A (re)criação do campesinato em Cáceres/MT e no contexto de expansão territorial do agronegócio em Três Lagoas e Selvíria em Mato Grosso do Sul

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Mariele de Oliveira
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMS
Texto Completo: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2040
Resumo: O objetivo central desta pesquisa é analisar os avanços e recuos da política pública de Reforma Agrária brasileira, diante da intensificação da concentração fundiária desde a segunda metade do século XX, resultante da pecuária extensiva, com o início do processo de “modernização do campo”. Neste sentido, avaliar as formas de reorganização do uso do espaço agrário, se fez necessário, e para a realização dessa pesquisa escolhemos como áreas de estudos o estado de Mato Grosso, após o processo de expansão das atividades monocultoras da soja, e Mato Grosso do Sul, no atual contexto de expansão do plantio de eucalipto. Portanto analisamos as condições de reprodução camponesa nos projetos de assentamento no município de Cáceres/MT e Três Lagoas - Selvíria/MS, uma vez que estes últimos encontram-se mais diretamente influenciados pela expansão territorial do agronegócio. Logo, identificar se essas formas encontradas pelos assentados para se manter na terra, apontam para uma resistência na via da conformidade e/ou da emancipação, também fizeram parte de nossa análise. As análises que realizamos a partir dessa pesquisa nos evidenciaram que realmente há novas definições da (re)criação do campesinato brasileiro, ante a crise da política pública de reforma agrária e o contexto de expansão territorial do agronegócio. As formas de resistências apontam dois caminhos possíveis, tanto para a conformidade, quanto para a emancipação. A resistência organizada pela conformidade é gerada perante o visível estado de abandono, ao lado do que compreendemos como paralisação da política pública de reforma agrária, que por meio do processo de privatização dos projetos de assentamentos escondem a imposição da propriedade privada sobre áreas que poderiam servir para os projetos de reforma agrária. Em contrapartida, a resistência via emancipação é a força dos movimentos sociais contra os empecilhos colocados pela lógica do sistema capitalista de domínio do mercado, que por meio da reelaboração das cotas estatais PAA e PNAE acabaram diminuindo, e ainda facilitaram a comercialização dos produtos da agricultura familiar camponesa diretamente ao consumidor. Em suma, a pesquisa nos propiciou a certeza de que temos um campesinato brasileiro (re) criando suas formas de resistência num contexto de ambiguidade própria destas condições de reprodução em situação de bloqueio.
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Logo, identificar se essas formas encontradas pelos assentados para se manter na terra, apontam para uma resistência na via da conformidade e/ou da emancipação, também fizeram parte de nossa análise. As análises que realizamos a partir dessa pesquisa nos evidenciaram que realmente há novas definições da (re)criação do campesinato brasileiro, ante a crise da política pública de reforma agrária e o contexto de expansão territorial do agronegócio. As formas de resistências apontam dois caminhos possíveis, tanto para a conformidade, quanto para a emancipação. A resistência organizada pela conformidade é gerada perante o visível estado de abandono, ao lado do que compreendemos como paralisação da política pública de reforma agrária, que por meio do processo de privatização dos projetos de assentamentos escondem a imposição da propriedade privada sobre áreas que poderiam servir para os projetos de reforma agrária. Em contrapartida, a resistência via emancipação é a força dos movimentos sociais contra os empecilhos colocados pela lógica do sistema capitalista de domínio do mercado, que por meio da reelaboração das cotas estatais PAA e PNAE acabaram diminuindo, e ainda facilitaram a comercialização dos produtos da agricultura familiar camponesa diretamente ao consumidor. Em suma, a pesquisa nos propiciou a certeza de que temos um campesinato brasileiro (re) criando suas formas de resistência num contexto de ambiguidade própria destas condições de reprodução em situação de bloqueio.RESUMEN - Lo objetivo central de esta investigación fue analizar los avances y retrocesos de la política pública reforma agraria brasileña, delante de la concentración agraria desde la segunda mitad del siglo XX, resultante de la ganadería extensiva, con el inicio del proceso de “modernización agrícola". En este sentido, evaluar las formas de reorganización de la utilización del espacio agrícola, si hizo necesario, y para la realización de esa investigación, hemos elegido cómo áreas de estudios lo estado de Mato Grosso, después del proceso de expansión de las formas de actividades de la agricultura de monocultivo de la soja, y Mato Grosso do Sul, en el contexto actual de la expansión de la plantación de eucaliptos. El análisis de la condiciones de reproducción campesina en los proyectos de asentamiento en el municipio de Cáceres/MT y Três Lagoas-Selvíria/MS, una vez que estos, encontrase más directamente influenciados por la expansión territorial del agronegocio. Pronto, identificar si esas formas encontradas por los asentados para permanecer en la tierra, apuntan para una resistencia hacia la conformidad y/o de la emancipación, también hicieron parte de nuestra investigación. Los análisis que realizamos a partir de esa investigación nos evidenciaran que realmente está habiendo nuevas definición de la (re)creación del campesinato brasileño, delante la crisis de la política pública de reforma agraria y lo contexto de la expansión territoriales del agronegocio. Dónde, las formas de resistencia apuntan dos caminos posibles, tanto para la conformidad, cuánto para la emancipación. La resistencia organizada por la conformidad, es generada adelante lo visible estado de abandono, al lado del que comprendemos cómo la paralización de la política pública de reforma agraria, que por medio del proceso de privatización de los proyectos de asentamientos esconden la imposición de la propiedad privada sobre área que podrían servir para los proyectos de reforma agraria. En contrapartida, la resistencia vía emancipación es la fuerza de los movimientos sociales contra los impedimentos colocados por la lógica del sistema capitalista del dominio de lo mercado, que por medio de la reelaboración de las cuotas estatales PAA y PNAE acabaran disminuyendo, y aún facilitaran la comercialización de los productos de la agricultura familiar campesina directamente al consumidor. En suma, la investigación nos propició la certeza de que tuvimos un campesinato brasileño (re) criando sus formas de resistencia en lo contexto del ambigüedad propia de estas condiciones de reproducción en situación de bloqueo.porAssentamentos RuraisReforma Agrária - Cáceres (MT)Reforma Agrária - Três Lagoas (MS)CamponesesPolíticas PúblicasRural SettlementsLand Reform - Cáceres (MT)Land Reform - Três Lagoas (MS)PeasantryPublic PoliciesA (re)criação do campesinato em Cáceres/MT e no contexto de expansão territorial do agronegócio em Três Lagoas e Selvíria em Mato Grosso do Sulinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAlmeida, Rosemeire Aparecida deSilva, Mariele de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMSinstname:Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)instacron:UFMSTHUMBNAILMariele de Oliveira Silva.pdf.jpgMariele de Oliveira Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1650https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2040/4/Mariele%20de%20Oliveira%20Silva.pdf.jpg3122a2b79158a389346d98a0867f6b1eMD54ORIGINALMariele de Oliveira Silva.pdfMariele de Oliveira Silva.pdfapplication/pdf5138770https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2040/1/Mariele%20de%20Oliveira%20Silva.pdf70ea44d031eec3a0d06b288494a3145aMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2040/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTMariele de Oliveira Silva.pdf.txtMariele de Oliveira Silva.pdf.txtExtracted texttext/plain0https://repositorio.ufms.br/bitstream/123456789/2040/3/Mariele%20de%20Oliveira%20Silva.pdf.txtd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53123456789/20402021-09-30 15:55:57.274oai:repositorio.ufms.br:123456789/2040Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufms.br/oai/requestri.prograd@ufms.bropendoar:21242021-09-30T19:55:57Repositório Institucional da UFMS - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)false
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