated with liposomal amphotericin B. Sixty-one patients participated in the study. Pretreatment with N-methylglucamine antimoniate or amphotericin B deoxycholate was made for 83.6% of patients. The biggest reason for the return of medications was renal failure induced by amphotericin B deoxycholate in 47.5% (29/61) of patients. Adverse reactions were present in 18% (11/61) of patients. VL-HIV coinfection was present in 19.7% (12/61) of patients, 31% (19/61) were aged ≥ 60 years, 63.9% (39/61) had other comorbidities. Favorable outcome (clinical cure initial) was observed in 86.8% (53/61) patients and unfavorable outcome (recurrence and / or death) in 21.3% (13/61) patients and that in our series most patients had signs of severe 75.4% (46/61). It was observed that not only HIV / AIDS and comorbidities tend to a fatal outcome, but also other complications such as infections can contribute to an unfavorable outcome of the disease. In the study patients to liposomal amphotericin B proved to be a safe choice, considering the occurrence of most patients with initial clinical cure of VL.porLeishmaniose Visceral - terapiaLeishmaniasis, Visceral - therapyPhlebotomusDoenças NegligenciadasNeglected DiseasesAnfotericina BAmphotericin BAntifúngicosAntifungal AgentsAnfotericina b lipossomal no tratamento da leishmaniose visceral- experiência em um serviço de referência em Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPaniago, Anamaria Mello MirandaAnjos, Natalia Lima dosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILNATALIA LIMA DOS ANJOS.pdf.jpgNATALIA LIMA DOS ANJOS.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1182https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1876/4/NATALIA%20LIMA%20DOS%20ANJOS.pdf.jpg9a8931877be73326cc05eb00904cbb83MD54ORIGINALNATALIA LIMA DOS ANJOS.pdfNATALIA LIMA DOS ANJOS.pdfapplication/pdf551577https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1876/1/NATALIA%20LIMA%20DOS%20ANJOS.pdfbed6ec4e6c85f8ee4e5ed3836d0421faMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1876/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTNATALIA LIMA DOS ANJOS.pdf.txtNATALIA LIMA DOS ANJOS.pdf.txtExtracted texttext/plain0https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/1876/3/NATALIA%20LIMA%20DOS%20ANJOS.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53123456789/18762021-09-30 15:55:13.311oai:repositorio.ufms.br:123456789/1876Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:55:13Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false |
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