Estrutura etária e distribuição espacial de Myrcianthes pungens (O. Berg) Legrand (Myrtaceae) em um trecho de mata ciliar do rio da Prata, no município de Jardim, Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cano, Elenice Cristaldo
Data de Publicação: 2006
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/555
Resumo: Este estudo teve como objetivo investigar a estrutura de tamanho e o modelo de distribuição espacial da espécie arbórea Myrcianthes pungens (O. Berg) Legrand, (Myrtaceae). Esta espécie é uma planta semidecídua, esciófita, climácica, que ocorre desde o Estado de Mato Grosso do Sul e São Paulo até o norte do Uruguai, e atualmente está classificada como espécie ameaçada de extinção pela World Conservation Union (IUCN). O presente estudo foi realizado em um trecho de mata ciliar, às margens do rio da Prata, na Fazenda Nossa Senhora Aparecida, localizado no município de Jardim, MS. Para o estudo da estrutura de tamanho foram demarcados uma parcela de 40 x 160 m e outros dois transectos de 10 x 160 m cada um, perpendiculares à margem do rio, totalizando 90 parcelas de 10x10 m com 9000 m2 de área total amostrada. Em cada sub-parcela, foram marcados e medidos todos os indivíduos desta espécie, registrando sua altura e dividido em sete classes de tamanho. Foram registrados 1689 indivíduos de M. pungens na área estudada A abundância de indivíduos foi maior nas sub-parcelas mais próximas à margem do rio. Em todas as faixas de distâncias observou-se o padrão do tipo 'J-reverso' na estrutura de tamanho, com uma maior ocorrência dos estádios jovens (menores classes de tamanho), diminuindo nos estádios adultos. Os resultados indicaram que a abertura do dossel influência fortemente a estrutura de tamanhos dos indivíduos de M. pungens, sendo um fator importante para o crescimento e sobrevivência destes indivíduos. Estudos envolvendo experimentos de plantio de mudas ou sementes em áreas mais abertas poderiam corroborar as hipóteses sugeridas neste estudo com relação a maior velocidade de crescimento e sobrevivência de plântulas e de plantas jovens nestes locais. Para a distribuição espacial de M. pungens, foram marcadas 64 parcelas de 10 x 10 m cada, totalizando uma área de 0,64 ha. A distribuição espacial foi avaliada usando o Índice de Dispersão de Morisita Padronizado. Os resultados indicaram que a distribuição espacial dos indivíduos de M. pungens apresentou padrão agregado em todas as escalas, com exceção dos estádios tardios (indivíduos com altura superior a 1,5 m) em escalas menores, no qual apresentou padrão que aproximou do aleatório. Em grandes escalas, como em sub-parcelas de 800 e 1600 m2, os indivíduos jovens da classe 1 alcançaram um índice de agregação maior do que indivíduos maiores do que 1,5 m. Em todas as classes de tamanho o grau de agrupamento aumentou com o aumento da escala, com exceção dos indivíduos pertencentes à classe de tamanho entre aproximadamente 7 e 20 cm, os quais se distribuíram de forma mais agregada em todas as escalas quando comparados a indivíduos da classe 3 e 4. As variações entre as distribuições espaciais de indivíduos de diferentes tamanhos podem ser conseqüência da variação das condições microclimáticas e de solo, do comportamento de frugívoros dispersores de sementes, e da influência de fatores dependentes de densidade. No entanto, o monitoramento no tempo das taxas de sobrevivência de indivíduos faz-se necessário para avaliar as hipóteses propostas neste e em outros estudos.
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Em cada sub-parcela, foram marcados e medidos todos os indivíduos desta espécie, registrando sua altura e dividido em sete classes de tamanho. Foram registrados 1689 indivíduos de M. pungens na área estudada A abundância de indivíduos foi maior nas sub-parcelas mais próximas à margem do rio. Em todas as faixas de distâncias observou-se o padrão do tipo 'J-reverso' na estrutura de tamanho, com uma maior ocorrência dos estádios jovens (menores classes de tamanho), diminuindo nos estádios adultos. Os resultados indicaram que a abertura do dossel influência fortemente a estrutura de tamanhos dos indivíduos de M. pungens, sendo um fator importante para o crescimento e sobrevivência destes indivíduos. Estudos envolvendo experimentos de plantio de mudas ou sementes em áreas mais abertas poderiam corroborar as hipóteses sugeridas neste estudo com relação a maior velocidade de crescimento e sobrevivência de plântulas e de plantas jovens nestes locais. Para a distribuição espacial de M. pungens, foram marcadas 64 parcelas de 10 x 10 m cada, totalizando uma área de 0,64 ha. A distribuição espacial foi avaliada usando o Índice de Dispersão de Morisita Padronizado. Os resultados indicaram que a distribuição espacial dos indivíduos de M. pungens apresentou padrão agregado em todas as escalas, com exceção dos estádios tardios (indivíduos com altura superior a 1,5 m) em escalas menores, no qual apresentou padrão que aproximou do aleatório. Em grandes escalas, como em sub-parcelas de 800 e 1600 m2, os indivíduos jovens da classe 1 alcançaram um índice de agregação maior do que indivíduos maiores do que 1,5 m. Em todas as classes de tamanho o grau de agrupamento aumentou com o aumento da escala, com exceção dos indivíduos pertencentes à classe de tamanho entre aproximadamente 7 e 20 cm, os quais se distribuíram de forma mais agregada em todas as escalas quando comparados a indivíduos da classe 3 e 4. As variações entre as distribuições espaciais de indivíduos de diferentes tamanhos podem ser conseqüência da variação das condições microclimáticas e de solo, do comportamento de frugívoros dispersores de sementes, e da influência de fatores dependentes de densidade. No entanto, o monitoramento no tempo das taxas de sobrevivência de indivíduos faz-se necessário para avaliar as hipóteses propostas neste e em outros estudos.The objective of this study was to evaluate the size structure and spatial distribution model of the arboreal species Myrcianthes pungens (O. Berg) Legrand, (Myrtaceae). This is a climax, shade-tolerant semideciduous species, which is distributed from the states of Mato Grosso do Sul and São Paulo to the northern Uruguai. It is actually classified as a threatened species by the World Conservation Union (IUCN). The present study was carried out in a section of the riparian forest of the Rio da Prata, Fazenda Nossa Senhora Aparecida, located in Jardim district, MS. To evaluate the size structure, a plot of 40 x 160 m was marked, and two random transects of 10 x 160 m perpendicular to the river margins were marked within it, summing 90 subplots of 10x10 m and 9000 m2 of total área sampled. In each subplot, all individuals of this species were marked and their height measured. The size distribution was divided in seven size classes. We recorded 1689 individuals of M. pungens in the studied area. There were more individuals in the subplots nearer to the river margin, and a J-reversed pattern of size structure was observed, due to a higher occurrence of the younger stages (smaller height classes). The results indicate that canopy openness strongly influences the size structure of M. pungens, and is an important factor influencing the growth and survival of these individuals. Experimental studies planting seeds or seedlings in open areas could evaluate the hypotheses suggested in this study regarding faster growth and higher survival in these conditions. To evaluate the spatial distribution of M. pungens we marked 64 subplots of 10 x 10 m each, summing an area of 0.64 ha. The spatial distribution was evaluated using the standardized Morisita index of dispersion. The results indicated that the individuals of M. pungens present a clumped distribution at all scales evaluated, except for the later individuals (higher than 1.5 m) at small scales, which presented an almost random pattern. At large scales such as plots of 800 and 1600 m2, the younger individuals were more clumped than those higher than 1.5 m. For all size classes, clumping increased with scale, except for individuals between 7 – 20 cm which were highly clumped at all scales when compared with individuals from larger size classes. Variation among spatial distributions of differently-sized individuals can be a result of variation in microclimatic conditions and soil, behavior of seed-dispersing frugivores, and the influence of density-dependent factors. Monitoring of survival rates of M. pungens is necessary to evaluate these hypotheses.porDistribuição EspacialCaracterísticas da PopulaçãoMatas CiliaresEstrutura etária e distribuição espacial de Myrcianthes pungens (O. Berg) Legrand (Myrtaceae) em um trecho de mata ciliar do rio da Prata, no município de Jardim, Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisSouza, Andréa Lúcia Teixeira deCano, Elenice Cristaldoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILElenice Cristaldo Cano.pdf.jpgElenice Cristaldo Cano.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1341https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/555/4/Elenice%20Cristaldo%20Cano.pdf.jpg4aacba66710b86407252aba3a7d27fe0MD54TEXTElenice Cristaldo Cano.pdf.txtElenice Cristaldo Cano.pdf.txtExtracted texttext/plain112982https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/555/3/Elenice%20Cristaldo%20Cano.pdf.txt47a768fabdd2c135cf609bf39419dd13MD53ORIGINALElenice Cristaldo Cano.pdfElenice Cristaldo Cano.pdfapplication/pdf729345https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/555/1/Elenice%20Cristaldo%20Cano.pdf44624bd723d682be02c897a30626c365MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/555/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52123456789/5552021-09-30 15:56:09.235oai:repositorio.ufms.br:123456789/555Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:56:09Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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